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quarta-feira, 1 de abril de 2015

A parca existência


O filho das colônias, na tenra idade, conheceu o valor do trabalho. O tempo via-se ocupado na luta pelas afinações e formulações dos ambientes. A agricultura familiar, no pacato interior, advinha na primazia do ofício. O braçal, na força, caía na ação e instrução.
O sujeito, nos oitenta e quatro anos, alega ter vivido pouco. A razão, nos muitos e variados dias, ligou-se a consecutiva faina. Os afazeres, no desafio do diário, chamam às cargas e obrigações. Quaisquer materializações, na adição e alteração, ordenam a ingerência humana.
O benefício, na dispendiosa essência, liga-se a férrea saúde. Os tempos, em doenças e remédios, incorrem no rejeite. A devotada circulação, no habitual suor (no contínuo dos anos), alimentou agilidade dos movimentos e sentidos. O corpo, no ágil, rivaliza com muito moço.
A ação, no desfecho dos dias, alimenta-se no ativo e firme. A faina, em quaisquer circunstâncias, arranja-se indispensável. A habitual ocupação abrevia males das preocupações e sedentarismos. O fruto, no prazer da produção, cai na exultação e realização.
O pormenor, nos vastos amigos e conhecidos, desponta na ciência. A maioria, no lazer e prazer do ócio, enveredou na via dos vícios. O parco afazer, na distração dos convites do mundo, apressou o dom da partida. A fadiga, no valor, afirma mantimento e sobrevida.
O extraordinário, no final das contas, incide na beleza e realização pessoal. “Cavalo velho averígua-se complicado mudar de passo”.

Guido Lang
“Singelas Crônicas das Colônias”

Crédito da imagem: http://www.aluguerferias.com/anuncio-5353.htm

terça-feira, 31 de março de 2015

O dúbio adereço


O camarada, na malandragem e paqueração, achava-se deveras ardiloso. As saídas, na discrição, caiam nas encobertas horas. A consorte, nos incursos, ruía na idiotice. A história, no arriscado, disseminou artimanha e fama. O galanteador fazia jus de aventureiro e garanhão.
O fulano, nos passeios, mantinha escamoteado lance. A dita-cuja, no amor, residia no distinto bairro. As idas e vindas advinham no ocasional exercício. Os namoricos, na intimidade, caíram no boato. A gama de amigos, no meio caseiro e discrição, explanava a malandragem.
O sujeito, em final de ano, ofertou presente. A compra, na geladeira, adveio na prestigiada loja. A entrega, no endereço da secundária, sucedeu na ocorrência. O entregador, no percalço e pressa, deixou de reparar endereço (de nota). O equívoco caiu na direção.
O artigo, na casa original, foi entregue. A consorte, na admiração, tomou ciência. O adultério, no acaso, incidiu revelado. O brigado, no intento da desunião, incorreu no curso. O ardil da lábia, no conserto da fé, sobreveio na explicação. A existência aplica indiscretas peças.
O impensado, na tese da mentira, sói esclarecer ocorrências. Algum análogo, no genérico dos casos, verifica-se sabedor dos ocultados. A verdade, nas falas, habitua advir no melhor das fórmulas e receitas. Quem abusa da boa sorte cai na aflição e contradição.
O coisa-ruim, no brusco, acopla dedo na ciência e fortuna. A existência, no consórcio, incide na paciência e perdão.

