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quinta-feira, 11 de julho de 2013

A acentuada animação



O evento, como os demais da terceira idade, sucedeu em determinada localidade. O horário vespertino, do sábado, trouxe o afluxo de forasteiros e naturais!
Carros e ônibus tornaram pequeno acessos e estacionamentos. Os bailantes, numa multidão, “pareciam sair pelo ladrão”. Um aparente formigueiro, em instantes, avolumou-se!
Os associados, da entidade local, ganharam a incumbência de recepcionar e trabalhar. A diretoria, a cada membro, atribuiu uma tarefa. O lema consistia em comercializar e faturar!
O embalo musical, ao som duma bandinha, levou o público ao delírio. Um quarteto, com a parafernália eletrônica, perpassou os ambientes da bebedeira, comilança e dança!
A pista de dança, de forma contínua, via-se abarrotada de casais. Cada qual, em forma de brincadeira e diversão, externava seus dotes. As conversas e suores fluíam frouxos!
Os músicos, num convite, achegaram-se ao balcão e mesas. A determinação consistiu em subir e animar! O público aplaudiu, brindou, comemorou...
O singelo e reservado povo, advindo de diversas localidades, externou sua alegria e espírito festeiro! O intercâmbio de promoções mostra-se uma sina tradicional!
Os moradores, a semelhança do trabalho, conhecem a maneira de promover ímpares eventos. As danças, em pares de enamorados, espalharam-se pelos cantos e recantos!
Cada comunidade promove um excepcional evento anual. A grandiosidade da população externa-se também nos especiais festejos. A animação e diversão proporciona sobrevida para inúmeros anciões!

                                                                         Guido Lang
“Singelos Fragmentos das Histórias do Cotidiano das Vivências”

Crédito da imagem: http://melhoresbaresdorio.com.br

Um trabalho voluntário


Algumas lideranças comunitárias, a exemplo de cantores, pastores, professores e regentes, dedicaram décadas a determinadas entidades. Um afinco de fachada ímpar!
Estes, em quaisquer diretorias e gestões, mantinham a presença dos seus nomes. Uns, como secretários, presidentes ou tesoureiros, ostentavam a aparência de membros natos!
Moradores e parentes admiravam-se da tamanha dedicação e empenho! Estes, a princípio, careceram de avaliar os detalhes e interesses! Apreciar as entrelinhas do trabalho!
Os anos e conversas, com ao advento de novas diretorias e membros, foram decifrando certas mazelas e vícios. Estes, em exemplos, relacionavam-se a desvios e ganhos!
Algumas diretorias, a título de exemplo, aplicavam as reservas das entidades. Os bancos, em função do empréstimo e inflação, pagavam correções e juros.
Os dividendos auferidos, das transações, careciam em momentos de incluir-se no balanço das entidades. Os fiscais, do conselho, faziam descaso da situação!
Os ganhos, num provável rateio, tomaram caminhos da exclusão dos anuais registros. Alguns certamente viram-se beneficiados com a artimanha e descaso!
A apregoada honradez revelou-se uma lorota. Lideranças históricas careceram de primar pela coerência e transparência. Os equívocos, no tempo, foram desvendados!
As brigas e fofocas homéricas transcorreram em numerosas entidades. Abusos e exageros levaram a desconfiança a honrosos pais de família. Quaisquer cargos, aos membros das diretorias, absorveram tempo e geraram encargos!
                                                                                 
        Guido Lang
“Singelos Fragmentos das Histórias do Cotidiano das Vivências”

