A ave, como rei das
galinhas, esnobava abusos e correrias. O cocoricó, a longas distâncias, via-se
ouvido e reconhecido. A concorrência não via a hora própria do seu infortúnio
(para assumir as funções e o poder).
O galo índio gigante,
na modesta inteligência, entendia-se como excepcional prestador de serviços ao
criador. Este, em função dos belos galados ovos, bem que merecia apetitosos e
saborosas grãos. As companhias, do total de sete do harém, dava plena conta das
intimidades.
Alguma repentina
visita, em forma de surpresa, advenho de longínqua paragem. O criador viu-se desprevenido
em carnes. A solução, regada a saladas, consistiu numa apetitosa e suculenta
galinhada. O galo, como especial protegido, acabou às pressas passado na faca.
A fama e o poder tinha ruído como castelo de areia. O
equívoco da proteção não passou de preocupação com o capital. O infortúnio
serviu de alegria a outro assumir o governo e território.
Os humanos, susceptíveis as oscilações do bolso,
revelam-se desapegados e traiçoeiros. “A morte de uns serve de alimento a
outros!” “O orgulho cedo a terra come!”
Guido Lang
“Singelas Fábulas e
Histórias do Cotidiano das Vivências”
Crédito da imagem: http://umaseoutras.com.br
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