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quarta-feira, 7 de janeiro de 2015

A singular virtude


O migrante, na afluência a cidade grande, passou a frequentar apurado ambiente. A distração, no imperativo da folga e passatempo, entrou na precedência. O lugar, no extenso movimento de clientes, apresentou-se badalado e notório. A imagem entrou na proeminência.
Os fregueses, na situação da dança, afluem de longínquos e variáveis lados. O sujeito, no parco tempo, virou deveras conhecido. Os ignorados, em caminhos e praças, empacavam na confabulação e saudação. A notoriedade, no empecilho, acontecia no desafio da segurança.
As ligações, no negócio da sociedade, advinham nas tarefas. A ocorrência, na ajuizada vida, acabou exposta ao público. A discrição, nos ciúmes e falatórios, resultou no baixo cômputo. A mistura, na folia e “ganha-pão”, transcorreu no aturado buchicho.
A saída versou em atenuar ânimos. As visitações, nas ocasiões, acertaram em novos ares e companhias. A pausa, em ciúmes e fofocas, aconteceu no decurso. As pessoas, nas grandes cidades, afinam interesses e vínculos. O tempo ao tempo, na dificuldade, calha na ciência.
Os sujeitos, nas analogias e paixões, reconhecem-se em eventos. Os aturados ambientes, na multidão, aproximam os afinados e forasteiros. Os ocasionais contatos decorrem como amaduradas semelhanças. A facilidade, na inclusão, salta na singular virtude.
Os estranhos, no acidental relacionamento, tornaram-se probabilidade de conhecimento. A rotação, nas experiências, perpassa na sabedoria.

Guido Lang
“Singelas Crônicas das Vivências”

Crédito da imagem: http://www.mobilize.org.br/

terça-feira, 6 de janeiro de 2015

A minúcia musical


O ancião, bem animado e vestido, achava-se no recinto do baile. O indivíduo, no estado dos oitenta e cinco anos, fazia-se de jovem. A dança, na associação da esposa, sobrevinha no ensaio. Os marcados passos, no movimentado salão, caíam no atropelo e suporte.
A companheira, no experimento da velhice, ocorria na calma e preocupação. A minúcia, na observação do alheio, sobreveio na frequência da mesa. O ancião, no reconhecimento da peripécia, fora apresentado e congratulado pelo andante.
Os dedos, na proporção de dois, viram-se dedilhados no tabuleiro. A dupla, na noção e presteza, seguia o compasso da animação e cantoria. O hino exteriorizava alegria e beleza. O alento, na essência das canções e notas, sinalizava segredo da desdobrada existência.
O curioso, na indiscrição, indagou: “- O senhor fora músico?” A admiração, na explicação e informação, assumira astúcia. A aprovação, em cinquenta anos (na atuação musical), fora avaliada. A vida dirigida na delícia e vocação. O detalhe apregoa o amor.
A aptidão e destreza, em consorciação e dedicação, sobrevém no “ganha pão”. A ação, no pormenor, revela a idolatria e passatempo.

Guido Lang
“Singelas Crônicas das Vivências”

