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sábado, 10 de maio de 2014

A lição do velho profissional


O colono, na profissão de cabeleireiro, circulou pelas localidades. O cidadão, nas andanças, aparou gerações. A conversação, nos cortes, ganhava acentuada importância!
A barbearia, instalada nos armazéns (antigas vendas), atendia crianças, jovens e velhos. Os clientes, agora anciões e avós, relembram da lição do velho profissional!
O senhor, há décadas, ostenta-se falecido. A lápide familiar, no cemitério comunitário, assinala local do derradeiro desfecho e repouso. O ensinamento e palavra desafia o tempo!
A sabedoria, externada por Carlos Sabka, povoa a memória comunitária. O cidadão, em certa ocasião, exprimiu: “A velhice, na variedade das mazelas, revela-se um dejeto!”
O tempo, aos atentos ouvintes, confirmou a veracidade. As hérnias, disseminadas nos rurais, confirmaram os flagelos. Dores, em nervos e ossos, espalharam-se nos sofridos organismos!
Os excessivos esforços, no maneio do arado, enxada e foice, desgastaram os corpos. Os coloniais, nas consequências das braçais lidas, ficaram-se doloridos e quebrados!
A doença, nas encruzilhadas do organismo, dá sinais da inconveniente presença. O indivíduo, pelo azar e desgosto, ostenta prazo de validade!

Guido Lang
“Crônicas das Colônias”

Crédito da imagem: http://www.acessozero.com.br/curitiba/cabeleireiros/salondecheveu

sexta-feira, 9 de maio de 2014

A esperteza da vida


A espécie vegetal, no espaço local, mantinha-se inserida na floresta. Os tradicionais angicos, ótimos a lenha e madeira de lei, viram-se ceifados no processo de colonização!
Alterações ambientais facilitaram o extermínio natural. Aquecimentos e combustões, na atmosfera, contribuíram no desaparecimento. Suspeitas recaíram nas mudanças climáticas!
As esparsas árvores, no geral, careciam de produzir sementes. A realidade sucedeu-se por décadas. O descaso, na difusão da descendência, resultava na sucessiva extinção!
O curioso, na empírica pesquisa, resultou no repentino rejuvenescimento. A espécie, nas resguardadas reservas genéticas (no seio do solo), brotou do nada como aparente praga!
O clima propício gerou o intenso revigoramento. O habitat viu-se retomado nas condições próprias. A natureza, “na esperteza da vida”, trata de resguardar-se da extinção!
O Criador, na habilidade da invisível mão, perpetua a magna obra. A pequenês, na mente humana, impossibilita assimilar a envergadura da criação!

Guido Lang
“Crônicas das Colônias”

Crédito da imagem: http://www.ciflorestas.com.br/conteudo.php?id=7219

quinta-feira, 8 de maio de 2014

A divina mão


A grandiosidade, na mãe natureza, perpassa o universo. As resoluções divinas ostentam-se impregnadas na matéria. Os seres vivos verificam-se a essência da obra-prima!
O construtor, na indiferença de nome, coordena ativamente a criação. Os humanos, na aprimorada psique, conseguem detectar e vislumbrar facetas das centelhas e regras!  
As leis naturais, no exemplo, descrevem a atuação. Os objetivos direcionam no rumo do aprimoramento espiritual. Os viventes, na missão, integram elementos do elo da evolução!
Singelas realizações, no âmbito geral, enobrecem a causa. Incontáveis obreiros, na gota do oceano, propagam objetivos. A magnitude manifesta-se na estruturada matéria!
A atuação individual, na existência, consiste em cumprir atribuições e metas. Os créditos, nas formas das dádivas e encargos, manifestam-se nas realizações e vocações!
Os desastres, na fúria natural, significam agressões às normas. A divina mão, na semelhança do raio, age nas energias. Adequação a natureza significa sabedoria e sorte!
A humanidade, nos excessos de tecnologia, inventou de brincar de criador. A natureza, nos abusos e exageros, vinga-se na razão de restabelecer equilíbrios!

Guido Lang
“Crônicas das Vivências”

Crédito da imagem: http://estilosmel.blogspot.com.br/2013/08/a-natureza.html

quarta-feira, 7 de maio de 2014

O milagroso remédio


O ancião, nos aproximados setenta anos, vivia sentado nos cantos e recantos. O forasteiro, na observação dos bailes e jantares, deparou-se no ímpar comportamento!
O senhor, no descaso da diversão, evitava conversas e danças. As intimidades e relações viram-se completamente descartadas nos relacionamentos!
O objetivo, na contínua presença, concentrava-se no discreto e ousado comércio. O proprietário, no pré-combinado com seguranças, autorizou e incentivou o velado negócio!
As trocas, no pré-determinado ponto, efetuavam-se nos cubículos dos sanitários. Inúmeros homens, na sedução e tensão, apelaram aos “milagrosos e perigosos remédios”!
Os clientes, sobretudo acima dos cinquenta e cinco anos, apelavam em elevado número. A mercadoria, na desconhecida procedência, advinha das distantes paragens!
O viagra, no embalo e emergência dos machões, visava atender as íntimas necessidades de ereção e projeção. O camarada, no lucro, abastecia o amplo e farto mercado!
O comércio, na clientela, vislumbra as oportunidades dos dividendos. A consorciação e mistura, bebida versus remédio, revela-se fácil e rápido caminho a implosão!
As pessoas, em variadas formas, induzem e projetam a morte. As esdrúxulas atitudes e consumos, nos comportamentos sociais, conduzem a discriminação e marginalização!

