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sexta-feira, 23 de janeiro de 2015

O apregoado aviso


O educador, no hábito singular, ligou o rádio. As notícias locais advinham no interesse. O sujeito, no avisado, vale redobrado. As informações, na mescla de ocorrências, advinham intermediadas na gama de assuntos. O emitido, na lembrança, trouxe a encanecida passagem.
O divulgado, na emissora primada na notícia, trouxe os sucedidos. O relatório policial ocorria na evidência. O informado ligou-se a apreensão de quilos de entorpecente. A adjunta vila, própria do educandário popular, sucedia na nota. O disseminado caía no destaque.
A dupla, no suntuoso auto, foi apanhada no flagrante. Os nomes, nos autores da transgressão, foram anunciados. Os ex-alunos acabaram nomeados. O beltrano e sicrano, no juízo “dinheiro fácil, rápido e volumoso”, foram apanhados e identificados no tráfico.
As lembranças acorreram à mente. Os pais, na época escolar, foram alertados e avocados da conduta. As agregações, no descontrole familiar, caíam nas dúbias e indevidas companhias. A falta de limites, no recinto escolar, sobrevinha nos artifícios e atitudes.
Os genitores, no ensejo, sentiram-se atingidos e ultrajados. Os docentes, na influência, acabaram afrontados e criticados. O decurso, no tempo, apontou acerto. O contratempo, no corretivo e dispêndio, mostrou-se instituído. O mal, no alcance, convém talhar no ato e raiz.
O tempo, nas falácias e mentiras, encarrega-se de decifrar as ocorrências. Os malandros, no conjunto das companhias e ocasiões, desnudam costumes e experiências.

Guido Lang
“Singelas Crônicas das Vivências”

Crédito da imagem: www.verdinha.com.br

quinta-feira, 22 de janeiro de 2015

O esdrúxulo artifício


O filho das colônias, na “filosofia de formiga”, vivia a acrescentar e arrecadar reservas. A contenção, no decurso das décadas, levou a constituir ímpar poupança. O dinheiro, na alheia penúria, imprimia a pretensão. Próximos, no comum, acorriam em ajudas e empréstimos.
Os receios, em função das posses, eram gerais. Os assaltos e sequestros cometiam nos pressentimentos. Os malandros, no cochilo, aventuravam-se no delito. Amigos e família acorriam em comensais e requeridos. O governo triturava na gama de impostos e taxações...
As avarias, em capitais e juros, advinham no histórico do zelo na poupança. O poder de compra, na escalada de preços, acontecia na corrosão das importâncias. O governo, na majoração, instituía a insatisfatória remuneração. As perdas dizimaram-se no tempo e valor.
O sujeito, na progredida idade, instituiu o esdrúxulo artifício. As reservas, na paulatina compra, acabaram agregadas no dólar e ouro. Os avolumados conheceram ímpar desígnio. A desconfiança e manipulação, no conjunto da espécie, instituíam aflição e mistério.
O material, no acúmulo mineral e vegetal, findava acondicionado. A guarida, no enterro, adveio no ermo e seco do domínio. O capital, na desgraça e reserva, brotou abrigado. Pedidos, na falta, atalharam nos solicitados. O dinheiro induz ao incrível e inimaginável.
O sujeito carece de ajuizar o engenho e esperteza humana. A discrição e segredo, na alastrada incerteza e pilhagem, efetuam-se salvaguarda e segurança.

