Translate

sexta-feira, 7 de fevereiro de 2014

A comida colonial


Inúmeros indivíduos, migrantes e urbanizados, renegam as origens coloniais. A comodidade e facilidade, nas cidades, seduziu a vivência. Exemplos ouvem-se aos quadrantes!
Os interiores, em síntese, relembram atraso, carência, distância, humildade, ingenuidades, sujeira, trabalho... Formigas e mosquitos acentuam “fantasmas” à memória!
A moda consiste em seguir e viver os protótipos urbanos. O consumismo, dinheiro, facilidade, moda, ostentação assumem o centro das ocupações e preocupações!
Um cidadão, criado e educado nas colônias, iniciou negócio na metrópole. Este, no ramo das comidas, conciliou conhecimento e vocação. A criatividade vê-se filha do sucesso!
Uma singela placa, no centro da grande capital, anunciou: “Serve-se comida colonial”. Um comunicado viu-se no ambiente dos embonecados, engravatados, perfumados...
O lugar vivia abarrotado de gente. Os clientes afluíam para degustar os apetitosos e variados pratos. Os ímpares cheiros, nos esfomeados e exigentes estômagos, fizeram faltar lugar!
Os cheiros e gostos, como aipim, arroz, carnes (frango, peixe, porco e rês), feijão, massas, omeletes, saladas, ostentavam-se um néctar. Fregueses instituíram a cadeira cativa!
O preparo, na base do fogão a lenha, incutia alento e vontade. O preparo manual, na base da abundância, capricho e esmero, agregava qualidade e valor aos frescos alimentos!
Os indivíduos, dos ancestrais e torrões, guardam conselho, orgulho e reminiscência. Correção, dificuldade, honestidade, simplicidade e trabalho são princípios básicos no interior!
O apego e esmero revelam-se segredo no alcance ao sucesso. O sujeito, na pacata subsistência, consegue viver feliz e realizado no pouco!

Guido Lang
“Crônicas das Colônias”

Crédito da imagem: http://ninassweet.wordpress.com/2010/10/31/churrasco/

quinta-feira, 6 de fevereiro de 2014

O centro das atenções


O cidadão, na querela de gerações, observou uma modesta e improvisada junção e reunião. Os familiares, no sabor do calor de verão, reuniram-se no encerrar da tarde!
A família, avô, pai, mãe e filhos (dois), encontraram-se assentados em frente a casa. A conversa, outrora animada e mútua, assumiu ares da modernidade na periferia urbana!
O tradicional intercâmbio de sucedidos deixou de existir. Os membros, na conversa informal, relatavam experiências e vivências. O fato aproximava e unia os integrantes!
A preocupação, na intensa comunicação (da atualidade), consiste em mexer em aparelhos. Jornal, rádio e televisão, em bom número, tornaram-se desinteressantes e dispensáveis!
O quadro descreveu: Avô estava de gaiato. O pai telefonou a fornecedores. A mãe ocupou-se das redes sociais. Filhos interessaram-se nos joguinhos dos celulares!
A conversa viu-se inexistente. Amigos e conhecidos careceram de atenção e cumprimento. Os aparelhos, no vício da tecnologia, assumiram o centro das preocupações!
A realidade, na informática, descreve novas vivências. As pessoas vivem antenadas e próximas aos aparelhos. Os indivíduos veem-se senhor do próprio tempo e umbigo!
A convivência informal tornou-se chatice e supérflua. As relações, restritas ao grupo da idade, tornaram-se dilema. A moda verifica-se em desleixar o perto e priorizar a distância!
O resultado trará a geração de solitários. A convivência, na indiferença, verá dificuldades de estabelecer contatos. Os próximos, no descaso, ignoram-se como estranhos!
Indivíduos, na multidão de semelhantes, convivem como “ilhas perdidas no oceano da vida”. As banalidades e futilidades absorvem o centro das atenções e preocupações!