Guido Lang
“Singelas Crônicas das Vivências”

Crédito da imagem: http://www.americanas1.com.br/

segunda-feira, 30 de março de 2015

O repasse do estrago


O vizinho, na destreza de criador, precisou dos específicos serviços. A inseminação (artificial), no cio da vaca, advinha no mister urbano. Os cobrados, nos pedidos, ocorreram no total de três. A tarefa, na astúcia e manha, cai recebida nos préstimos da ação e inovação.
A ideia, no aumento da produção (leiteira), sobrevinha na melhora do plantel. O resultado, em semanas, descreveu o fracasso da empreitada. O sêmen revelou-se estéril. O ressarcimento, na perda, aconteceu no esquecimento. O criador necessitou cobrir o prejuízo.
A experiência ensinou a necessidade de criar algum touro. A ausência incide na dependência e dispêndio. A economia, na ideia do imediato, reside no cuidado e trato. O aparente barato, no final das contas, sai no deveras oneroso. A ciência recai em falhas.
O colono, no habitual das contas, costuma “marchar” nos prejuízos. A ineficiência, no difícil ressarcimento, gera dispêndios. A parte final, na base, costuma cobrir os encargos. O correto e honesto, na proporção do ônus (dinheiro), assume tortuosas resoluções.
A burrada e modéstia, no residente rural, caem no proveito imediato dos citadinos. A charada, no contexto local, reside em impor o ponto de vista. A preocupação, no manejo do ambiente (natural), incorre no desleixo das ciências humanas. O amargo cai na prova de aula.
Qualquer atividade, nas peculiaridades, advém no investimento e noção. A ciência e habilidade, nos atropelos e problemas, reside em descobrir honradas saídas e soluções.

Guido Lang
“Singelas Crônicas das Colônias”

Crédito da imagem: http://revistagloborural.globo.com/

domingo, 29 de março de 2015

A curiosa ocorrência


O estabelecimento hospitalar, no centro regional, ganhou o singelo paciente. O sujeito, na condição de imigrante, achegou-se aos sintomas próprios. A passagem, nos aeroportos e cidades, ocorreu na extensa rota. O detalhe, no crônico pessoal, no acolhimento, correu na debandada. A carência de recursos, na proteção aos, relaciona-se aos receios do ebola.
O vírus, sucedeu na acentuada conta. Os médicos, na obrigação do atendimento, safaram-se da circunstância. O alarme, no incurável e fatal, disseminou ameaças da geral subsistência.
A atendente, no desprevenido e ingênuo, tinha entrado no contato. A dita-cuja incorreu no isolamento de quarenta e oito horas. A história, nos corredores e conversas, espalhou-se nos seios informais. As pessoas, no ambiente, ficaram na observação e precaução.
O sujeito, no contexto dos perigos e problemas, identifica os aguerridos e engenhosos. O instinto, na sobrevivência, induz as ponderações e precauções. Os indivíduos, na atribuição da responsabilidade, buscam “extrair os seus da reta”. Os modestos acabam cingidos nos prejuízos.
A vida advém na maior e melhor riqueza. Os desperdícios, nos riscos e vícios do sopro, disseminam-se pelos ambientes e quadrantes. O nobre, nos muitos e variados convites, versa em ficar velho. Os alongados dias, nas muitas datas, exprimem a derradeira grandeza e manha.
As mazelas, no molesto das espécies, incidem no controle das populações. O indivíduo, no conjunto dos infortúnios, identifica e seleciona os seletos membros.

Guido Lang
“Singelas Crônicas das Vivências”

Crédito da imagem: http://www.hojeaprendi.com.br/

sábado, 28 de março de 2015

O vestígio revolucionário


O colonial, na razão da expansão e inovação agrícola, averiguou as margens do curso fluvial. O arroio, na condição de área de preservação (ambiental), mostrou-se dominado pela exuberância vegetal. Os maricás, na espécie de cerradas plantas, envolveram o lugar.
O dono, no reparo dos amontoados seixos, observou centenária marca. As peças, nos vestígios da pedra grês, assinaram os outrora cercados e resguardos. Os pioneiros, na confusão da “Guerra dos Maragatos”/Revolução Federalista (1893-1895), escondiam as criações.
Os bandoleiros, na ausência das provisões (sediciosas), incursionaram pelas linhas. Os animais, no confisco, viram-se abatidos e consumidos. As maneiras, no abrigo de exemplares, incidiam no abotoado esconderijo. A precaução, com alaridos, acontecia na inquietação.
O emaranhado dos espinheiros, domados pelos picos e trepadeiras (em caídas e cerros), advinham no território adequado. A profundeza, nos domínios, auferiu a instalação dos cercados. A água e trato advinham ao compasso de espera (no desfecho do tumulto).         As histórias caseiras, na memória oral, narram agudos ocorridos. Bandidos, na alcunha de agitadores, foram mando. O tempo, no fraquejo da autoridade (exclusiva), agitava-se cômodo no exercício do roubo. Os difíceis dias assinalaram histórias e marcas doloridas.
Cada tempo, nos confiscos e extorsões, ostenta apropriações e artifícios. Os parasitas, no alheio suor, afluem na proporção das oportunidades e riquezas.