Crédito da imagem: http://milenapesy.blogspot.com.br/

segunda-feira, 5 de janeiro de 2015

O modelo das formigas


O agricultor, aflito no acréscimo do plantio, enveredou na caça e destruição. O aipim, amendoim e feijão, no brando tempo, adentraram na coleta e corte. As cortadeiras, no descuido e esperteza, conduziram na aberta ceifa. Os dias e horas assinalaram célere aniquilamento.
O trabalho, na ausência de medida, acabaria na inutilidade. O plantador, no chamariz e pó, estabeleceu a morte (aos camuflados e salientes ninhos). O holocausto, no cerne dos abrigos e moradas, alojou-se no ambiente. A tarefa, na primeira vista, sucedia concluída.
Sólidas estirpes, na guerra, acabaram reduzidas aos entulhos. Umas certas saúvas, na astúcia e raridade, deixaram de contrair veneno. O destino, na casualidade, evitou de inserir as cinzas. A missão, na árdua tarefa de raros, consistiu em restaurar o arranjo original.
O homem, na intensa e prudente peleja, desvendou-se impotente de instituir a pronta destruição. Umas poucas, em meses ou semanas, refaziam modesto ninho. A espécie, na artimanha, mostrou-se abrigada da extinção. Os víveres, na riqueza, incitavam a reprodução.
O análogo, no sacrifício, aplica-se a laia humana. Os sobreviventes, nos acidentes e duelos, versam em revigorar a cultura. A amostra, em insetos, verifica-se repetida. Os ambientes arruinados auferem novéis extensões e serventias. A sobrevivência cai no prodígio.
A vida, na destreza das espécies, resguarda-se dos sinistros. “O tempo sobrevém no melhor remédio aos males”.

Guido Lang
“Singelas Crônicas das Colônias”

Crédito da imagem: http://animais.culturamix.com/informacoes/insetos-e-aranhas/formiga-sauva

domingo, 4 de janeiro de 2015

O pronto esquecimento


O cidadão, na condição de conceituado educador, atua nas altas instâncias da notória universidade. A formação, na gama de profissionais, ocorre na elevada especialização. O gênio humano, na evolução e organização, sucede nos acirrados e melindrosos estudos.
O discurso, nos assuntos e temas analisados, insere-se na linha das correntes partidárias e modismos de momentos. As pregações, na dissimulada visão marxista, incidem nas contendas e leituras. A distribuição de renda, no propagado socialismo, cai na versão.
O alunado obriga-se no cumprimento das determinações e resoluções. As pesquisas e trabalhos incorrem na linha de abordagem. A sabedoria popular versa: “Manda quem pode e obedece quem precisa” ou “A corda arrebenta na parte mais fraca”.
A história particular, no entretenimento do sujeito, advém no desencontro. As benesses materiais, no conforto e luxo, fluem na alegria e efetivação. O socialismo, na prática reservada, ocorria no pronto esquecimento. A ladainha oficial incorria no “engano da torcida”.
O prático e teórico caminharam na contramão. A realidade social costuma diferenciar alocuções e obras. As pessoas externam uma coisa e praticam outra compreensão. Os descréditos andam na elevada prática. O dinheiro verifica-se a essência das querelas humanas.
As estrelinhas, no acobertado, externam as coerências das crenças e ocorrências. A prática e teoria, no homem estimado e honrado, andam amistosas e companheiras.

Guido Lang
“Singelas Crônicas das Vivências”

Crédito da imagem: http://www.panoramio.com/photo/7426884

sábado, 3 de janeiro de 2015

A infeliz sina


A empresa, iniciada nas “duras penas”, ia de “vento em pompa”. Os lucros, na ampliação dos negócios e solicitados, exprimiam ganho. O refinamento, na linha de produção, advinha na aquisição de tecnologia e contratação de pessoal. A firma familiar caía na nobreza.
Os profissionais, no alto nível, incluíam pessoal da gerência. A soberba jovem, no interior da gerência, tornaram-se atração e chamarisco. Os galanteios, nos dissimulados chamados, adquiriram vulto. A abundante grana, no convívio diário, disseminara diversões e encantos.
O empregador, na aventura, envolveu sentimentos. A donzela, no ardor da paixão, auferiu apreço e carinho. O chamego, no repentino, disseminou-se nos corredores da fabricação. Os boatos e enredos alargaram o pleito. O conflito armou-se na linhagem.
O episódio, no namoro (na submissa), incorreu no litígio. O casal fundador, na briga conjugal, desentendeu-se na divisão da riqueza. O processo, na astúcia dos profissionais (no Direito), alargou contendas e lapsos. A bancarrota, em parco tempo, acabou determinada.
O padrão, na condição de firmas, delineia infeliz sina. As aventuras, na desunião de pares, acarretam na quebra de arrojadas iniciativas. O aferro, de nem um abdicar na separação, alarga obrigações e prejuízos. A mistura, afetos e negócios, ajusta o infortúnio.
A “cabeça mole”, na brusca riqueza, sobrevém nas conversas e peripécias. O dinheiro, no exagero e simples, desnorteia os fracos de espírito.

