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sábado, 8 de agosto de 2015

O inconveniente alvoroço


O bairro, nas parcerias e vivências, advinha no calado e sossegado urbano. O trânsito caía na baixa agitação e circulação. Os residentes, na dignidade e qualidade, incidiam nos desafios da supervivência. O morador, na esquina, irrompeu na habitual calmaria. A segurança, na cachorrada, largou introduzida. Os sete cães, na casta de pastores alemães, irromperam na agitação e fúria das madrugadas. Qualquer vira-lata, na passagem, parecia estourar grades e muros. Os alaridos, nos ensurdecedores ladridos, extraíam sonolência dos viventes. O amo, na parca constância, cometia-se alheio aos aborrecimentos. Os inocentes, na carência da ocasião, necessitaram tolerar as indiscretas grosserias. As conversas e reclamos entendiam-se na ingerência no direito. O patrimônio, no abrigado da bandidagem, completava consumido no custeio dos brutais. Os caninos e felinos, em certos lugares, são instituídos no encargo e maldição. O fato expõe: as pessoas, no comum, cunham os oportunos infernos e problemas.

Guido Lang
“Fragmentos de Sabedoria”

Crédito da imagem: http://www.caesmania.com/

sexta-feira, 7 de agosto de 2015

A gama de iniciativas


O sujeito, na condição de influído ao ambiente, dedicou-se nas múltiplas artes e comandos. A faina, na deficiência do alento, sobreveio na renúncia e rodízio. A amostra, no espelho dos exercícios, alastrava desleixo e penúria. As iniciativas, nas consecutivas décadas, envolveram multíplices experiências e ocupações. O improviso, no rodízio das profissões, tornou-se comentário e menção. O “entra e sai”, nas empresas e iniciativas, incorreu na sinistra fama e padrão. Os místeres, na destreza de carpinteiro, carvoeiro, jardineiro, lenheiro, pedreiro, sapateiro e tamboeiro, foram abrangidos no “ganha pão”. O fruto, na sucessão do tempo, sucedia no abdicação, desocupação, destituição e seguros (desemprego). O pormenor, no modo, incidia no desapego e restrição. A estima (lida), na má formação e instrução, caía na intuição de encargo e flagelo. O desejo, no parco esforço e produção, era auferir existência. O conto instrui: O desgosto, no trabalho, faz nenhum ofício e tarefa fluir na afeição e distração.

Guido Lang
“Fragmentos de Sabedoria”

Crédito da imagem: http://www.lanafacul.com/

quinta-feira, 6 de agosto de 2015

A delongada essência


A anciã, na benzida essência, nutria acanhado segredo. A longevidade, no ardil da existência, traduziu-se em aguçada e dadivosa. Os cem anos, na exceção de parcos meses, foram alcançados. O anseio, na alegria e esperteza, versou em acrescentar ocorrências e primaveras. A insuficiência respiratória, no súbito, interrompeu incrível trajetória. O mistério, no desafio das décadas, consistiu em instituir-se jovem. Os anos, na estratégia, eram calculados para baixo. A senilidade via-se anunciada na subtração. A lucidez, na destreza da imaginação, sucedia nas bisbilhotices e informações. As dificuldades, na extensão do admissível, incidiram na calma e paciência. Os pessoais, entre filhos, netos e bisnetos, eram alegria e referência. O desenlace, na final viagem, incidiu na escolha do oportuno vestuário. Os anos encarregam-se de ensinar o valor da vida. A pessoa, nalguma feição, sustenta singular ciência. A idade, no agitado e delongado, incide em presente e sabedoria.

Guido Lang
“Fragmentos de Sabedoria”

Crédito da imagem: https://www.dicadanet.net

quarta-feira, 5 de agosto de 2015

A primazia pessoal


A estirpe, no ambiente das colônias, nutria “quatro belas rosas”. As filhas, no azado tempo, caíram no flerte e namoro. A ausência, em másculos, viu-se atestada na incursão dos genros. A minúcia, na avaliação dos pais, acoplou-se aos aspirantes. As três iniciais, na finura da sogra, caíam na aceitação e pretensão. Os caras, na aparência e conversa, sucediam no cuidado e primazia. A quarta, na laia de caçula, incidiu na afronta. A eleição, na ciência dos progenitores, sugeria inadequada e infeliz. O favorito, no argumento, caía no desagrado e estorvo. A obstinação, na firme resolução, conduziu na anuência e consórcio. As décadas, no epílogo, expuseram caminhos e escolhas. Os elegidos, no apego aos vícios, induziram na agonia e miséria. A prematura morte, na infeliz sina, sujeitou aflição e viuvez. O proibido, na acolhida e convívio, delineou na adequada seleção. Os filhos, no alvedrio e faro, precisam lavrar desígnios e essências. A pessoa, na avaliação dos iguais, incide no desengano e equívoco.