Crédito da imagem:http://blog.manager.com.br

quarta-feira, 10 de julho de 2013

O compasso de espera


Determinado colonial, como sinônimo de alerta e aviso, mantinha dois cachorros. Estes, deste tenra idade, foram domesticados a imprópria função de seguranças!
Estes, durante o dia, viam-se amarrados nos cantos do pátio. A autonomia e liberdade, de perambular, sucedia-se a noite! “As mariposas e morcegos adoram criam asas e pernas!”
Os animais, durante o dia, ficavam na contínua vigília dos familiares. A preocupação, como atenção e consideração, consistia em ganhar algum alimento e carinho!
Os membros, no geral, dedicavam alguns míseros minutos de reparos e tratos. Os caninos honraram a missão de resguardar. Os dias parecia-lhes compridos e infindáveis!
Os bichos, apesar da impaciência e sacrifício, apegaram-se e estimaram os criadores. Um descaso tremendo havia com o alheio tempo! Coloca uma modesta vida de cão nisso!
O idêntico aplica-se a determinados avós e bisavós. Estes, nos asilos e moradias, esperam ansiosos a chegada de familiares. Os dias e semanas transcorrem no compasso de espera!
Filhos, genros, noras e netos, apressados e ocupados, dedicam míseros instantes às visitas. Os anciões, no entanto, mantêm-se alegres, ansiosos e esperançosos à próxima vinda!
Uns herdeiros parecem nem merecer tamanha dedicação e espera! Somos no amanhã os favores e sabores dedicados aos nossos de hoje! O exemplo familiar, através do apego e consideração, norteia os passos dos sucessores.
                                                                                            
 Guido Lang
“Singelos Fragmentos das Histórias do Cotidiano das Vivências”

Crédito da imagem: http://www.gasdacoca.com

A indigesta posição


As crenças e superstições dos seres humanos são inúmeras. Elas abalam e direcionam humores e posturas. As ideias carecem de maiores comprovações e estudos científicos!
Os antigos, no seio das famílias, mantinham um modesto cuidado. A atenção ligava-se a posição da cama. O bem não poderia estar posicionado na direção da estrada geral!
A posição, para o bom senso, seguia o quadrante leste-oeste. A indigesta posição levaria a prematura morte. As causas ligariam-se a acentuada perda das vitais energias!
A inadequada posição daria a sensação de cansaços e dores pelo corpo. O correto seria distância dos pés da porta. Idem quartos de canalização de água debaixo das peças!
A energia corporal ficaria concentrada no ambiente e ser. A geografia, como bom senso, orienta a acompanhar a rotação da Terra (no sentido anti-horário).
Certas informações convêm nem saber (com razão de evitar aborrecimentos e transtornos). O indivíduo não pode atender as muitas crenças e superstições sob a condição de viver infeliz!
As crenças e mistérios integram a informalidade das vivências. As superstições, aos fortes de espírito, não passam de fraqueza e ladainha. O prudente mede a eficiência dos acontecimentos e afirmações!

                                                                              Guido Lang
 “Singelos Fragmentos das Histórias do Cotidiano das Vivências”


Crédito da imagem:http://teologiaelibertacao.blogspot.com.br

terça-feira, 9 de julho de 2013

A exagerada dedicação


Uma professora, no Estado, aposentou-se em quarenta horas. Ela, no magistério municipal, almeja conseguir outras tantas. O desgaste e esforço parecem sobre-humanos!
A profissional, não tendo filhos e marido, dedicou-se a educação. Procura ajudar a criar e educar os alheios. Um ato digno e nobre de elogios. Enterra, porém valiosos dias seus!
A fulana, a um velho colega, narrou sua odisseia. A aula, em dois turnos, consiste em laboratório e sala. As correções e planejamentos somam-se nas noites e finais de semana!
O cidadão, sem travas na língua, disse: “- Fulana! Vai viver a vida! Deixar isso tudo para quem? Familiares brigarem pelo espólio! Viva dias agradáveis no pouco tempo que lhe sobra!”
O amigo recomendou participar dos bailes de terceira idade! Ela, com os próprios olhos, poderá assistir enviuvados (fazendo festa com a aposentadoria e pensão dos finados).
O crédito caiu com razão de repensar as jornadas. Os conselhos parecem sempre fáceis em serem dados! O temor do infortúnio, na velhice, leva a sacrifícios insanos!
A aposentadoria significa procurar novos ambientes e amizades. Os jovens também precisam ver oportunizados os espaços de trabalho. “Viúvas/os são aqueles que vão e não aqueles que ficam!”
                                                                           
