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quinta-feira, 6 de março de 2014

O variado interesse


A entidade esportiva, ligada ao esporte amador, elegeu nova diretoria. O objetivo, na forte equipe, consiste em disputar o campeonato municipal. O desejo vê-se em ficar campeã!
A eleição havia transcorrido a boas semanas. Vários locais desconheciam os membros da entidade. Qualquer reclamação ou sugestão poder-se-ia recorrer aos responsáveis!
O amigo e cliente achegou-se ao negociante. As partes queriam saber do escolhido presidente. O mercador, instalado na paragem, desconhecia do sucedido!
Os moradores, nas idas e vindas à mercearia, trazem os perpassados comunitários. O companheiro, por descuido, desconhecia a notícia. Diretoria via-se mais outro mero detalhe!
A brincadeira, na ironia, exterioriza: “- Como assim? O parceiro sabe da ida do beltrano a casa da vizinha, porém desconhece as informações básicas da associação esportiva?”
Os coloniais, no geral, perderam o encanto pelos entes comunitários. As entidades, na migração campo-cidade, relutam na subsistência. A ideia reside em procurar lazer variado!
As dificuldades revelam-se tremendas em formar diretorias. O pessoal procura cuidar dos oportunos negócios. Os dispêndios, em tempo, veem-se muitos na gestão de sociedades!
O comprometimento e dedicação tornaram-se pérolas comunitárias. As informações melindrosas despertam as graças!

Guido Lang
“Crônicas das Colônias”

Crédito da imagem: http://sasg.bahai.org.br/2013_05_01_archive.html

quarta-feira, 5 de março de 2014

O comércio da terra


O finado, herdeiro da estirpe, foi-se ao repouso. A viúva, na solidão da propriedade, seguiu adereço dos filhos. Os brotos, na cidade, querem distância do interior!
Os solos, patrimônio de gerações, foram alocados à venda. Os sucessores, envolvidos em projetos distintos, aspiram dinheiro. O inventário findo admite o negócio nos domínios!
Os estranhos, na meia dúzia de hectares, evidenciam desapego. Os agricultores e sitiantes buscam lotes no asfalto. O interior, de chão batido, desencoraja aquisições!
Os vizinhos, no outrora, admitiam importância. Estes, abordados aos sessenta, requerem apartamento de dívidas. A ideia, nas finais primaveras, incide em curtir a existência!
O bem, no compasso da espera, avoluma arrendamento nas baixadas. Os matos multiplicam-se nas encostas. As instalações, no desuso, caem no estrago e ruína!
O caso arrasta-se na imprecisão. O fato, entre herdeiros, verifica-se banal. As devolutas terras, nos declives e morros, tomam sentido na direção da reserva ambiental!
Os encargos, na legalização e manutenção, carecem cobrir perspectivas de lucros (nas vendas). Vários lotes, no espólio de netos, assumem inviabilidade do potencial de comércio!
As áreas, no desamparo, desencorajam dividendos. As florestas tolhem empregos, rendas e tributos. As estradas, na conservação, nutri-se obrigação da fazenda pública!
Os ciclos econômicos alternam concepções de vida. As ofertas de trabalho, nos meios urbanos, suplantam iniciativas de continuação e manutenção no campo!

Guido Lang
“Crônicas das Colônias”

Crédito da imagem: http://www.downloadswallpapers.com/papel-de-parede/zoom-no-mato-verde-36163.htm