Guido Lang
“Singelas Crônicas das Vivências”

Crédito da imagem: http://www.evom.com.br/

sexta-feira, 2 de janeiro de 2015

A peculiar plantação


O produtor, no contexto da propriedade, investiu na diversificação. O autoconsumo, na diluição de gastos, fazia-se ensejo do cultivo. A ciência, no camponês, conduziu na extensa plantação. A alusão, no ambiente comunitário, caiu na alegria e escambo.
O agricultor, na vocação, assimilou o segredo da banana. As diferenças, no chão fecundo, ensolarado e úmido, incorriam na aplicação. O incremento ocorria na extensão do sucesso. O prodígio, na consorciação dos artifícios favoráveis, sobrevinha na graça e sorte.
O espaço agrário, no conjunto do pátio, acontecia na contiguidade da estrumeira. A degeneração, nas fezes dos animais, aguçava crescimento e frutificação. Os cachos, no encanto e tamanho, aconteciam na coleta. A abundância, na quantia, fazia a satisfação do lavrador.
A família, na essência de frutos, conferia a intercalada safra. Algum produto, no transcorrer da semana, ocorria no recolhe. O consumo, no gosto dos cafés (matinais), advinha na acentuada ingestão. A qualidade, na maturidade natural, sobrevinha na conferência.
O desbaste, nas folhas envelhecidas, incidia na afeição das jovens. A heliose ocorria na intensa contagem. O período, no aturado calor e parca geada, exponha na ascendente colheita. A singela afeição, no lavrado e tarefa, induzia na economia e saúde do lar.
Qualquer bocado de campo, no proveito das plantas, sobrevém na farta ceifa. A reminiscência agrícola, no filho das colônias, incide na alegria e filosofia.

Guido Lang
“Singelas Crônicas das Colônias”

Crédito da imagem: http://sp.quebarato.com.br/

quinta-feira, 1 de janeiro de 2015

A descomunal legislação


O filho das colônias, na astúcia da existência, externou faceta da coisa política. As provas, “no país continente”, foram muitas nos adiantados anos. Os pleitos, na participação, compuseram dezenas. A ineficácia, na melhoria social, descreveu o caso marcante.
A informação, no empirismo, versou: “- Os políticos, no aconchego dos gabinetes e frescor dos ar condicionados, cultivam e instituem normas. A demasia, no inábil, liga-se na dificuldade da execução. Algum pensa inclusive regular a oferta e requisição dos preços”.
“O fato delata o descaso da coisa do povo. O operoso, no custeio da máquina pública, vê-se despojado e punido no suor. O graúdo e malandro, na lacuna da legislação, circula abonado e impune. O abuso e exagero caem no escárnio e ofensa do necessitado”.
O povo, nos interesses, presencia a falácia da democracia. O dinheiro, nas empreitadas milionárias, compra as primazias eleitorais. A representação, na diversidade das classes (profissionais e sociais), advém na ineficaz feição. O graúdo gasto convive no abjeto retorno.
A dimensão, na diferença regional, incide na dificuldade da unificação das leis. O Estado nacional deveria ser uma confederação (no prejuízo da federação). Os recursos, no maior índice, necessitariam recair nos entes estaduais e municipais. O ofício cairia no cálculo.
O pagamento, nos baixos serviços, consiste em “pagar seis para receber dois”. Os recursos, no interior da máquina pública, volatizam nos corredores das administrações e obras.

Guido Lang
“Singelas Crônicas das Vivências”

Crédito da imagem: http://www.euacontacto.com/