Um casal, com os seus filhos, foi
colher uma plantação de alho, que fora cultivada na sua propriedade. O tempo de
colheita, em parte, tinha passado, quando algumas plantas deixaram de
arrancar-se. Os dentes ficavam perdidos ou guardados no solo, no que carecia
dos mesmos no consumo.
O menino cedo tratou de perguntar ao
pai sobre as perdas, quando achava a menor diferença perder um ou outro
“tubérculo”. O pai, com sua tradicional sabedoria, explicou a criança: “-Meu
amado filho! As diferenças da ausência ou presença dos dentes de alho notarás
no momento do uso da planta. Imagina! Você e um apetitoso assado ou bife sobre
a mesa. Você colocou sal. Falta, no entanto, o alho, no que os poucos dentes
desperdiçados ou extraviados farão a diferença no paladar. Uns poucos e
minúsculos dentinhos preencherão a lacuna, quando o gosto estará completo.”
Pequenas
perdas, em certas ocasiões, farão grandes diferenças. Procure, tanto na
carência quanto na fartura, jamais desperdiçar; use sempre o estritamente
necessário e colha sempre a totalidade da produção disponível.
Guido Lang
Livro “Histórias
das Colônias”
Crédito da imagem: http://www.chucrutecomsalsicha.com/archives/2007/06/o_girassol_no_f.html
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