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segunda-feira, 3 de agosto de 2015

O abelhudo artifício


O sujeito, no achego ao açougue e matadouro (cooperativa), advinha na irrupção do indevido ambiente. O torresmo, no acobertado, caía no cheiro e ingestão. O arrojo, nas usuais visitas, repetia-se no ensaio. O assalariado e caixa, no ente associativo, buscou dar orientação e vigilância ao associado. “Aconchega-te ao interior e coma costumeira amostra. O sócio abstém-se de acudir no errado e velado”. O condutivo, na sutileza e ultraje, alocou um rabo imundo (porco) no bolso do traje. O tolo, no regresso da casa, pendeu o lindo e graúdo paletó. O guarda-roupa, no interior, viu-se exclusivo e reunido. O odor, em tempo, desvendou-se diabólico e suscetível. A suposição, no despiste, externou-se em tratar da naftalina. O recurso, no insuportável, foi devassar artefatos e recintos. O atrevido, na casta de calejado nas ciladas, embutira distinto agravo e história. A voga, na lábia colonial, incidia ensinar sutileza aos desonestos e detestados. A pessoa, nos excessos e proveitos, coloca limites e tempos.

Guido Lang
“Fragmentos de Sabedoria”

Crédito da imagem: http://anaafonsoorganizer.com.br/

domingo, 2 de agosto de 2015

O redobrado embuste



O roceiro, no armazém, deparou-se na companhia do atilado vendedor e viajante. A conversação, no minuto, tomou apreço e atenção. O rural, na aversão da arrogância, procurou medir informação. A mentira, na demandada meteorologia, viu-se impregnada na estação. O reencontro, em póstumos meses, ocorreu no igual recinto. O ambulante, no enlaço, almejou retribuir indevida cortesia. O morador, na ciência singular, desconversou: “- Desculpe-me parceiro! Hoje, na conversa, careço do tempo! O irmão acha-se acamado! A qualquer tempo parece abandonar a vida!” O sujeito, no afoito, tomou porta. O visitante, na achegada e relato do taberneiro, relatou ocorrido. O sujeito, na aclaração, proferiu: “O cara nem sequer tem mano. Aplicou-lhe outra distinta lorota”. O confrade ficou estabanado: “- Inconcebível! Acreditei noutra conversa. Preciso reconhecer competente burrice”.  O conto, no relato, decorreu nas colônias. O sujeito acha-se astuto, porém descobre alguém sempre mais esperto.

Guido Lang
“Fragmentos de Sabedoria”

Crédito da imagem: http://rio-de-janeiro-br.blogspot.com.br/

A volatilização empresarial


A urbe regional, na história, divulgou-se excelência na atividade. O couro, no calçado e curtição, instituíra próspera e sólida indústria. As firmas, nos calçados e curtumes, pipocavam aos quadrantes. O empreendedorismo, na mão de obra barata, atraiu gama de forasteiros. As vilas, nas periferias, disseminaram-se nos sítios. A afluência, na dilatação urbana, induziu melhoras. Os trabalhadores, no aparelho, criaram sindicatos. As aguerridas correntes, na analogia de partidos, tomaram lugar e poder. Os embates, nos dissídios salariais, tornaram-se duelos e praxes. As reposições, na cobiça do fisco e inflação na economia, foram dilema. As empresas, no paredão, foram ordenadas nas intermináveis requisições. Os patrões, na saia justa, foram acusados e alocados. O desfecho, nas décadas de ação, traduziu-se em falências e transferências. As associações, no epílogo, ficaram no exclusivo e quebra. A anexação, no patrimônio, sobreveio as centrais. O bom senso, entre clientelas, empregados e patrões, precisa dominar nas acepções trabalhistas.

Guido Lang
“Fragmentos de Sabedoria”

Crédito da imagem: http://ultradownloads.com.br/

A temerária direção


A fulana, chefa imediata, mandou persistir na tarefa. A pesquisa, na consulta bibliográfica, advinha no cargo e obrigação. O sicrano, no calejado da manha, expôs a contradição. A alocução, na noção do exercício, versou: “- Primeiro finaliza a tua digitação e daí repassa para mim o original conteúdo”. A afoita, na alienação da chefia, almejou abonar cômoda vadiagem. O difícil, no próprio descaso, reside em instituir eficácia. O ente público, na gama de diretores, incide no problema em motivar crédito e modelo. Os servidores, no bem coletivo, assentam-se senhores momentâneos dos empregos e recintos. A atribuição, na casta de dirigente, “cheira no abuso e insulto”. Os comandos, nos conchavos partidários e limites do erário, conferem-se dispendiosos e efêmeros. O exemplo, na confiança e respeito, convém partir dos mandos. As pessoas, na ciência, expressam-se incomuns em cobrar obrigações e desleixar nos encargos. Os exemplos sobrepõem-se ao conjugado de palavras.

