Uma singela semente caiu na beira da
autoestrada, quando, em meio ao gramado, nasceu um arbusto. A planta, em função
do descaso com a limpeza do lugar, pode desenvolver-se sem maiores empecilhos.
Um grupo de trabalhadores, um belo
dia, efetuou um roçado, quando a parte aérea viu-se ceifada do vegetal. As
raízes mantiveram-se fortes para permitir a rebrotação, que criou folhas e
galhos. A amoreira (Morus nigra), em poucas semanas, viu-se cortada e rebrotada, quando o
fato sucedia-se de forma rotineira. O vegetal, apesar da amarga experiência do
frequente corte, jamais desanimava da vida. As raízes ampliaram-se e
engrossaram, no que mantiveram o contínuo desejo de sobreviver. As dificuldades
almejavam suprimi-la deste mundo, todavia a vontade de permanecer existindo era
mais forte.
A
existência de muitos indivíduos assemelha-se aos suplícios da árvore. Estes, em
meio às carências e obstáculos, mantêm a alegria e satisfação de viver.
Guido Lang
Livro “História das Colônias”
(Literatura Colonial Teuto-Brasileira)
Crédito da imagemhttp://www.tudosobreplantas.com.br/blog/index.php/artigos/amora-preta-uma-fruta-antioxidante/
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