Guido Lang
“Crônicas das Vivências”

Crédito da imagem: http://redeglobo.globo.com/

quarta-feira, 5 de fevereiro de 2014

A mudança de vida


O estudante, filho das colônias, achegou-se a cidade grande. O estudo, na etapa universitária, exigia a migração campo cidade. As mudanças de vida revelaram-se acentuadas!
O cidadão, na passada consorciação estudo e trabalho (rural), precisou adaptar-se ao contexto urbano. A realidade, como curiosidade, chamou atenção na fraqueza e modéstia!
O estudante, na humilde e remendada roupa, achegou-se ao ambiente universitário. O dinheiro via-se contado nas unidades. As dificuldades e pobrezas saltavam aos alheios olhos!
O princípio básico norteava as vivências. O camarada pode andar humilde e remendado no vestuário. No entanto, o importante consiste em ser educado, gentil, higiênico, honesto...
O critério arregimenta crédito e oportunidade. O cidadão arregaça as mangas e vai à luta. O correto e justo permite noites serenas na companhia da coberta e travesseiro!
O desempenho escolar, no ambiente das carências, diferenciou-se no conjunto. O princípio básico consistia “em pegar ou largar” a chance de êxito, progresso e sucesso!
A palavra desânimo inexistia no dicionário. As oportunidades eram fisgadas com duas dedicadas mãos. O desejo era mudar de vida. O primário migrou ao setor dos serviços!
A necessidade obriga reverter as adversidades em oportunidades. A correção e honestidade, na realidade das disseminadas maracutaias, perpassa a triste sina de otário!

Guido Lang
“Crônicas das Vivências”

Crédito da imagem: http://iurdjapao.com/home/?p=15395

terça-feira, 4 de fevereiro de 2014

A desnecessária provocação


O calor, no sabor de fevereiro, encontra-se infernal na cidade grande. A massa quente predomina por dias no cenário. Os pensamentos direcionam-se as férias, passeios e saídas!
O público, em boa dose, encontra-se enfurnado nas águas. Os balneários e praias veem-se requisitados. A moda, das fugidas ao litoral, integra a realidade de inúmeras famílias!
O camarada, “afundado em dívidas”, encontra-se na tentação. O dinheiro, no crédito, carece de novas cedências e dispêndios. O salário, por meses, viu-se comprometido e gasto!
Os credores, a toda hora, ligam para requerer ressarcimentos. A solução foi desligar o celular. Outras ofertas de consignados inexistem. O endividamento difundiu-se na praça!
Amigos desvencilham-se de conversas. Colegas temem pedidos. A história, de “outra cedência e quebra galho”, induz nas forçadas ou indesejadas doações ou perdas!
O conhecido, logrado no empréstimo, cobra-se da ladainha do ressarcimento. O camarada sabe da obsessão pelas praias. O endividamento inviabiliza novos propósitos!
O indivíduo, a título de implicância e provocação, reforça lembrança: “O jeito, no calor de rachar, consiste em recorrer ao mar. O corpo dolorido e sofrido merece mimo!”
O prazer, na falta e promessa do ressarcimento, consiste em implicar pelo pagamento. A deficiência monetária, no desejo de consumo, instala abstinência, desânimo e privação!
Esperteza financeira dispensa dispêndios em juros. A matemática das finanças, no cotidiano da vivência, revela-se a essência das ciências!

Guido Lang
“Crônicas das Vivências”

