Caro jovem! Quero que você me ouça (antes de me
usar)! Quero que me conheça! Saiba quem sou! Quê faço! Como me comporto dentro
das pessoas? Como você irá se sentir depois do meu contato, da minha ilusão...
Eu não
tenho nome certo, nem sobrenome. Sou batizado a toda hora e a todo instante por
aqueles que me usam. Não tenho amigos, pois consigo destruir aqueles que se
aproximam de mim. Quando não o faço completamente, deixo-os sem miolos, coração e
pensamentos. Os que me tomam como companheiro, são aqueles de coração
amargurado, abandonados pela sociedade. Os solitários procuram a fuga...
Um dos
meus contatos preferidos são as veias. Através delas eu consigo mergulhar em
seu sangue. Este, em instantes, me levará a uma viagem pelo corpo. Atravesso
membros e artérias, passo pelo seu
sistema nervoso, deixando aí a minha
marca.
Enquanto eu passeio, você vive as ilusões.
Através desse rio de sangue, eu consigo atingir o cérebro e, aí minha marca é mais
forte, pois lá vou roubar o pensamento,
memória, razão...
Por
fim, descerei até o coração e você saberá quem sou realmente. Aliás, nem haverá
tempo para isso, pois já estarás morto.
Pronto!
Já lhe contei minha história. Se quiser minha ajuda, procura-me. Estou pronto
para tirar sua paz, liberdade, vida...
Atenciosamente, a droga.
(Obs.: Desconhece-se a
autoria desse texto)
Crédito da imagem: http://www.alienado.net/droga-nas-escolas/
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