Guido Lang
“Singelas Crônicas das Vivências”

Crédito da imagem: veja.abril.com.br

quarta-feira, 21 de janeiro de 2015

Os acirrados cuidados


O sujeito, no acurado evento, instituiu companhia. A “marcação cerrada”, na bela e jeitosa comparte, incorria no excessivo cálculo. O plantão, na suspeita, caía na necessidade!
A afluência, no embalo das distrações e folias, sucedia no ambiente. Os pretendentes, na condição de amigos, camaradas e peregrinos, apareciam e sumiam no ambiente!
As rápidas conversas ocorriam no objeto. O perito, no “quebra gelo do lugar”, externou ímpar ciência e sabedoria. O gracejo, no inconveniente, incidiu no atrevimento!
O indivíduo externou: “- A minha gente, acanhada e simples, habitua opinar sobre o imprevisto. O sujeito, na associação de mulher alegre e jeitosa, coexiste no desafio”.
A explanação desenvolveu: “Os cuidados, apesar de acirrados e redobrados, costumam marchar na incompetência. O imperativo contínuo de vigiar incorre na impossibilidade!”
A auto-reflexão, no recinto, externou-se na convivência. “Os gaviões aprazam avançar na distraída seara”. Os exageros, nos artifícios e maneiras, caiem no boato e grotesco!
Aloucados cuidados, no efeito, transcorrem na nulidade. O bom senso, no cotidiano das atitudes, precisa dominar nas ações. A confiança, na aliança, vê-se imprescindível.
O sujeito, na brincadeira e escárnio, incorre na suspeita e raiva. As afirmativas, nas charadas e lorotas, ordenam artifício e ciência!

Guido Lang
“Singelas Crônicas das Vivências”

Crédito da imagem: http://encostateamimagora.blogspot.com.br/

terça-feira, 20 de janeiro de 2015

A habitual dúvida


O pacífico habitante, filho das colônias, parecia morar asilado nos domínios. A lavoura de subsistência sucedia no alimento. O consumo, no prato, ocorria no prodígio das mãos e terras. O livre-arbítrio, na condição de patrão do próprio nariz, advinha no orgulhoso conto.
O homem, na filosofia da vivência, nutria ímpar valor. O princípio, na instrução formal, foi exteriorizado à estirpe. A habitual ponderação caía no epílogo das jornadas. O ensejo definia autonomia e deleite. Afobação, agitação e neurose inexistiam nas ocorrências.
As perguntas, na autorreflexão, incidiam: “- Trabalhei o satisfatório no dia para auferir o sustento? Aipim, carne, feijão e ovo sobrevieram na produção? Faço jus em saborear o prato na alegria e afeição do esforço? Costumo ser benefício ou encargo no meio social?”
O sujeito, no dia de ócio, obrigava-se noutro em redobrar a faina. A ausência de produção, na sã saúde, seria abuso e carga à coletividade. “O prato de comida gratuito inexiste na economia” ou a “ausência de dispêndios, na deglutição, sobrevém na aberração”.
O tempo, na árdua essência, trouxe benefício e riqueza. A sobrevivência caía na classe de divertimento e encanto. A abastança, no decurso do rancho, desenrolava-se no conjunto das criações e plantações. A propriedade, no ambiente comunitário, sobrevinha na evidência.
Os modestos aferros, no diário das atitudes, inserem diferença e prodígio. As pessoas, nos artifícios e patrimônios, amparam-se em comparativos e modelos.

Guido Lang
“Singelas Crônicas das Colônias”

Crédito da imagem: http://fotosantigasr.blogspot.com.br/

segunda-feira, 19 de janeiro de 2015

O melhor item


As partes, homem e mulher, conheceram-se no acurado evento. A companhia, no embalo da melodia, resultou na conversa e convite. A dança, na recíproca afeição, caiu na envoltura e sociedade. A analogia e inclinação, na adequação, acirraram brios do ardor e anseio.
A namoração, incitada na carência afetiva, induziu ao dissimulado convite. A afeição e amizade, no sabor do momento, convergiram aos anseios da intimidade. A conveniência, no impróprio da situação, inviabilizou o intento. A intenção caiu no compasso da espera e ocasião.
A senhora moça, ao novo companheiro, pediu aclaração sob o procedimento. Os ciúmes, na concorrência, poderiam incidir no discurso. A aspiração e propósito, no elemento feminino, existiam em firmar união. A sociedade, no chimarrão e conversa, advinha no anseio.
O sujeito, na habilidade, esclareceu: “- A pessoa carece de ser domínio. Quem ama, conquista e encanta. Quer assistir bem e feliz a consorte. Procura, na falta, fazer amizades e diversões. Peço, no melhor item, cuidar e resguardar unicamente ao exclusivo e privado uso”.
O par, na ocasião própria, viu-se ativo e unido. O juramento mantinha-se condição básica na ampliação do chamego e união. A confiança mútua, nas afinidades do casal, mostra-se necessidade básica. Indivíduos, na manha da brasa e encanto, amparam-se leais e presas.
O sexo, no namoro, incide na primeira das apreensões e atenções. O amor, no contínuo acordo, institui algemas e obrigações.

