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segunda-feira, 8 de dezembro de 2014

As aves de estimação


              O filho das colônias, no ambiente das encostas, reside no lugar ermo. O acesso, na estrada de chão batido, vê-se complicado. A estreita e íngreme via cai no arrojo e peripécia. O trabalho urbano, no deslocamento diário, revela-se moroso e oneroso na sobrevivência.
           O prático, no chão dos ancestrais (fruto do despojo), reside em usar a boa e refrescante atmosfera. O aclive oferece a peculiar visão. A vida, na tranquilidade do interior, incide na pretensão. As cargas urbanas, no abuso das cobranças, permitem safar-se dos ônus.
            O pormenor, no aramado terreno, sucede na beleza e capricho. O gramado, no tapete verde-escuro das gramíneas, circula a paisagem residencial. A fertilidade, no solo massapê, palpita aos distraídos olhares. Quaisquer plantações sobrevêm no provável encanto.
            O engenho, na criação de galinhas, sobrevém no ambiente. A dúzia e meia de unidades fluem alforriada. O utilitário vê-se na produção de carne e ovos. A exuberância vegetal absorve os escassos dejetos. As caipiras, no proveito, substituem custosos cães e gatos.
            A conveniência, na força da economia, precede a distração. O indivíduo, na instalação de morada, força-se a apurados desígnios e pretensões.

Guido Lang
“Singelas Crônicas das Colônias”

Crédito da imagem: http://www.cpt.com.br/

domingo, 7 de dezembro de 2014

O real sumiço


             A dita-cuja, nos variados acontecimentos, incorria na presença e primazia. O sucesso nutria-se proeminente. Os cavalheiros, nos aturados e variados ambientes, cortejavam na associação e dança. A graça, na simpatia, atraia o séquito de admiradores e bajuladores.
            Os agrados, no chamego, aconteciam no elevado cálculo. A surpresa, no imprevisto, ocorreu no pronto sumiço. Os chegados, nos íntimos dos entretenimentos, ignoram o real paradeiro. A fulana desapareceu meramente do conjunto. O caso verificou-se excepcional.
          As conjecturas prendem-se ao regresso às origens. A realidade, no imediato, transcorre na apatia social. A condição urbana delineia ímpares fatos. As pessoas achegam e submergem no vácuo. Uns, na peculiar ocasião, ostentam convivências e encantos.
              Outros, no marasmo, jazem no mundo: a existência, no privado, cai na indiferença. As realidades exóticas, na habilidade e sabedoria, ensinam a coexistir no elevado número de idênticos. O indivíduo, no escasso tempo, precisa saber fazer os anos interessantes.
            A pessoa, na aglomeração humana, decorre como estatística e número. A vida, no contíguo das mazelas, assume parca consideração e graça.

Guido Lang
“Singelas Crônicas das Vivências”

Crédito da imagem: m.mdemulher.abril.com.br

sábado, 6 de dezembro de 2014

O ímpar rejeite


            O filho das colônias, na tradição familiar, mantinha animal de estimação. O macaco, no criado peculiar, entrava no singular desejo e paixão. O animal, em ocasiões e situações, assumia enfoques humanos. As analogias, entre espécies, incidem no mistério da ciência.
            O colono, na tradição oral, sobrevivia do comércio com leite. O acréscimo, nalguma água, acontecia no trato. A malandrice, no cochilo e fraude, multiplicava ganhos. O recíproco ardil, entre comprador e vendedor, adentrava na cobertura e remuneração do produto.
            O animal, na coexistência, assistia a falácia. O caso sucedeu nos bons tempos de outrora. O dinheiro, na módica mala, caía conservado da cobertura. O elevado volume, na alma de poupador, decorria no avultado. A guarda, no temor da velhice, reunia no pé-de-meia.
            O símio, na situação das cheias, perpetrou o insonhável. O numerável, no retido do envoltório, sucedeu furtado. O bicho, no arrojo, arremessou o embuste no riacho. As águas acarrearam e arrastaram o encorpado. O ilícito, na cobiça da economia, incide na falácia.
            O dinheiro fácil, na experiência, achega e arreda no ligeiro. As malícias, na gama de artifícios, encorajam a adulteração e perversão.

Guido Lang
“Singelas Crônicas das Colônias”

Crédito da imagem: http://www.recriarcomvoce.com.br/

sexta-feira, 5 de dezembro de 2014

O cheiro de gasolina


            O jovem, no ambiente urbano, incidia na dificuldade de locomoção. O tempo, na deficiência do transporte coletivo, incorria no cansaço e desperdício. O carro particular, no auxílio paterno (na compra), adveio na solução. As fantasias caíram no ditado.
             O veículo, no básico e usado, aprontou contraído. As voltas, nas festas e trabalhos, advieram na facilidade. A mulherada, no juízo e projeto, sucederia “no cheiro de gasolina”. O detalhe, nas intermináveis obrigações, aconteceu na ausência e dificuldade de cofre.
            O salário mínimo, na manutenção, acabou dissolvido. O poder de compra, na reflexão do trabalhador, caiu na avaliação. O sujeito, nas idas e vindas, devia no financeiro. A saudade, no “passado de pobretão”, adveio no balanço: “tinha dinheiro e dificuldade de condução”.
            Os ônus, no conduzir de quatro rodas, aspiraram meses de duras jornadas. Os jovens ruem nas falácias das preleções. Os inícios acontecem na dificuldade. A abastança, em domínios e itens, resulta em gulosos sócios. A coisa advém em ter o certo e imprescindível.
            A aberração mora em dar um passo maior que as pernas. As escolhas, no acerto ou erro, deliberam dificuldades ou facilidades.

