Querer saber a antecipação de resultados, nas
disputas acirradas, revela-se um desejo comum. As colônias, para tê-los,
valem-se duma velha prática, que ostenta-se conhecida de quaisquer rurais.
Ela pode
decifrar o enigma das disputas comunitárias e políticas nas diretorias e
municipalidades, consiste em cortar duas bananeiras. Elas, umas semanas antes, precisam
ser cortadas com grossura e tamanho idênticas. O cortador, neste momento,
precisa ser imparcial e dar as idênticas condições a ambos as plantas.
Corta-se, numa altura, de uma a duas dezenas de centímetros, quando pouco
importa a Lua. Define-se, na primeira e segunda, beltrano e sicrano. Algum acaba
na saliência no comparativo, quando este acabará sendo o provável vitorioso na
querela. A prática aplicasse costumeiramente num bananal próximo ao pátio.
Os dias
transcorridos vão revelando a saliência, no que um desenvolve-se mais e o outro
menos. Os moradores, juntos aos familiares e vizinhos, comentam o desenvolvimento.
O curioso, em diversos casos, várias famílias recorrem à prática, quando os resultados
poucos divergem. O acerto, na maioria dos casos, ocorre de forma efetiva.
Desconhece-se a autoria do inventor da adivinhação, porém adveio da adaptação
teuta ao contexto americano. O frio, na Europa Central, não permite o cultivo
da espécie assim como ostenta-se natural dos climas quentes e úmidos.
O comparativo de cepas das plantas revela-se
mais uma dessas particularidades, que a literatura desconhece/ignora no
processo de colonização. Ela consiste numa prática colonial dos pátios, que a realidade
urbana desconhece. Poderia-se dizer: compete à prática com os indicadores das
pesquisas eleitorais, que, em inúmeras realidades, acabam induzidas na direção
do poder econômico. A gangorra, da balança, tem a forte tendência de pender na
direção do maior poder monetário.
As
pessoas acreditam naquilo que convém e direciona. A adivinhação, ao longo da
história, tem confirmado os resultados duvidosos com os acertos da prática.
Guido Lang
Livro "Histórias das Colônias"
(Literatura Colonial Teuto- brasileira)
Crédito da imagem: http://www.lurvely.com/photo/3125922662/Flor_de_bananeira_de_jardimHELICONIA_ROSTRATA/
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