Descrever a tarefa de
ser mestre é difícil, porque lecionar envolve todo o emaranhado da vivência
humana. Trabalhar em educação significa confrontar-se com desafios, emoções,
sentimentos, críticas, questionamentos...
Mestre transformado em
operário da educação, representa defrontar-se com a diversidade dos tipos
humanos. Professorar é atualizar-se, compreender, elogiar...; é apontar
caminhos, despertar consciências, criar cidadãos...; é despertar para as artes,
o conhecimento, a ciência, a evolução do espírito...; é acreditar nas
inovações, potencialidades, transformações, criação de valores, edificação de
sociedades...
Mestre entusiasma-se
com o estudo, a pesquisa, o trabalho e o sucesso; chateia-se, frustra-se e
importuna-se com o desinteresse, a inércia e a preguiça. Professor cria laços,
cultiva amizades, vive problemas, encaminha propostas, desperta vocações,
compreende dificuldades...
Ensinar é educar,
instruir, estimular, colocar limites, despertar horizontes, preparar à vida...
E não adestrar, castrar, dirigir, doutrinar...
O professor é aquele
cidadão que é admirado, amado, desafiado, discutido, cobrado... Ser
mestre é ser perito na sabedoria, equilibrado nas resoluções, rico de
experiências, amplo nos conhecimentos, sábio de vivência...
O mestre imortaliza-se
através da administração do conhecimento, sabedoria e na construção do bem
comum: enche-se de esperanças com o amanhã, no qual predomina o amor, a
concórdia, justiça...
Professorar significa
semear as sementes do porvir, que germinarão no jardim da vida. O professor, no
final da jornada, fica com a consciência serena de, no final da existência, ter
cumprido, de uma ou outra forma, para o avanço da ciência, fraternidade e
evolução do espírito humano.
Guido Lang
Jornal O Municipário
Informativo do Grêmio do Sindicato dos Funcionários de Novo Hamburgo
Setembro 1993, p.04.
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