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domingo, 15 de março de 2015

O bucólico serviço


O morador, encravado no domínio, nutria ânimo e apreço. As cercas-de-pedra, lembrança dos pioneiros, advinham no amparo e proveito. O patrimônio histórico-cultural, nos cercados do pastoreio (das colônias), estendiam-se nos arredores das divisas e pátios.
Os fragmentos, extraídos nas duras penas (nas pedreiras de grés), foram ajustadas e empilhadas na minúcia. Os trajetos de rocha, no refúgio de plantas e répteis, rasgavam charcos e florestas. Os animais, na ajuda do arame (farpado), aferiam demarcação e respeito.
O colonial, em ocasiões, obrigava-se no encargo do conserto. O ofício, na sociedade do filho, sorvia sangue e suor. A habilidade, em seixos, abala o conjunto das energias. Escassos metros, na exclusiva jornada, assistiam-se vencidos. O ciclo, em passos, perpetrava o parto.
O artifício, no desmonte, expôs o segredo. As peças, densas e maiores, eram assentadas no alicerce. O lado saliente caía no externo. A inclinação pendia no interno. O miolo, no vácuo, era enchido nos retalhos. Os recortes caíam na constância e resistência.
O pai, na energia do braço, ajustava as fortes e salientes partes. O filho, nas singelas unidades, introduzia os brandos e simples. O contíguo, no treino, definia a construção. Os miúdos, nas conexões, davam a firmeza. A afeição e noção, no reparo, fluem no mando.
Os afazeres e apegos instruem-se a partir da branda época. As pedras, em décadas e gerações, perpetuam aptidões e ciências.

Guido Lang
“Singelas Crônicas das Colônias”

Crédito da imagem: http://br.geoview.info/

sábado, 14 de março de 2015

A inusitada diligência


O filho das colônias, no domingo (manhã), tomou o rumo das grotas à estrada geral. O ajustado bradava pela realização. Os aproximados três quilômetros, no “expresso canelinha” (caminhada), foram corridos no peso do produto. O tratado, na consciência, aludia na aflição e consolidação.
A casa do conterrâneo adveio no interesse e visita. A entrega ligou-se a consignação do liquidado feijão. A garrafa pet, no conteúdo do cereal, acontecia no asilo. O instituído somou a encomenda de variedade de modelos. Quatro variedades, no total de cinco, foram trazidas.
O artigo, no sabor da safra, diminuíra no valor do supermercado. A fraqueza, na fórmula germânica, expôs o fato da situação. O utilitário, na oferta e procura, consistia em angariar o valor do dia. Capricho e qualidade, no item, avocava atenção no fornecedor.
O cliente, no princípio da correção e mérito, desvendou-se categórico. O pagamento, no instante, adveio no preço de maior e velha importância. A inusitada diligência sucedia no benefício e gratidão. A justiça, no necessitado pai (família), perpassou as corretas mãos.
As encomendas, noutro ano, consistiram em repetir a dose. A plantação, na probabilidade, poderia somar-se na nova safra. O freguês, na casta de profissional urbano, inviabilizou a perspectiva do oportuno plantio. Os negócios advêm numa via de duas mãos.
A alegria e apreço avigoraram-se na regalia de auferir tão imprevista visita. O bom acordo robusteceu o recíproco anseio da amizade e comércio. O livro de visitas, no registro (data, fone e nome), caiu na obra. O acontecido, na boa fama, percorreu os noticiários da comunidade.
A combinação, na mútua cedência e vantagem, acende espaço a originais horizontes e negócios. A correção, na consideração e história, reforça as relações humanas.