terça-feira, 4 de março de 2014

Os míseros trocos


O cidadão, filho das colônias, sonhou no oportuno negócio. Este, inspirado nos modelos dos ancestrais, queria autonomia e liberdade. O desejo era o de ser dono do próprio nariz!
A migração, campo-cidade, levou a instalação de atelier. O calçado, às empresas, prestou valiosos ofícios. As melindrosas confecções viam-se repassadas a terceirização!
O negócio, nas penosas e prolongadas jornadas, absorveu duas dezenas de empregados. Os servidores, como migrantes no geral, extraíam o fruto da sobrevivência!
Os grandes volumes, na movimentação financeira, viram-se abundantes. Os resultados finais, ao próprio caixa, traduziam estreitos e exprimidos dividendos!
As exigências, nos intermináveis encargos, foram praticamente diárias. As coberturas, na tributação, decorriam cá e lá. A eventual contestação trabalhista dissolveria a firma!
O arrojado, no extremo, ordenou detalhados cálculos. O espanto despontou nos resultados. O investidor, na compensação, recebia trocos. Os ganhos inibiam os riscos!
O filão completava as responsabilidades. A gama de tributos absorvia os dividendos. A firma, nas inacabáveis exigências, via-se dissimulada estatal. O patrão via-se dono dos riscos!
A solução, na precariedade, consistiu em cerrar portas. O encerramento viu-se garantido nas obrigações. Equívocos consumiriam o patrimônio avolumado numa existência!
O jeito, na chácara e construção, foi ganhar a vida. O controle de gastos evitou a judiação por ganhos. Os supérfluos contidos nos dispêndios. A modéstia seguiu-se na vida!
Os ousados, na ganância fiscal, inibem comércios e habilidades. O velado socialismo, no meio do distorcido capitalismo, incentiva mediocridade e ócio!

Guido Lang
“Crônicas das Vivências”

Crédito da imagem: http://diferindo.blogspot.com.br/

segunda-feira, 3 de março de 2014

A indevida colheita


O proprietário, ao recém-migrado morador, queria dar trabalho. Este, com companheiros, abrigou-se na reserva próxima. O bem, no favor, ajustaria amizade e produção!
O cidadão, com nativos, queria a circunvizinhança. A tarefa, no repasse de grana, consistia em cortar, empilhar e rachar lenha. Um trabalho braçal necessário no domínio!
O contratado, na tarde, achegou-se ao serviço. Este, na habilidade e oportunidade, efetuou um apropriado trabalho. O juízo consistia em continuar nos negócios e relações!
O curioso, à noite, assistiu-se na inquietação da cachorrada. O trio de caninos vivia a latir na direção da cultura de aipim. O recurso, à surdina, incidiu em apurar a ocorrência!
A incursão, na armação, tomou significado. A situação desvendou-se na invasão da plantação. O cidadão, com parceiros, efetuou a antecipada e indevida colheita!
O colonial, noutro dia, dirigiu-se a moradia do contratado. A solução consistiu em pedir e saldar o valor da jornada. A produção, na exorbitância do preço, foi liquidada no solicitado!
O conselho, na dispensa, foi: “- Cara! Carece de colocar os pés na propriedade. O objetivo consiste em evitar brigas e surpresas. Os aipins costumo cuidar e colher próprio!”
A diferença de cosmo visões mantém-se sina. A ideia colonial vigente consiste em pedir e jamais pegar por própria conta. As graças, de súbito, perpassam como obrigações!
Os precipitados, por bocadinhos, descartam chances de proveito. A fraude inviabiliza oportunidades de afeições e comércios!

Guido Lang
“Crônicas das Colônias”

Crédito da imagem: http://www.hortas.info/como-plantar-mandioca

domingo, 2 de março de 2014

A queima de energia


O cidadão, dono de restaurante, escutou estranha reclamação. A comida, exposta no Buffet, assistia-se convite ao consumo. O proprietário, no comércio, zelava pela freguesia!
O problema, na obesidade, encontrava-se no nutrir-se. A elegância, na moda, residiria na magreza. A comida boa, no consumo diário, acabaria nos quilinhos!
O negociante, de sutil forma, externou justificativa. A astúcia comercial, da abstinência, relegou ao secundário. O incentivo, ao lucro, teria em vender nas quantidades!
O mercador, na agilidade de político, exteriorizou: “- O problema carece no abocanhar. A dificuldade, na vida sedentária, reside em queimar as energias!”
As pessoas, nas cidades, descrevem-se inativas. O encorajamento, as caminhadas e exercícios mostram-se limitadas. Aflições e apreensões acentuam comilanças e ingestões!
O trabalho, nos aparelhos, favorece o acúmulo de lipídios. As opiniões alteram na proporção dos interesses. Os modelos de beleza residem nos olhos de quem aprecia!
Os excessos de uns podem ser as carências de outros. As preocupações mudam na proporção dos indivíduos. O formidável incide em viver feliz nesta rápida passagem terrena!
Os abusos, nas facilidades e repetências, aparecem no tempo. A verdade, dita com jeito, externa-se como sabedoria!

