Uma pedra de médio
tamanho, recém descoberta pelas águas do córrego, se encontrou perto de um
agradável bosque onde iniciava uma trilha de campo ladeada de grama e de
coloridas flores campestres. A pedra seguidamente olhava para baixo e via
outras pedras, iguais a ela, colocadas em ordem numa bela estrada. Teve vontade
do rolar lá em baixo pensando: “Que estou fazendo eu aqui no meio desta grama?
Seria bem melhor se eu morasse com as minhas companheiras”.
Tanto fez que rolou
entre as companheiras, terminando na bela estrada movimentada. Começou dali a
pouco a ser empurrada pelas rodas dos carros, pisoteada pelas ferraduras dos
cavalos e pelos pés dos viajantes, e assim, rolada, amassada, lascada, sujada
pelo barro e pelo esterco dos bois e dos cavalos. Em vão olhava para o alto de
onde tinha saído, lugar solitário e tranquilo.
Isso acontece àqueles que, acostumados a uma vida
solitária e contemplativa, passam a morar nas cidades, entre pessoas carregadas
de problemas sem fim (Leonardo da Vinci).
(Fonte: Martellini, Antônio. Livro: Clonagem,
Apocalipse e Outras Fábulas).
Crédito da imagem: http://alexandriacatolica.blogspot.com.br/2011/08/casta-adolescencia-mons.html
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