Guido Lang
“Singelas Crônicas das Colônias”

Crédito da imagem: https://jornaloexpresso.wordpress.com

sexta-feira, 13 de março de 2015

A estrela cintilante


O pacato cidadão, filho das colônias, vivia na auréola da fortuna e riqueza. O progresso e sucesso residiam nas prodigiosas mãos. O misto de admiração e inveja, nos estranhos, incorria na atmosfera. O segredo, nos proveitosos prenúncios, residia na fórmula.
A humildade, entre amigos e estranhos, pobres e ricos, advinha no habitual das vivências. As conquistas e dificuldades, nos desígnios divinos, acabavam depositados. A crença, na virtude do bom coração, sucedia na qualidade especial da espécie.
O sujeito, na concepção pessoal, incidia na ajuda. Os desprovidos, no peculiar, mereciam afeição e atenção. Os favores, no auxílio, caíam no intento. O costume, na grandeza d’alma, alargava fama e nome. Os favorecidos versavam em externar e propagar a virtude.
A majestade, no gracejo, incidia como filosofia. Os curiosos, na visualização dos problemas, ganhavam o interesse. O procedimento, no cotidiano das vivências, aumentara fortuna e riqueza. O modelo, na reavaliação alheia, incorria nas atitudes.
O indivíduo precisa fazer o bem sem olhar a quem. A virtude sobrevém no instrumento do aprimoramento e evolução do gênero humano.

Guido Lang
“Singelas Crônicas das Vivências”

Crédito da imagem: http://www.barbarabraga.com/

quinta-feira, 12 de março de 2015

O extremo cuidado


O filho das colônias, na condição de migrante (rural-urbano), precisou adquirir algum espaço. A casa e terra, no avaliado e concorrido ambiente citadino, entrou na ardilosa e escolhida procura. A dificuldade, no enigma, aferiu em descobrir um discreto e quieto canto.
A capitalização, nos anos de contenção e trabalho, adentrou na tática do negócio. Algum casual empréstimo complementou a empreitada. A saída, no aluguel e locação, tornou-se meta e utilitário familiar. O suado dinheiro, no conforto e valor, suscitou fruto e reserva.
O pormenor acoplou-se na avaliação do espaço e imóvel. O lugar reparou-se nas peculiaridades. As águas, no alcance das enchentes ou torrentes (subterrâneas), precisou da inquirição. A aflição e fadiga, nos ocupantes, sobreviriam no aspecto das energias.
Os receios, na essência das apreensões, ligaram-se ao histórico da edificação. As alusões, em eventuais dúbios ocorridos, caíram na investigação. Dúvidas, no exemplo, ligaram-se a anomalias, cemitérios, insolação, tragédias, ruídos... Sofridos sobrevêm em incômodos.
O cuidado, na seleção do encontrado, sobreveio na fortuna. As escolhas, no dispendioso, abreviam aborrecimentos e ambíguos. As atmosferas, na morada, precisam inspirar apropriados ares e fluídos. Os prevenidos guiam-se pelos avisos e nobrezas.
A esperteza reside em safar-se dos aborrecimentos e imprudências. O bom entendedor, na mediana expressão, extrai ciência e conselho.

Guido Lang
“Singelas Crônicas das Colônias”

Crédito da imagem: http://twicsy.com/i/HZFoee

quarta-feira, 11 de março de 2015

Os bons companheiros


O camarada, no ambiente colonial, vivia cercado de amigos e parceiros. A folia, no hábito, acontecia no contíguo comunitário. A comilança, na abalizada data, advinha no acréscimo do baralho e cerveja. Noites, no claro, sucediam na alegria e prazer das vivências.
Os casos, na variedade das brincadeiras e risadas, sobrevinham no ínterim das apostas e distrações. A folga, no atrativo, decorria no contentamento e familiaridade. O cidadão, nas citações, caía no distinto exemplo. A dança, no treino, acrescia-se nas ocasionais festas.
Os anos, na corrosão do tempo, trouxeram o desafio da supervivência. Os abusos, nas experiências, avigoraram achaques e agonias. O corpo, no álcool e fumo, passou a fraquejar na máquina. A batente, no exercício do ganha pão, advinha na dificuldade e morosidade.
O expediente médico, na bateria de exames, levou aos entraves e interdições. A abstinência, no conselho clínico, abonava uma sobrevida. Os remédios incidiram no habitual destino. A residência, na linhagem, passou a ser essência da acolhida e retraimento.
O curioso, na adversidade, regeu aos clássicos amigos. Os sicranos, na falta da cerveja e carta, desapareceram no natural das convivências. A visita, na boa vizinhança, aprontou esquecida e ignorada. Problemas, nas afinidades e costumes, induzem no lapso das mentes.
Os reais amigos, no insignificante número, conhece-se nas adversidades e necessidades. Os gastos, em festanças, conduzem a gama de amizades e companheirismos.