Crédito da imagem: http://ambientalsustentavel.org/

segunda-feira, 3 de fevereiro de 2014

As selvas de concreto


Os urbanos, no geral, queixam-se das condições impróprias das cidades. Os espaços, na explosão populacional, carecem das condições dignas. A vida convive nos atropelos!
As migrações sazonais, no sabor do verão, deduzem o impróprio das aglomerações. Milhões de pessoas, nas estradas e veículos, direcionam-se a espaços do interior e litoral!
Algumas cidades, como planejadas, salvam-se talvez das porções de inconveniências. As situações, na primeira anormalidade, complicam-se nas águas, calores, frios e ventos!
As pedras, no pique do verão, instalam os ares dos desertos. O impregnado calor cozinha na fervura os locais. A refrigeração fraqueja na climatização dos ambientes!
O inverno registra as tragédias das enchentes, frios e umidades. As doenças propagam-se nos fechados ambientes. As trompas d´água, com a carência de energia, implantam o caos!
Os técnicos, nos planejamentos, ignoram necessidades primárias da dignidade humana. Os asfaltos, concretos e pedras precisam ser entremeados de reservatórios e verdes!  
O redimensionamento urbano, entre outros, exige ambientes de cultivo, construções recobertas de vegetações, espaçamentos entre prédios, infiltrações de águas...
Os espaços, na ideia de escolas abertas e práticas, necessitam de agricultura, criação e jardinagem. Ambientes, a desocupados e presos, poderem angariar ganhos e trabalho!
Os humanos, em síntese, direcionarem-se à mãe natureza. O artificial, em excesso, acentua desvios e patologias. Os humanos, nos adormecidos instintos, precisam do natural!
A excessiva especialização induz a ignorância no geral das necessidades humanas. A obsessão do dinheiro, no instalado mercado persa, implanta condições impróprias à dignidade e qualidade de vida!

Guido Lang
“Crônicas das Vivências”

Crédito da imagem: http://oglobo.globo.com/

domingo, 2 de fevereiro de 2014

O alheio crédito


O cidadão achou-se esperto e ousado entre colegas. Ele, no reforço de caixa, procurou emprestar dinheiro. As finanças pessoais, no gerenciamento, viram-se no descalabro!
Os pedidos estenderam-se entre amigos e conhecidos. O curioso: perdeu as contas de tamanhos empréstimos. A cedência, no geral, envolveu algumas poucas unidades de reais!
O conjunto, no impensado, formou centenas. As vítimas, pelas costas (nas conversas informais), comentaram tamanha imprudência! Os débitos haviam a perder de vista!
A fama, de péssimo pagador, espalhou-se aos quadrantes. Uns evitavam maiores aproximações e intimidades. Eles sabiam de ocorrer outros inconvenientes solicitados!
Alguns, numa exclusiva oportunidade, entendiam-se como otários. Um singelo valor via-se dado (para evitar novos pedidos). Dinheiro cedido entendia-se sinônimo de doação!
O falante, na extrema urgência, continuou implorando empréstimos. O pessoal, aos punhados, argumentava dificuldades. As pessoas carecem de esquecer combinados e débitos!
O crédito careceu de existir para mísero real. Os colegas, na espécie de pré-combinado, indispunham-se a quebrar galho. Extremas necessidades foram renegadas!
Os tratados precisam ser cumpridos. Promessas revelam-se dívidas. As falas e palavras, antes da explanação, precisam ser avaliadas e pesadas nas viabilidades!
Crédito, ao bom pagador, significa dinheiro vivo na mão. Caloteiro e tratante, em quaisquer grupos, ostentam dificuldades de confiança e fama!

Guido Lang
“Crônicas das Vivências”

Crédito da imagem: http://nintendotroll.wordpress.com/

sábado, 1 de fevereiro de 2014

As entrelinhas das vivências


O indivíduo, no reparo dos detalhes, descobre ideias e julgamentos. A surpresa desveste o inimaginável e impensado. O estratagema consiste de fisgar o escondido!
Um cidadão, como parceiro de trabalho, largou da jornada. Outro, no turno oposto, continuou a empreitada! O expediente cessaria no pré-estabelecido horário!
O colega, apressado ao almoço, saiu-se do ambiente. O camarada, num completo imprevisto, retornou de supetão ao lugar. O esdrúxulo descreveu-se no ambiente!
O detalhe, nos bons ares e aromas, encheu o cenário. O procedimento revelou os reais conceitos. A companhia, no procedimento, externou crenças e valores do subconsciente!
Os aromas e cheiros visaram afugentar estranhas e impróprias energias e espíritos. O indivíduo, no comportamento e estratagema, teve ideia dos reais conceitos da sua pessoa!
As entrelinhas descrevem os verdadeiros conceitos e considerações. O indivíduo, para conhecer e descobrir, precisa ser imprevisível. A verdade revela-se no imaginado!
Uns veem fantasmas onde nada tem. Atitudes inconscientes descrevem os valores da psique!

Guido Lang
“Crônicas das Vivências”

Crédito da imagem: http://alemdasbrumass.blogspot.com.br/