Guido Lang
“Fragmentos de Sabedoria”

Crédito da imagem: http://ultradownloads.com.br/

sábado, 1 de agosto de 2015

A sutil aberração



O religioso, na ação dos funerais, caía na bucólica e sutil aberração. A pregação, na coroação do cerimonial, anunciava retorno às origens. A confissão, conhecida pelos cristãos, caía: “terra a terra, pó ao pó, cinzas as cinzas”. A natureza, na energia, requeria a organizada seiva da vida. As três consecutivas pás, no chão arenoso, bruto e lavado, viam-se jogadas nos ataúdes. O material, no areião impróprio, era extraído no leito dos rios. O artigo, na mescla ao cimento, brotaria no concreto. O detalhe, nos usuais solos aos plantios, incidia na contradição e grotesco. Os propícios, no cultivo dos filhos das colônias, atrelam-se dos massapês aos roxos. O místico, na simbologia, adiciona esperança e persuasão. A confiança, na ressurreição em Cristo Jesus, reforça-se no divino e sobrenatural. Os cochilos, nos ofícios, caem na fraca atuação e vocação. As estrelinhas, nas ações e palavras, descrevem ciência e energia. As pessoas, no informal, ressalvam o banal. Os humanos mostram-se movidos nas aberrações e incoerências.

Guido Lang
“Fragmentos de Sabedoria”

Crédito da imagem: http://www.imagens.usp.br/

sexta-feira, 31 de julho de 2015

O jornal andante


O deficiente, distinta vítima do duelo do tráfico, peregrina nas periferias. O sujeito das vilas, nas andanças entre amigos e populares, advinha informado das experiências e ocorrências. A confabulação, entre becos e esquinas, acontece no trivial das essências. As explanações, nos sucedidos, “circulam frouxas e soltas” nas conversas e relatos. O filho das colônias, na qualidade de morador ocasional, empregou estratégia e informação. O estudo, na inquirição dos ocorridos (comunitários e sociais), sucedia nos dados e narrações. O senhor, no escambo de mimos e negócios, caía no apurado diálogo e prosa. O submundo, nos escusos comércios e relações, acabava contado. A bisbilhotice, no naipe de especialista e periodista, sobrevinha em notas e registros. A aldeia, no instinto da sobrevivência, delineia epopeias e odisseias. O escritor, na crônica dos apimentados contos, habita na associação e coexistência do povoado. A investigação, na artimanha das notas, doutrina e perpetua ciências.

Guido Lang
“Fragmentos de Sabedoria”

Crédito da imagem: http://www.cafeutam.com.br/

quinta-feira, 30 de julho de 2015

A ofuscada guerra


Os residentes, no ambiente da periferia, ouviram múltiplos estampidos. Os cinco disparos, no acerto dos cálculos, exterminaram outro confesso de morte. O sujeito, na flor da idade, ficou no débito e prejuízo. A drogadição, no feirante da esquina, acabou no “acerto” e lamento. O banimento, no modelo aos parceiros do consumo, mostrou-se na banal e final solução. A ofuscada guerra, no submundo do tráfico, rola farta e solta nas vilas. A impunidade, no fraquejo da segurança, anda de chamado e estímulo na ação e atrevimento. A minúcia, no aniquilamento, relacionou-se a vítima. O semblante, no curto alcance e exato ponto, descreveu ciência e eficiência. A espera, na ocasião, aconteceu no beco e residência. A tocaia, no exato e rápido ato, exteriorizou coragem e exercício. As vivências, no contíguo social, continuaram na apatia e habitual. O incentivo, no rejeite do malandro, apregoava encoberto ganho. A vida, na multidão humana, avoca parca estimação e serventia.

Guido Lang
“Fragmentos de Sabedoria”

Crédito da imagem: http://outraspalavras.net/