Guido Lang
“Singelos Fragmentos das Histórias do Cotidiano das Vivências”

Crédito da imagem:http://maricyr.wordpress.com

O intencional esquecimento



O camarada como oportuno cliente foi almoçar num tradicional restaurante. Este, na hora do pique (do meio dia), aproveitou horário e oportunidade!
No buffet livre, pode servir-se do bom e melhor. Uma comida, em abundância e qualidade, relembrou as outroras quermesses. Fartura e variedade para ninguém colocar defeito!
A surpresa, como malandragem, adveio na hora do acerto da despesa. O fulano, no tumulto, aparentou em ir ao banheiro e servir-se da sobremesa! A vigilância vacilou e ele saiu porta afora do estabelecimento!
Os parceiros, todos estranhos de mesa, deram a mínima. O papel do comando foi relegado! O cidadão, no cochilo do proprietário, “foi-se ao mundo”. Deixou de honrar a obrigação!
O idêntico cidadão, na primeira oportunidade, encontrou-se a participar das manifestações de rua. O fulano, em cartaz, exigia honestidade e transparência nas contas públicas! Dois pesos e duas medidas nas suas atitudes!
O indivíduo certamente esqueceu-se do almoço e exemplo! Outros, de imediato, reconheceram-no pela falácia! Uns admiraram-se da cara de pau e ousadia!
Os humanos com suas eternas diferenças e incoerências. A ideia dominante consiste em querer sempre levar vantagem pessoal! A honestidade tornou-se uma rara virtude!
Os exemplos partem do próprio indivíduo. Alguém sempre repara e vê as falcatruas e maracutaias. O dinheiro e poder andam de mãos dadas!
                                                                             
 Guido Lang
“Singelos Fragmentos das Histórias do Cotidiano das Vivências”

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segunda-feira, 8 de julho de 2013

O detalhe das ruas


O cidadão, como atento observador do comportamento social, observou uma singela minúcia das avenidas e rodovias. A diminuição acentuada e repentina do fluxo de veículos!
Condutores e proprietários, nos dias da agitação, temeram em serem vítimas. A fúria de baderneiros, na onda das manifestações, inspirou generalizadas fobias e precauções!
O patrimônio, na obstrução do fluxo, poderia resultar em depredações e incêndios. Veículos, como barricadas, serem usados como armas e defesas (contra a força da repressão).
Donos, como prudência, procuram precaver-se contra o impróprio. O resultado, de milhares de cidadãos em caminhada, desconhecia o desfecho das reivindicações!
Os temores começaram a ter reflexos no desempenho dos índices econômicos. A violência assustou cidadãos e investidores! Políticos ficaram desnorteados e inoperantes!
O país, apesar do adverso apregoado, encontra-se num clima de estagnação. A ganância fiscal, com baixos retornos em serviços, gerou a indignação e revolta!     
Um sistema político-econômico, com penalizações de quem produz e trabalha, carece de engrandecer a nação. Os bens, de qualquer natureza, não passam de mera concessão!
Políticos, outrora ferrenhos adversários (da “ordem e progresso”), conheceram facetas do próprio veneno. Uns, por demais, esquentaram suas cadeiras e postos! Precisa-se de ideias e sangue novo no sistema!
Certas retóricas visam somente angariar o próprio poder. As instâncias públicas precisam aprender a racionar e fazer render o dinheiro. “O comum de todos, na concepção geral, revela-se de ninguém”.   
                                                               
                                                                                      Guido Lang
“Singelos Fragmentos das Histórias do Cotidiano das Vivências” 

Crédito da imagem: http://noticias.uol.com.br