Um certo jovem, com futuro a conquistar, foi
convidado a participar da eleição municipal. Concorrer, por uma coligação
partidária, a vereador da cidade, quando, determinado partido, fazia investimento
em jovens lideranças. Poderia, como candidato, assimilar as experiências e "manhas" das acirradas disputas políticas.
O pai,
um modesto agricultor da agricultura familiar, deu-lhe uns conselhos. Estes basicamente
consistiram nestes termos: " - Nada de ficar falando mal dos adversários!
Procure relacionar-se com todos e comentar projetos municipais. Queremos, como
família, distância das brigas e intrigas na vizinhança. Os atuais adversários,
lá adiante, podem ser teus aliados e comentários/críticas impróprias criam mágoas.
As pessoas perdoam porém não esquecem! Procure não prometer nada que não possas
cumprir!’’
O
cidadão, nos diversos comícios e reuniões políticas nas comunidades e vilas,
seguiu o receituário. Ficou, por poucos votos, na suplência porém foi "o único
com a língua controlada" nos acalorados confrontos partidários. Os pais, de velhos
conhecidos, receberam os cumprimentos pela boa educação familiar assim como
reforçaram propósitos de dividir votos e "dar uma força ao rapaz". Este, nos
próximos pleitos, pensa reforças suas bases e enveredar por novas aprendizagens e lições da arte de administrar/coordenar os destinos comunitários.
A política, nas pequenas comunidades, tem o
inconveniente de geral desavenças/intrigas generalizadas por preferências
partidárias. Inúmeros eleitores negam-se a apoiar "os falantes alheios", pois
querem conhecer propostas sobre a evolução comunitária. Quaisquer partidos, com
desejo de expressão nacional, necessitam investir nas novas lideranças e não
deixar unicamente "as velhas raposas" cuidando do cocho da gestão pública.
Guido Lang
Livro ‘’ Histórias das Colônias‘‘
(Literatura Colonial Teuto-brasileira)
Nenhum comentário:
Postar um comentário