Um prédio, localizado
numa vila de operários, assemelha-se a qualquer outra modesta e singela
moradia. Este, de forma esporádica, encontra-se aberta a luz do dia. Uns, como os
forasteiros ou visitantes, cedo a identificam como desabitada e vazia no
conjunto.
A ímpar ocupação, nas
caladas e surpresas das noites, ocorre através duma agitada e intensa vida
econômica e social. Inúmeros clientes, sobretudo jovens, afluem de forma ativa (numa
“pausada romaria”). O atendimento ocorre através duma discreta e minúscula janelinha.
A clientela e frequentadores, saídos de becos e ruelas, assumem ares de estranhos
seres (“assemelhados a farrapos ou zumbis humanos!”).
Os moradores, como população
e vizinhança em geral, fingem desconhecer ou ignorar o comércio clandestino. Estes,
inspirados no lema “de cada qual cuidar da sua vida”, querem distância de
aborrecimentos, incomodações e represálias. Uns colaboram, outros temem a ação
e influência do poder do tráfico. O dono do ponto, com favores e mimos às
famílias, apresenta-se de achegado e boa gente!
O negócio de entorpecentes,
a margem das leis, encontra-se disseminado pelos inúmeros ambientes e espaços!
A praga social das drogas, através dos desvios da juventude e substituição de
valores, encaminha a destruição da civilização! Alguns corajosos e honestos, em
nome da solidez das instituições, teriam a insensatez e ousadia “de colocar as
cabeças a prêmio”?
O comércio dos “bagulhos” encontra-se minado nos inúmeros
ambientes (“tudo dominado!”). Uns muitos, da degradação e destruição humana, extraem
o seu “ganha pão”! Outros poucos encaminham seu enriquecimento! Quais os
moradores que tratam de brigar/denunciar os seus vizinhos para a autoridade
policial? Uns precisam dos outros nos ambientes das favelas e vilas!
Guido Lang
“Singelas Fábulas e
Histórias do Cotidiano das Vivências”
Crédito da imagem: http://www.gitowendel.com
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