Guido Lang
“Singelas Crônicas das Colônias”

Crédito da imagem: http://www.criatives.com.br/

terça-feira, 10 de março de 2015

O incurso urbano


O morador, pacato filho das colônias, advinha no desejo do abrigo (ônibus). A edificação, no trajeto da rodovia (estadual), caía no amparo das intempéries. As esperas, na circulação das conduções, calhavam no atraso e ausência. A sombra incidia no conforto.
O clamor, na comuna, sobreveio na repartição das obras. O responsável, na surdina, auferiu mimo. A oferta, no leitão, adveio no benefício pessoal. A discreta putrefação, no tráfego de influência, transcorreu na obtenção do acrescimento. Um presente leva a outro.
O tempo, na doença e espanto, expôs o indesejável. Os andantes, nas agitadas noites, utilizavam o lugar ao censurável. O consumo, nas drogas, acontecia no lugar. Carros e motos, em caravanas ou tribos (urbanas), paravam na estação. Os detritos acresceram no ambiente.
A invasão, no domínio, virou rotina. O alvoroço inibia o sereno sono. O morador, na remoção da parada, daria diversos porcos. A benfeitoria (pública) adveio no aborrecimento e insegurança. A coletividade, nas alienações da modernidade, parece atordoada aos rurais.
A atmosfera artificial, no asfalto e concreto, cai no auto suicídio. As pessoas, na ideia de atuais, desembocam nos sinuosos caminhos. A invasão, na expansão das urbes, introduz as mazelas citadinas (nos recintos do interior). Adições e subtrações andam de mãos dadas.
A realidade transcreve habitual sina: O sujeito resolve uma dificuldade e cria um problema maior. Os vários erros carecem de instituir uma exclusiva verdade.

Guido Lang
“Singelas Crônicas das Colônias”

Crédito da imagem: http://detetivecarlos.com.br/

segunda-feira, 9 de março de 2015

A extenuante mansão


O sujeito, filho das colônias, incidiu na prosperidade. O orgulho, na precisão da consideração, entrou na ação e avaliação. A abastança trouxe alvedrio e prestígio. O dinheiro transforma aferros e apegos. O dito cujo, no tranquilo interior, ergueu mansão e recanto.
A edificação, no contíguo da trilha geral, averiguou-se motivo de admiração e cobiça. A bonança, na dimensão residencial, verificou-se referência regional. Os estranhos, nas ocasionais incursões, arguiam dados dos ocupantes. O artífice incidia no gosto e proeza.
O detalhe, na dificuldade, acoplou-se as relações. As núpcias, no excesso de custeio e faina, caíam na ausência de convívio e tempo. A mulher, na módica existência e sublimes mãos, incidia na consecutiva conservação e limpeza. A lida, no singular ônus, carecia de cessar.
O sujeito, na agonia e aspecto da consorte, inventa de construir ampla e espaçosa morada. Os palácios, nos amores e diálogos, absorvem o auto tempo. A aparente felicidade gera adversidade e incerteza. O invariável ofício adsorve o mimo dos singelos atos e vivências.
Os proveitos, no material, devem estar a serviço dos entes. As pessoas devem estar a serviço do imaterial. A riqueza humana, na alegria e prática, reside nas afinidades e coexistências. As riquezas, no amparo e custeio, acabam na angústia e encargo.
O excessivo, na falta de ponderação e quietude, resulta no precoce envelhecimento. A prioridade material, em detrimento do espiritual, acaba na desilusão e frustração pessoal.

Guido Lang
“Singelas Crônicas das Colônias”

Crédito da imagem: http://www.webluxo.com.br/