Guido Lang
“Crônicas das Vivências”

Crédito da imagem: http://www.bancodasaude.com/press/viagra-com-generico-a-metade-do-preco

terça-feira, 6 de maio de 2014

Os mercenários de prontidão


O moço, na bonita e elegante jovem, achegou-se para usufruir das atenções e benesses. Os afetos e intimidades, no vigor da idade, estenderam-se nos bons e fartos anos!
A convivência, na disfarçada serventia, sucedia-se nos dias. A vantagem, na opulência, ocorria em alta conta. As diferenças, no matrimônio, criaram dificuldades de relacionamento!
A situação, no desgaste e doença, conduziram ao abandono e substituição. A concorrência, no desgaste da bonança, ganhou os agrados e confianças!
A original, nos envelhecidos anos, relegou-se ao descarte. A cidadã, no tempo, tornou-se qualquer bela desconhecida. As relações externaram desleixo e indiferença da companhia!
O exemplo, na derrocada, aplica-se as gestões públicas. Os afilhados e partidos, nas más administrações e rodízios dos governos, saem em debandada dos cargos e coligações!
Os partidos nanicos, no alvorecer das oposições, mudam de escolha para manterem-se firmes no cofre. Oposições e situações estabelecem-se conforme interesses e vantagens!
Os indivíduos, pelas facilidades do dinheiro, optam em serem mercenários. A malandragem e vigarice, nos espertalhões, revelam-se no decorrer das vivências!

Guido Lang
“Crônicas das Vivências”

Crédito da imagem: http://ultradownloads.com.br/papel-de-parede/Loira-Olhando-a-Paisagem/

segunda-feira, 5 de maio de 2014

O crédito dos amigos


Os atletas, parceiros nos esportes (de longa data), mantinham particular admiração e consideração. A convivência, nos campos e quadras, aprofundou afinidade e confiança!
As conversas, nos encontros e reencontros, sucediam-se como velhos companheiros. As particularidades viam-se narradas em alta conta. Os negócios, no ínterim, tomaram vulto! 
O amigo, no belo dia, enveredou na política. A precipitação impossibilitou maiores chances de eleição. O candidato, na oportunidade, procurou angariar o crédito dos amigos!
O companheiro, afilhado partidário, inviabilizou a confiança. A família, nas várias escolhas, absteve-se de direcionar voto. Estranhos ganharam atenção e preferência!
O candidato, na modesta comunidade, mediu o reconhecimento social. O indivíduo, no detalhe da disputa, desvendou o companheirismo. A amizade advinha da parcial conta!
A convivência, na desconfiança, subsistiu nos ocasionais encontros. Os negócios e segredos escassearam nos procedimentos. A amizade, no tempo, fraquejou no descrédito!
O indivíduo, no melhor dos amigos, espera confiança e consideração. A política, nos interesses e preferências, instala diferenças e salienta mágoas!

Guido Lang
“Crônicas das Colônias”

Crédito da imagem: http://www.consciencia.net/o-peso-do-voto/urna/

domingo, 4 de maio de 2014

A dúbia interpretação


O marido, parceiro dos armazéns e bares, sabia dos ocorridos e inventados. Os frequentadores, na informal junção, falavam melindrosos e variados temas comunitários!
As conversas e fofocas, na ocasião, abrangiam os “escamoteados namoros”. Os esporádicos encontros, “guardados a sete chaves”, eram “tapados como sol na peneira”!
As desconfianças, no alcoólatra e particular cidadão, ligaram-se a família. A denúncia recaia no descrédito da própria mulher. “O boca suja inventou de transpor o segredo”!
O impróprio, na traição, fez recair suspeitas no melhor amigo. O indivíduo, no desespero, procurou ousada saída. Os tragos avolumaram-se no número de copos!
O jeito, na fúria, consistiu em eliminar a essencial companhia. O cachorro, na preciosa vida, pagou o preço do extermínio. Os paliativos carecem de resolver as raízes dos problemas!
Interpretações dúbias geram equívocos e histórias. A sabedoria popular versa: “Onde tem fumaça tem fogo”!

Guido Lang
“Crônica das Colônias”

Crédito da imagem: http://thirstygirl.com/blog/2012/04/09/budget-friendly-wine-bars-nyc-edition/