Uma dádiva divina incrustou-se no
interior da Floresta Subtropical Pluvial, que refere-se aos magníficos olhos da
água. Os pioneiros, a partir de 1868 (na Colônia Teutônia), passaram a
vasculhar os espaços dos lotes com vistas de localizar os lugares úmidos. Eles
cedo cavaram estes lugares com razão de criar poços, que “pipocaram” nos
diversos prazos coloniais. As instalações, dos chiqueiros, currais, estábulos,
galinheiros e moradias, faziam-se próximas as fontes, que permitissem uma
abundante e límpida água.
Os poços, criados a superfície do
solo, brotavam em meio ao saibro ou rochas, quando cedo criou-se alguma
estrutura improvisada de sólida fonte. Estas, nas décadas de colonização,
tornaram-se patrimônio de gerações e lugares, quando compreendiam-se numa espécie
de bênção divina. Advieram, no interim dos anos, algumas tremendas estiagens,
quando mediam-se a capacidade dos poços. Estes, de maneira geral, diminuíam a
vazão do líquido, porém aumentavam a sua qualidade. A abundância dos olhos da
água faziam os brotar nos cantos e recantos das encostas e vales, que retratam
a grandiosidade e riqueza desta singela terra. Estes, de maneira geral, dão
origem a inúmeros valos e, lá adiante, aos arroios; alimentam açudes; abastecem
animais e plantas... Os animais silvestres, nas cercanias, criavam alguns
santuários ecológicos, porque conviviam com os fatores básicos a vida.
Vários pátios dos solares familiares conheceram o abastecimento de água corrente, que, de forma ininterrupta, escorre pelos lugares. Os ambientes mostravam-se embelezados e refrescantes, enquanto o murmúrio da água transmite uma terapia espiritual. As aves, numa gama de espécies, habitam o ambiente, quando auxiliam a romper a monotonia colonial. As criações, abastecidas com água corrente, ostentam-se de aspecto mais saudável e fácil manejo. A abundância no interior dos lares eleva as condições higiênicas, quando permite o frequente refrescar. Vários coloniais, da roça, advieram suados e direto dirigiam-se aos tanques (instalados em algum lugar dos pátios) com razão de refrescar-se e tomar o líquido.
Algumas famílias, a exemplo da Boa Vista Fundos (Teutônia/RS), mantiveram-se ligados as fontes naturais, que valorizavam-lhes as instalações, lotes coloniais e moradias. Os moradores, com esplêndidas fontes, viam-se comumente comentados como referências nas conversas informais. Alguns poços, com a migração ou instalação da rede comunitária, foram abandonados, enquanto outros continuam cumprindo sua nobre função. Passarão outras gerações e as fontes manterão-se ativas, quando nem perguntarão por méritos ou preços pelos serviços prestados.
A fartura de água doce, num mundo globalizado, mostra-se uma graça praticamente despercebida para inúmeros moradores. “Deus escreve certo em linhas tortas”, por isso, “enterrou tesouros no interior da criação”. Algumas fontes, como “pérolas jogadas aos porcos”, parecem estar numa aparente indiferença, mais acabarão descobertas ou redescobertas na proporção de guerras e tragédias em função da carência do líquido da vida.
Vários pátios dos solares familiares conheceram o abastecimento de água corrente, que, de forma ininterrupta, escorre pelos lugares. Os ambientes mostravam-se embelezados e refrescantes, enquanto o murmúrio da água transmite uma terapia espiritual. As aves, numa gama de espécies, habitam o ambiente, quando auxiliam a romper a monotonia colonial. As criações, abastecidas com água corrente, ostentam-se de aspecto mais saudável e fácil manejo. A abundância no interior dos lares eleva as condições higiênicas, quando permite o frequente refrescar. Vários coloniais, da roça, advieram suados e direto dirigiam-se aos tanques (instalados em algum lugar dos pátios) com razão de refrescar-se e tomar o líquido.
Algumas famílias, a exemplo da Boa Vista Fundos (Teutônia/RS), mantiveram-se ligados as fontes naturais, que valorizavam-lhes as instalações, lotes coloniais e moradias. Os moradores, com esplêndidas fontes, viam-se comumente comentados como referências nas conversas informais. Alguns poços, com a migração ou instalação da rede comunitária, foram abandonados, enquanto outros continuam cumprindo sua nobre função. Passarão outras gerações e as fontes manterão-se ativas, quando nem perguntarão por méritos ou preços pelos serviços prestados.
A fartura de água doce, num mundo globalizado, mostra-se uma graça praticamente despercebida para inúmeros moradores. “Deus escreve certo em linhas tortas”, por isso, “enterrou tesouros no interior da criação”. Algumas fontes, como “pérolas jogadas aos porcos”, parecem estar numa aparente indiferença, mais acabarão descobertas ou redescobertas na proporção de guerras e tragédias em função da carência do líquido da vida.
Guido Lang
Livro “Histórias das Colônias”
Crédito da imagem: http://mariodoido.blogspot.com.br/2012/05/cachoeira.html
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