Guido Lang
“Fragmentos de Sabedoria”

Crédito da imagem: http://atelierdecharo.blogspot.com.br/

terça-feira, 4 de agosto de 2015

As acaloradas fontes


Os anciões, residentes apegados e criados no atributo de admiradores da mãe natureza, notaram anomalia e diferença. As águas, no comum da invernia, fluíam geladas das cacimbas. O uso, no resfriamento, requeria aquecimento. A realidade, na estação fria (2015), contrastou ao usual. Os fluídos, no tempo, conservaram-se acaloradas. Os naturais, em pleno tempo frio, dispensaram calefação. As geadas, nos espaços outrora clássicos, confirmaram-se ausentes ou escassas. A ocorrência, na meteorologia, delineia agitações. O inverno chuvoso, no exalado efeito El Niño, descreveu desvios. A umidade, no excesso, arrasta-se pelas semanas. As pessoas, na baixa luz, induziram ao desalento e resguardo. A vegetação, no desenrolar de junho e julho, conviveu na ajuizada hibernação. A espera, nos acréscimos dos dias e diminuições das noites, verificou-se forçosa. A insolação, na mudança dos hábitos, gerou esperas. As pessoas, no conforto da técnica, apanham ainda dos humores da natureza.

Guido Lang
“Fragmentos de Sabedoria”

Crédito da imagem: http://meucantinhonaroa.blogspot.com.br/

segunda-feira, 3 de agosto de 2015

O abelhudo artifício


O sujeito, no achego ao açougue e matadouro (cooperativa), advinha na irrupção do indevido ambiente. O torresmo, no acobertado, caía no cheiro e ingestão. O arrojo, nas usuais visitas, repetia-se no ensaio. O assalariado e caixa, no ente associativo, buscou dar orientação e vigilância ao associado. “Aconchega-te ao interior e coma costumeira amostra. O sócio abstém-se de acudir no errado e velado”. O condutivo, na sutileza e ultraje, alocou um rabo imundo (porco) no bolso do traje. O tolo, no regresso da casa, pendeu o lindo e graúdo paletó. O guarda-roupa, no interior, viu-se exclusivo e reunido. O odor, em tempo, desvendou-se diabólico e suscetível. A suposição, no despiste, externou-se em tratar da naftalina. O recurso, no insuportável, foi devassar artefatos e recintos. O atrevido, na casta de calejado nas ciladas, embutira distinto agravo e história. A voga, na lábia colonial, incidia ensinar sutileza aos desonestos e detestados. A pessoa, nos excessos e proveitos, coloca limites e tempos.

Guido Lang
“Fragmentos de Sabedoria”

Crédito da imagem: http://anaafonsoorganizer.com.br/

domingo, 2 de agosto de 2015

O redobrado embuste



O roceiro, no armazém, deparou-se na companhia do atilado vendedor e viajante. A conversação, no minuto, tomou apreço e atenção. O rural, na aversão da arrogância, procurou medir informação. A mentira, na demandada meteorologia, viu-se impregnada na estação. O reencontro, em póstumos meses, ocorreu no igual recinto. O ambulante, no enlaço, almejou retribuir indevida cortesia. O morador, na ciência singular, desconversou: “- Desculpe-me parceiro! Hoje, na conversa, careço do tempo! O irmão acha-se acamado! A qualquer tempo parece abandonar a vida!” O sujeito, no afoito, tomou porta. O visitante, na achegada e relato do taberneiro, relatou ocorrido. O sujeito, na aclaração, proferiu: “O cara nem sequer tem mano. Aplicou-lhe outra distinta lorota”. O confrade ficou estabanado: “- Inconcebível! Acreditei noutra conversa. Preciso reconhecer competente burrice”.  O conto, no relato, decorreu nas colônias. O sujeito acha-se astuto, porém descobre alguém sempre mais esperto.

Guido Lang
“Fragmentos de Sabedoria”

Crédito da imagem: http://rio-de-janeiro-br.blogspot.com.br/