Guido Lang
“Singelas Crônicas das Vivências”

Crédito da imagem: http://radiomirandelafm.com/?p=331

quinta-feira, 4 de dezembro de 2014

O repelente australiano


           A atividade, na paixão e tradição, incorria na criação. As galinhas (caipiras), na específica instalação, ganharam abrigo e atenção. O galinheiro, na propriedade rural, advinha na singela edificação. O resguardo, no assalto (da fauna) e intempéries, sucedia no imperativo.
            A dificuldade adveio no calor do verão. A epidemia, na disseminação dos ácaros, caía na rotina. A presença, nas aves, compõe consorciação. Os indevidos, na aberta ofensiva, incorriam no estrago e imprudência. O paliativo, aos piolhos, necessitou ser criado.
            À distância, na compra de toxinas, ocorreu na ocasião. A deficiência financeira limitava maiores gastos. O anódino, nas folhas de eucaliptos, sobreveio na introdução. A fragrância, no agudo cheiro, mostrou-se natural repelente. Os enfadonhos incidiram na migração.
            O eucalipto, no legado australiano, avigorou a altiva utilidade. A exuberância vegetal, na farta lenha, cai no principal acrescimento. A farta lavoura instituiu o panorama australiano. As dificuldades, na ausência dos recursos da ciência, coordenam domésticas soluções.
            O engenho, na abastança de recursos (naturais), incide na aplicação e economia. O sujeito, na breve história, precisa saber virar-se nos prazeres e problemas.

Guido Lang
“Singelas Crônicas das Colônias”

Crédito da imagem: http://elcalderodesol.blogspot.com.br/

quarta-feira, 3 de dezembro de 2014

A destreza do mandato


           O sujeito, na qualidade de migrante, achegou ao ambiente. O mando, no esporte amador, adveio na afeição e apego. As tentativas, em três ensejos, procederam na almejada seleção. A alegria e soberba, na captação, advieram marcantes no meio comunitário.
            A Câmara de Vereadores, no exercício do ofício (público), ocorreu na chefia. A significativa votação, no aferrado pleito, conduziu ao desígnio da presidência. A povoação, na longa história, conheceu o primeiro jovem (na casa do povo). O chefe caiu no júbilo e opinião.
            O fato, na destreza do mandato, arrolou-se benefício. A gerência, no berreiro da duradoura carestia monetária, caiu no custeio do basal. O lugarejo, no adjunto da sede, procedeu a esquecido e secundário. Os baixos ofícios, no assaz imposto, caíram no destino.
            A máxima captação, no tempo susceptível, versou na cobrança e instalação de quebra-molas. Os motoristas (votantes), no empecilho, “agradeceram disciplina e estrago no veículo”. Os frutos, em síntese, aconteceram em dizer “sim” (ao dirigente) e ganhar garantido salário.
            Os vereadores, no grosso modo, perpassam os mandatos na carência de contribuições e imaginações. Exatos cargos, na requisição da legislação, sucedem no cumprimento e proveito.

Guido Lang
“Singelas Crônicas das Vivências”

Crédito da imagem: http://www.itaporaagora.com.br/

terça-feira, 2 de dezembro de 2014

A casual conversa


       A filha das colônias, na casa cheia do restaurante (no horário de pique), acabou acomodada no compartimento. Um estranho, no exprimido lugar, encostou mesa. A refeição, no emprego de Buffet, sucedeu na acidental conversa. A afinidade, na curiosidade, caiu no banal.
       O forasteiro, na analogia do idioma, externou algo comum. A dúvida, no sensato tempo, vinculou-se a ascendência. O sujeito, na remota comuna, externou procedência. A dita cuja, na coincidência, admira-se do acaso. O outrora conhecido flui na lembrança da origem.
           A fulana interroga: “O senhor, na casualidade, conhece o beltrano? O sujeito afirmou ser da idêntica paragem”. O andante, na aprovação, complementa: “O cidadão, em dois anos, foi colega de aula. Distingo por demais”. A mulher, no caso perigoso, tinha sido namorada.
     O mundo, na intensa animação, tornou-se apertada povoação. As pessoas, na variedade de interesses, cruzam-se nas analogias. A cautela, no resumo de azares e naturezas, advém na fortuna. Injúrias, na gama de ambientes, assentam ajustes e riscos.
            Os distintos, na agilidade dos convívios, sucedem em improvisadas amizades. As pessoas, em ocasionais relacionamentos, criam abastados conhecimentos e experiências.

Guido Lang
“Singelas Crônicas das Colônias”

Crédito da imagem: http://perfecta.itwfeg.com.br/