Guido Lang
“Singelas Crônicas das Vivências”

Crédito da imagem: http://vamos-nospermitir.blogspot.com.br/

domingo, 18 de janeiro de 2015

A original técnica


O filho das colônias, cidadão urbano-rural, improvisou revolução no sítio. O caminho de roça, na alongada e apertada propriedade, recebeu obstrução. O matagal, na exuberância, havia tomado o rumo. Arbustos crescidos e galhos caídos impediram a rápida circulação.
Os aproximados mil e quinhentos metros, no arrasto de foice e motosserra, induziram ao “respeito e receio ao decurso”. O emaranhado, dentre cipós, galhos e troncos, auferiu corte. O acesso, entre máquinas e pedestres, renovou as idas e vindas dos humanos.
O rebento, na qualidade de continuador e sucessor da riqueza, acabou chamado ao auxílio e ciência da empreitada. A assimilação, no gosto e técnica, adveio no serviço ímpar. A informação, na dimensão do experimento, coloca afeição e valorização ao domínio.
A memória, na paisagem, relata a abertura das velhas picadas. Os colonizadores, na condição de ancestrais, embrenharam-se na floresta original. As trilhas, no desenrolado das décadas, deram origem às estradas. Os esteios, no progresso, foram disseminados no feitio.
A vegetação, na obstinação, busca retomar o habitat original. Escassos anos, na preguiça, induzem crescimento dos bosques. Os aclimes e baixadas constatam-se ocupados no verde escuro. A fauna e flora agradecem no cochilo. O solo arável requer ciência e trabalho.
O colono, na extração do alimento, obriga-se na luta da conservação dos cultivos. O fácil e rápido acesso garante aproveitamento e extração dos recursos.

Guido Lang
“Singelas Crônicas das Colônias”

Crédito da imagem: http://geocostan.webnode.com.br/

sábado, 17 de janeiro de 2015

O fantasma de pedra



O criador, na idolatria por cães, ergueu modesta divisória. Os caninos, no vizinho, abandonariam achaques e incomodações. Os ladridos e odores cairiam na redução (do próximo). O cercado, no metro de altura, tomou direção no apertado e ocupado chão.
O morador, filho das colônias, procurou inovar na construção e imitação. O sujeito, nos espectros e latidos, sentiu-se atingido. A habilidade, no paralelo, armou outro paredão (na bruta pedra e viga). O assombro, na divisa, aponta obra erguida na força e realeza de duas muretas.
A obra, na afobação e improvisação, revelou-se fora do esquadro. Os dois metros, no contraste do cenário, assinavam antipatia e divisão. Os curiosos, na rodovia principal, conjeturavam o bizarro artifício. O exemplo, na relação, constituíra curso do lamentável.
O mostrengo, no exercício, fazia “alusão ao Muro de Berlim” (1961-1989). As lembranças, na Guerra Fria (1945-1989), faziam referência à divisão do berço e povo dos ancestrais. O fantasma de pedra, no despertar e repousar, avigorara horror e raiva.
O efeito, na excessiva proximidade, resulta na aversão. As pessoas, nas atitudes e garantias, adoram instituir divisórias e separações.

Guido Lang
“Singelas Crônicas das Vivências”

Crédito da imagem: http://www.1zoom.me/