Umas nuvens, no
calor de primavera, vislumbram-se no horizonte! Chuva torrencial promete
abater-se no cenário colonial e o colono relembra-se dum desleixo.
Este deixou os desvios/canaletas, da
estrada de roça, suprimidas. Passou por cima dos calombos e nada de reparos. A
água, escorrendo solta pelo caminho, parecem fazer um estrago irreparável; o
ônus dos reparos prometem ser pesados. Comenta o fato com sua senhora e sente
remorsos com o desleixo. Pensou, num momento, até pedir ao diarista ou filho,
no que, com chuva vista já a distância, desiste do pedido. Pode, numa
casualidade, abater-se alguma desgraça e acaba acusado de culpado desse fato
(como consequências do mando).
O colono, às pressas, apanha capa e
enxada. Ele próprio concretiza a incumbência. Enfrenta a água e as violências
dos fenômenos meteorológicos, em minutos acaba encharcado. Realiza a tarefa do
início ao desfecho da propriedade; evita dispêndios de máquinas e tempo.
Aprendeu, numa próxima, não "confiar em São Pedro" na época dos períodos próprios
a instabilidade. O calor e a umidade, próprio ao desenvolvimento das plantas,
possuem o impróprio do repentino. As estradas, como produtor rural, são um
patrimônio valioso, no qual cuidados são imprescindíveis.
Certas
tarefas, como proprietário, não tem como postergar a terceiros; o próprio dono
precisa abraçar a incumbência. Alguns descuidos momentâneos, de aparência dão
inexpressivos no início, tornam-se deveras oneroso (antes do imaginado).
Quaisquer patrimônios exigem constantes reparos e vigilância (no seu
funcionamento e manutenção).
Guido Lang
Livro "Histórias das Colônias"
(Literatura Colonial Teuto-Brasileira)
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