Guido Lang
“Crônicas das Vivências”

Crédito da imagem: http://www.dimensionsinfo.com/buffet-sizes/

sábado, 1 de março de 2014

O bucólico roubo


A mulher afligia-se no detalhe. Peças de roupa, no espaço cercado e fechado do prédio, sumiam da varanda do apartamento. Um enigma atribuído a algum fantasma!
As hipóteses foram variadas nos palpites. As aspirações visavam decifrar a charada. Olhos atentos abrangeram os quadrantes. Algum chamariz serviu de tentação!
O curioso: as peças, escolhidas a dedo, sumiam misteriosamente no varal estacionário. As queixas, a imobiliária, relacionavam a dupla chave. A empresa abdicava do argumento!
Um assalariado, no serviço da fábrica, viu-se liberado no imprevisto. O fulano, na casualidade, achegou-se antes do normal à moradia. O panorama via-se de mão na botija!
O espetáculo exprimiu-se prodigioso. A habilidade e ousadia saltavam aos olhos. O gênio humano direcionava-se a esperteza e estrago. A escolha recaía nos exemplares íntimos!
A vizinha, no andar de cima, fisgava com anzol as unidades. O caniço, com manivela, permitia excepcional pesca. O segredo, no súbito, despontou a realidade dos acontecimentos!
Uns, por ninharia, cunham inadequada fama. A inadequação, aos quatro ventos, propaga-se nas conversas. Artifícios, até no velório, veem-se relembrados nas histórias!
O ladrão, no imprevisto, denuncia-se na vadiação. A generalizada roubalheira dissemina-se na impunidade!
                                                                     
        Guido Lang
“Crônicas das Vivências”

Crédito da imagem: http://mueller.ind.br/

sexta-feira, 28 de fevereiro de 2014

Os indiscretos latidos


O criador, filho das colônias, encontra-se cansado e dolorido da jornada. A subsistência impunha obrigações e trabalhos. A fadiga domava o velho corpo. A cama era o remédio!
O cidadão, na possibilidade de descanso, encontrava-se feliz. O leito, nas noturnas horas, trazia especial aconchego e alento. O amparo, no suado dia, delineava-se no organismo!
A letargia via-se como bálsamo no revigoramento. O cochilo entendia-se como soneira. O beneficiário, na viagem pela profundeza do íntimo, desatou do mundo!
A algazarra no exterior, de aferrados latidos, rompeu o encanto e silêncio. A cachorrada, no ininterrupto, inferniza o ambiente. A letargia assiste-se censurável!
O jeito, no incômodo, consistiu em tomar atitude. O foque (lanterna) foi contraído com razão de apurar a ocasião. Os caninos, de guardas, haviam enfurnado o gambá!
O animal, na altura da árvore, encontrava-se entocado. O alvejado, na luta pela sobrevivência, dirigia-se ao galinheiro. A probabilidade de caça viu-se irrealizável!
O proprietário, nas auroras, obriga-se a zelar pelas criações e instalações. Os cães, no impulso de selvagens nos pátios, acostumaram-se a detectar aberrações e impróprios!
As visitas inconvenientes fazem parte dos ocorridos. Os despossuídos abdicam unicamente de cuidados. As dificuldades verificam-se em quaisquer atividades!
A sobrevivência, na luta pelo alimento, vê-se um duradouro duelo. Animais domésticos, pelos responsáveis, exigem contínuos reparos e tratos!

Guido Lang
“Crônicas das Colônias”

Crédito da imagem: http://www.achetudoeregiao.com.br/animais/cao_policial.htm