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quinta-feira, 24 de abril de 2014

A fúria natural


A moradia, nas décadas de instalação e habitação, parecia imune a violência dos fenômenos naturais. Os registros desconheciam referências de enchentes, raios e ventos!
O progresso, na achegada do asfalto, transformou o pacato lugarejo. As parafernálias tecnológicas, com celulares, Internet, motores e parabólicas, viram-se difundidas!
O amontoado de aparelhos, instalados nas cercanias e moradias, ampliou e reforçou as necessidades de energia. O emaranhado de fios e ondas trouxe melindrosas suspeitas!
A outrora tranquila localidade, na progressão, conheceu os fulminantes raios. As nuvens negras, no alvorecer das chuvas, inspiram cuidados e temores da violência natural!
A aparelhagem, na precaução e pressa, vê-se extraída das tomadas. Os moradores resguardam-se no interior dos prédios. A modernidade mostra-se chamarisco das descargas!
A ionização favorece a disseminação das energias. A vida reside próximo aos perigos. A natureza, nos abusos, vinga-se no imprevisto. Causas geram efeitos na realidade!
O cidadão, no cotidiano das vivências, resolve uma necessidade e cria outro problema. O conhecimento empírico desafia a astúcia da comprovação científica!

Guido Lang
“Crônicas das Colônias”

Crédito da imagem: http://www.jardimnovacachoeira.com.br/2013/01/raios-e-trovoes.html

quarta-feira, 23 de abril de 2014

Os excessivos direitos


A família, nas divisas, colheu mato de acácia. A silvicultura, na matéria prima do carvão, abastece os fornos. Galhos e folhas, na limpeza das imundícies, conheceram a queimada!
A proximidade, na rajada de vento, danificou árvores do vizinho. O fulano, desapegado ao trabalho, aproveitou-se dos direitos. A queixa, na delegacia, tornou-se fato!
A averiguação, nos prejuízos, ostentou-se necessidade pública. As partes, na intermediação das autoridades policiais no acerto, abreviaram aborrecimentos e atropelos!
A indenização norteou os ressarcimentos. Os cortadores, no inesperado, careceram dos dividendos dos esforços. Os percalços e prejuízos acompanham a sina das vivências!
O salário mínimo viu-se a indenização. O denunciante, a parentes e vizinhos, entregou a Justiça. O baixo valor, no ganho, afugentou amizades e considerações!
As lembranças e temores, nas sucessivas décadas, permaneceram vivas na memória. O cidadão, na comunidade, viu-se retratado na inconveniência e marginalização!
Os equívocos, próprios aos viventes, convém discutir e relevar nas penalizações. O excesso de zelo, nos direitos, inspira fobias e reluta amizades!

Guido Lang
“Crônicas das Colônias”

Crédito das imagem:http://isadorando.wordpress.com/

terça-feira, 22 de abril de 2014

A desunião familiar


Os filhos das colônias, migrantes do campo, achegaram-se às cidades. As dificuldades, de toda ordem, eram acentuadas e enfrentadas. O dinheiro ostentava-se aos centavos!
O aluguel revelou-se oneroso. O deslocamento advinha demorado. O trabalho tornou-se persistente. A grana via-se avolumada nas migalhas. As contragotas somaram fortunas!
A economia, nas horas extras e picos, mantinha-se filosofia. A solidariedade ostentava-se princípio nos relacionamentos. Cortesias e visitas eram mútuas entre familiares!
As melhorias fizeram-se sentir no tempo. As famílias foram constituídas. As compras, em bens, moradia e terreno, foram primazia. O carro, no inflamado ego, entrou na conta!
Os filhos conheceram a qualidade na formação e trabalho. A opulência, na concorrência, instalou brigas e intrigas. As famílias afastaram-se do convívio e visitação!
A competição gerou desconfianças. Os membros trataram de cuidar das respectivas vidas. Aparentados e próximos, nos desencontros e tempo, pareciam aparentes estranhos!
A riqueza individualiza e petrifica as pessoas. A fartura material abstém-se de ser sinônimo de felicidade e realização!

Guido Lang
“Crônicas das Colônias”

Crédito da imagem: http://ultradownloads.com.br/papel-de-parede/Barras-de-ouro/

segunda-feira, 21 de abril de 2014

A sútil desfeita


O cidadão, na casa paternal, achegou-se à visita. A sobrinha e “namorido”, no perecimento dos pais, ocuparam o solar familiar. O local entendia-se tomado de significado!
As lembranças e vivências, nas muitas e variadas reminiscências, viram-se saudades. Os ocupantes, no descaso e descuido, deixaram de externar consideração e estima!
O visitante, na estada, desmereceu a gentileza do oferecimento do assento. O intruso, companheiro da sobrinha, externou proposital e sútil desfeita. A razão via-se incompreendida!
A cadeira, na questão de míseros minutos, externou indiferença. As ocasionais conversas careceram de expressão. O cidadão, na mágoa, extirpou maiores diálogos e visitas!
Achegadas acabaram subtraídas dos convites. O tempo, no propósito de retorno, consistia nas constantes carências. Afrontas e prejuízos perpetuam-se na memória!
A indiferença ostenta-se sútil descarte. O cidadão, na proporção das convivências, conhece os semelhantes!

