Um morador, muito caprichoso e zeloso como micro-empresário colonial,
continuou sua improvisada profissão de apicultor. O trabalho, junto as demais
atividades, consistiu no estudo e manejo das abelhas. A produção de mel, como
complemento econômico-financeiro, revelava-se uma atividade suplementar as
criações e plantações.
Este, sem maiores cursos e leituras,
foi observando criteriosamente os comportamentos/hábitos dos insetos. Uma
descoberta básica, para o êxito da empleitada, consistia na intensa insolação
(nos locais da instalação das colmeias). O maior número de horas possíveis
de sol durante os dias e, de preferência, os primeiros raios
matinais. A extrema sensibilidade, dos velhos habitantes da Terra, expressa uma
nobre lição de vida aos humanos. A necessidade, de quaisquer seres, de apanhar
os primeiros raios da estrela Sol (como vitamina ao corpo). Esta precisa ser
uma prática e preocupação primordial das pessoas idosas (predispostas a
angariar alguma sobrevida).
A segunda observação relacionou-se as
caixas iscas. Elas, pela propriedade, viam-se espalhadas para abrigar/apanhar
os enxames. Estas, colocadas sobre postes gravados no chão, viam-se instaladas
como chamariscos. O apicultor estabeleceu algumas em áreas abertas e outras nos
lugares fechados. As expostas, de forma geral, desinteressavam aos enxames. Os
insetos, de forma categórica (com a exposição), rejeitavam o convite e a
oferta. As instalações escamoteadas no interior dos brejos, macegas
e matos, mostrava-se um prato cheio. Elas, na primeira oportunidade (com o
mimos de cera no interior), faziam-os espaços próprios às moradias.
Um hábito consistia na discrição e pacata vida. Os insetos queriam
tranquilidade para produzir e trabalhar. Um contraste marcante,
comparado aos desígnios humanos, de precisar mostrar e ostentar.
Outro segredo consistia em inserir as
colmeias no habitat próprio da espécie. As abelhas, tendo um instinto
selvagens, precisam dos ambientes naturais. Elas conhecem seus inimigos e os
meios de proteção contra estes. Os fatores favoráveis leva ao êxito das
colmeias e a sobrevivência da espécie. Elas, em pouca semanas, mantinham-se
sólidas comunidades. A produção melífera ocorria na proporção das florações. O
produtor, com a companhia maciça das comunidades, via multiplicado sua
produção rural (complementar). Uma preocupação básica dos insetos, como lição,
consiste em não infringir seus desígnios naturais.
A esperteza e sabedoria humana
consistia na atenta observação. Os segredos, de quaisquer negócios,
acham-se embutidos na própria realidade. Os dados e os segredos encontram-se
escritos em quaisquer meios. O cidadão precisa unicamente ter o conhecimento e
a paciência para fazer as devidas leituras. Os coloniais adoram desvendar os
enigmas e segredos da natureza. O caminho do êxito e progresso, com acirrado
espírito de cientista empírico, soma-se a dedicação e trabalho.
Cada espécie com as discrições e os
próprios do seu habitat. A escola da vida é o melhor educandário para decifrar
os mistérios dos empreendimentos e negócios. Extrair ensinamentos e sabedorias
dos tropeços alheios ostenta-se princípio dos astutos e espertos.
Guido Lang
“Singelas Histórias do Cotidiano das
Colônias”
Crédito da imagem: http://quadrinhosantigos.blogspot.com.br/2011/04/extincao-das-abelhas-e-o-fim-da.html
Nenhum comentário:
Postar um comentário