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quarta-feira, 1 de agosto de 2012

Um clarão de luz


A memória colonial ostenta uma explicação com relação à origem do nome de Estrela. A municipalidade, de 1876-1983, foi município mãe de Teutônia e Westfália, quando era muito conhecida pelo espírito de trabalho e índices de alfabetização. Inúmeros teutonienses, com relação à naturalidade, nasceram nesta próspera comunidade, quando, no período escolar e seio familiar, escutavam o relato.
Os europeus, na sua empreitada de europeizar o continente americano e extrair riquezas, foram incursionando interior adentro. Estes, de maneira geral, valiam-se dos nativos catequizados ou civilizados com razão de orientá-los nos campos e florestas. Os rios eram os caminhos naturais, que levavam e traziam os desbravadores e caçadores (de índios e metais).
A tradição oral narra-nos que um punhado de europeus, num belo dia, lançou-se aos rios da bacia do Jacuí. Estes, por dias ou semanas, defrontaram-se com os rigores das chuvas de inverno, quando a carência de sol e excesso de umidade importunavam as pacatas almas. Estes pioneiros, na subida do curso do Taquari, defrontaram-se com céu nublado, quando um barqueiro, numa altura próxima a atual localização de Estrela (margem direita), visualizou um clarão de luz. Este, no instinto de alegria e satisfação, teria gritado: “– Olha lá! Uma Estrela.” Os companheiros advieram para presenciar o fato, quando decorreu a denominação. A curiosidade persiste do feixe de luz ter sido o reflexo do espelho da água do Taquari, ou mesmo, ser um astro de luz própria.
O município, com o afluxo posterior dos imigrantes, tornou-se um orgulho de progresso e trabalho, quando virou referência de colonização em terras americanas. Possui uma denominação sui generis, quando comparado aos nomes de origem indígena ou religiosa; uma luz que irá brilhar por muitos séculos para muitas gerações.

Guido Lang
Jornal O Eco do Tirol, p. 03
17 de setembro de 2005

Crédito da imagem: http://vanezacomz.blogspot.com.br/

Os plantadores de floresta


Pacatos colonos, extraviados entre encostas, morros e vales das inúmeras localidades, realizavam um trabalho insano. Estes, a partir de 1970, levam um novo colorido ao cenário colonial, quando as áreas agrícolas, outrora roxas no período de plantio, ganharam um verde definitivo.
Um trabalho silencioso, praticado no cotidiano dos dias semanais, encheu de árvores as antigas lavouras. A acácia e o eucalipto, numa floresta reflorestada e rejuvenescida, cobre o cenário das roças, que, numa labuta braçal, foi duro conquistar pelos pioneiros. O antigo chamado dos bois, no empenho da aração ou transporte de carroça, deu espaço ao ronco de motosserras, que extraem dividendos do plantio de mato. As fumaças, nos cantos e recantos, vêem-se subir no interior das propriedades, quando utilizam a matéria-prima à fabricação do carvão vegetal. Caminhões, volta e meia, cortam as estradas coloniais ou comunitárias, no que vêem-se carregados de madeira.
O tamanho da odisseia aprecia-se a partir de alguma encosta, quando um verde de árvores estende-se por quilômetros. Um quadro real da mudança de ciclo econômico, no que o minifúndio ganhou novos ares. As culturas anuais, praticadas por décadas, caíram no desleixo diante da inovação e mecanização agrícola, quando as encostas de morros e pequenas propriedades não puderam competir com os latifúndios do Brasil Central. Uma visão indescritível há décadas para aqueles que tiveram o privilégio de conhecer a pujança agrícola do passado. Os novos tempos acompanham o rejuvenescimento da fauna, que, com abundância de matas, ganham novo alento e refúgio.
Os plantadores, através de intensiva procura nos viveiros, não finalizaram sua façanha, quando novas áreas, a cada safra, conhecem o cultivo arbóreo. O comércio da madeira promete ser um negócio bilionário, quando os asiáticos precisam de matéria-prima, a sociedade de papel e o mundo de ar. O Vale do Taquari faz sua parte na recomposição da natureza.

Guido Lang
Jornal O Eco do Tirol, p. 03
01 de outubro de 2005

Crédito da imagem: http://agrobrasiltv.com.br/


terça-feira, 31 de julho de 2012

A IMPORTÂNCIA DO REGISTRO

"De que adiantas tu ter vivenciado grandes experiências sem registrá-las?
De que vales tu escrever sobre plagas distantes, esquecendo-se da tua aldeia?"


Júlio Lang

segunda-feira, 30 de julho de 2012

DINHEIRO


"Não gaste o teu precioso dinheiro, ganho através de bastante sacrifício, com supérfluos."

Annilda Strate Lang (24/09/1927 - 27/06/2007)
Agricultora e descendente dos empreendedores da Colônia Teutônia/RS

Crédito da imagem: http://www.blogodorium.com.br/simpatias-para-ganhar-muito-dinheiro/






HONESTIDADE




"A mão do correto e do justo perpassa a Terra."

Lotário Lang (19/04/1927 - 24/11/1990)
Agricultor e descendente dos empreendedores da Colônia Teutônia/RS


Crédito da imagem: http://www.imotion.com.br/imagens/details.php?image_id=5272
A QUALIDADE DE UM LIVRO

"Um livro para ser bom tem de ser útil as pessoas."


Lotário Lang (19/04/1927 - 24/11/1990)
Agricultor e descendente dos empreendedores da Colônia Teutônia/RS

Crédito da imagem: http://www.clipartsdahora.com.br/cliparts_path/3537/livro_aberto_03/
O DOM DA VIDA


"Além da sorte de ater-se, desde tempos primordiais, a uma linha evolucionária privilegiada, você foi extremamente – ou melhor, milagrosamente – afortunado em sua ancestralidade pessoal. Considere o fato de que, por 3,8 bilhões de anos, um período maior que a idade das montanhas, rios e oceanos da Terra, cada um dos seus ancestrais por parte de pai e mãe foi suficientemente atraente para encontrar um parceiro, suficientemente saudável para se reproduzir e suficientemente abençoado pelo destino e pelas circunstâncias para viver o tempo necessário para isso. Nenhum de seus ancestrais foi esmagado, devorado, afogado, morto de fome, encalhado, aprisionado, ferido ou desviado de qualquer outra maneira da missão de fornecer uma carga minúscula de material genético ao parceiro certo, no momento certo, a fim de perpetuar a única sequência possível de combinações hereditárias capaz de resultar – enfim, espantosamente e por um breve tempo – em você."

Bill Bryson


Crédito da imagem: http://dinamicaterrestre12h.blogspot.com.br/2011_03_01_archive.html