Guido Lang
“Crônicas das Colônias”

Crédito da imagem: http://www.tripadvisor.com.br/Hotel_Review-g1026464-d1124375-Reviews-Casa_Rural_Jesuskoa-Zumaia_Guipuzcoa_Province_Basque_Country.html


domingo, 20 de abril de 2014

A modesta vida


O agricultor, modesto na subsistência, passa os dias na propriedade. A companhia, nos crescidos filhos, vê-se a parceria. As saídas, em tese, ligam-se aos negócios e passeios!
As criações e plantações exigem os constantes atendimentos e cuidados. O leite, na produção, ostenta-se a essência dos ganhos. As vacas assumem primazia nas tarefas!
Artigos diversos, em ocasionais extras, advêm de animais, carnes, hortaliças, mel... A sabedoria financeira, na esperta gerência, permite dignidade e qualidade na vivência!
Os passeios, nas relações com amigos e parentes, sucedem-se na frequência. O principal, nos sábados e domingos, consiste nas idas e vindas ao armazém e sociedade!
Parceiros e vizinhos, na informal e ocasional reunião, conhecem especial companhia. Os instantes sucedem-se nas brincadeiras, conversas e negócios. Ideias novas arejam a mente!
Acontecimentos e experiências ganham a primazia dos enfoques. Os comentários, nas notícias, sucedem-se nos relatos a esposa. O indivíduo tem o que ambiciona e merece!
A informação comunitária encontra-se na evidência das vivências. A modéstia da sobrevivência faz a vida transcorrer em boa conta!

Guido Lang
“Crônicas das Colônias”

Crédito da imagem: http://ultradownloads.com.br/papel-de-parede/Reflexo-da-Agua/

sábado, 19 de abril de 2014

A extorsão fiscal


As abelhas, no calor da floração do verão-outono, esmeram-se no trabalho. Os esforços envolveram bilhões de vôos. O objetivo consistiu de encher as volumosas caixas!
O inverno, na alimentação, necessitaria de polpudas reservas. O apicultor, na cobrança de cotas de investimentos em caixas, avançou na ganância do alheio suor!
O vivente, na improvisação e de supetão, extraiu o produto da temporada. A sobrecaixa revelou-se simplesmente subtraída. A propriedade conduziu as indevidas cobranças!
As sobras, em baixa conta, permitiram mal à sobrevivência. As abelhas, na supressão das posses, perderam o encanto da vocação. O trabalho viu-se necessário à existência!
A colmeia, nas sucessivas temporadas, deixou de abarrotar e acumular. A ideia, em síntese, consistiu em mendigar no frio e produzir pouco no calor. A labuta viu-se mero ócio!
A pilhagem desestimula a satisfação produtiva. Os exageros, nas cobranças indevidas, desencorajam o trabalhador. A má gerência desafia a esperteza do forçado doador!
Os extorquidos perdem o encanto dos investimentos e produção. A tributação vê-se necessária à manutenção dos serviços básicos, porém a ganância estatal agride o patriotismo dos contribuintes!

Guido Lang
“Crônicas das Colônias”
 
Crédito da imagem: http://m.mdemulher.abril.com.br/
 

sexta-feira, 18 de abril de 2014

A necessidade da exposição


A fulana, na postura da cigarra, cantava pelos cantos e recantos. A alegria e realização ostentaram-se tamanhas no trabalho. A fama tomara vulto no cotidiano das vivências!
A divulgação, no jornal da cidade, solidificou-se na reportagem. A entrevista viu-se acentuada no espaço. O ensejo consistiu em difundir o histórico da carreira profissional!
O ego, na tamanha realização, revelou-se inflado. O artista, na necessidade do reconhecimento, precisou da notícia. Disseminada crença sucede-se “na salvação por obras”!
O artigo viu-se postergado na história. Estudos futuros, nas matérias dos jornais, ganharam primárias fontes. A filosofia reside nas aparências e reconhecimentos!
O ser, comparado ao ter, anda em baixa conta. O crédito social, na forma da fama, ostenta-se generalizado ensejo. “Cada louco alimenta suas loucuras e manias”!
Os gostos e opiniões subsistem aos variados humores e valores. Camaradas! Vivamos na alegria e satisfação a precisa e única vida.

Guido Lang
“Crônicas das Vivências”

Crédito da imagem: http://abfdigital.blogspot.com.br/