Os filhos crescem e
começam a conhecer as realidades e situações. Os pais obrigam-se a ensinar
certos ensinamentos e valores. Cada dúvida e pergunta merece a devida
explicação e exemplificação. O não ou o sim necessitam conhecer sua razão de
ser.
Os anos transcorrem e
o estudo torna-se uma obrigação. Os filhos precisam conviver nos bancos
escolares. O governo, sob o signo das oportunidades, administra “a domesticação
ao sistema”. Este obriga assimilar os conhecimentos básicos universais,
conviver com colegas (da mesma faixa etária), criar suas relações sociais, inteirar-se
do espírito consumista... As opiniões e sugestões, dos genitores, passam a
valer cada vez menos com a idade. Uns, numa astúcia ímpar, cedo querem mandar
nos próprios genitores. Eles, inteirados do mundo da mídia e relacionamentos
sociais (redes sociais), acham-se altamente espertos e inteligentes.
Os forasteiros, no
seio familiar, cedo passam achegar-se e conviver. Os direitos dos intrusos, em
relação à legislação vigente, cedo avolumam-se (na proporção dos meses de
convivência). Os casamentos, “com aquela história dos namoridos” tomam vulto
com as primeiras intimidades. Inúmeros, nos lares das parcerias, aconchegam-se
com as mãos abanando e, lá adiante, almejam sair carregados como formigas (na
proporção duma eventual separação). O possuir/ter tornou-se causa maior das brigas
e desentendimentos nas famílias.
Um pai, tachado como
franco e grosso, cedo foi determinando e falando conselhos. Este, em relação aos
seus rebentos, disse: “- Filhos! Preocupam-se em estudar! Acumular os
conhecimentos universais à vida. Uma formação fora do alcance da bandidagem e
da roubalheira. As oportunidades, de uma boa escola, são para todos. Aproveitem
as chances para instruir-se. Quem desperdiçar não sabe se recebe outra. ‘Jamais
deixem passar o cavalo encilhado’. A situação é pegar ou largar. O patrimônio
familiar não contém com este. O provável é não sobrar nada no desfecho (da
existência dos pais). Quem quer ostentar e viver precisa do próprio trabalho para
ganhar os dividendos. Nada de querer apropriar-se do suor alheio. O estudo,
nesta casa, é a maior herança familiar. A sabedoria consiste em aprender o
máximo de informações úteis”.
Uma realidade social
comum tornou-se dos forasteiros apropriar-se do patrimônio familiar alheio. O
pai ou a mãe, um dos dois falece, começa a briga pelo inventário/posses. Algum
intruso, na primeira ideia, “vislumbra oportunidade ímpar de forrar o poncho”.
Este, como marido ou mulher, pensa em apropria-se dos bens alheios. Poucos
pensam em batalhar para merecer os bens necessários à vida. Quem avoluma/ganha
de graças os artigos cedo costuma passá-los no troco (ou pouco valoriza os bens
auferidos).
O indivíduo, com o coração dolorido, precisa conversar
certas realidades adversas aos familiares. Os males, dentro das possibilidades,
convêm nem deixar criar ou cortar pela raiz. Os forasteiros/intrusos, na
proporção das convivências e uniões, costumam ser as causas maiores dos
desentendimentos entre as famílias.
Guido Lang
“Singelas Histórias
do Cotidiano da Vida”
Crédito da imagem: www.concursospublicos.pro.br
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