Guido Lang
“Singelas Crônicas das Colônias”

Crédito da imagem: http://pt.wikipedia.org/

sexta-feira, 27 de março de 2015

A mágica sugestão


O mestre, na qualidade de clínico, advinha acrescido e realizado. A carreira, na casta de profissionais da saúde, ensinara alocuções e exercícios. As doenças e extinções, no açoite e desespero das essências, acorrem na qualidade de aloucada escola e modelo.
A subordinada, na casta de serviçal, convivia abatida e apreensiva. O companheiro, na ação e calma (leito), caía na anêmica ação e anseio. A carência, na deficiência e insatisfação da ocasião, levava no apelo dos alívios. As sinistras dores e humores eram rejeitáveis males.
O desabafo caiu no acessório pai e patrão. O conselho revelou-se inesperado e mágico. A recomendação foi no sentido dos acasos e bens. A afeição, no ardor, carece de envolver posses. O singular vestuário, na escolha do parceiro, pode incidir na exclusiva peça.
A eleição, na seleção, recai no vigor da chama. O algo mais, na magia (sexo), adentra na definição do desígnio. A abastança conquista-se no andar da diligência. A convivência, no usual da ausência, gera truculência da vivência. Afeição incorre na integral execução.
A pessoa, na breve e rápida passagem, necessita do item erotismo. O fogo, na necessidade da febre individual, adiciona essência e sabor à vida. O desejo, na primazia do propósito, mora em viver afortunado e efetivado. A falta induz aos desprazeres e psicoses.
A vida, nos muitos e vários momentos, possui aqueles instantes divinos. As loucuras, no cotidiano das vivências, sobrevêm nas explicações e procuras.

Guido Lang
“Singelas Crônicas das Vivências”

Crédito da imagem: http://nelianeviana.blogspot.com.br/

quinta-feira, 26 de março de 2015

A ancestral invenção


A sicrana, no contexto do convívio dos pessoais, incorreu na ancestral reminiscência. O tempo, no aumento das datas, oferta no refresco dos primeiros anos. Sensatos ensinos, na branda idade, perpassam a essência. O ardil, no diário, armazena-se na inconsciência.
O pormenor, nesta feita, ligou-se as estradas. As idas e vindas, nas circulações dos caminhos e viradas junções, advêm no diário das vivências. A pregação, na intrepidez íntima, incidiria na variação dos destinos e passagens. O exclusivo, na nota, procedia nas restrições.
O caminho, no ditame, incidia na largada do fácil e no refluxo ao distinto. O fato dar-se-ia no desafio das oportunidades e probabilidades. A conjunção, no juízo, liga-se no acréscimo do cosmos e visão. A ocasião, no estudo, sucederia na apreciação e visualização das coisas.
Os passeios e viagens, no dispêndio, desabariam na diminuição de encargos. O viajado, na convivência da gama de entes, sobrevém no esclarecido e tarimbado. Alamedas novas inscrevem-se no conjunto dos novos ares e horizontes. Cada cabeça cai na peculiar sentença.
Os astutos, no genérico, apropriam-se das ciências e fortunas. As confianças e princípios, nos trâmites da existência, exercem primazia do mando.

Guido Lang
“Singelas Crônicas das Vivências”

Crédito da imagem: http://www.parecar.com.br/