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segunda-feira, 25 de maio de 2015

O precioso minuto


A vida, nos tempos modernos, verifica-se deveras agitada e concorrida. O ganho pão, nos muitos esforços e ocasiões, mostra-se no dilema. As pessoas, na ação dinheiro, mostram-se atarefadas e possessivas. O refrão versa em auferir, comprar, gastar, ostentar, sustentar...
Os arrastos, nos variáveis cenários, admitiram uma gama de distintos e estranhos. As palestras, entre peregrinos, advêm como habituais sócios. O sujeito, nas muitas odisseias, adotou uma singela fórmula. O diferencial, no conjunto dos viventes, tornou-se marca singular.
Os amigos, nas chegadas e partidas, fazem jus a peculiar atenção e carinho. O ocasional encontro, nas cidades e ruas, cai nalguma concisa conversa. A atitude, no reencontro, ocorre na rápida detença. Algum minuto, nas trocas de cortesias, vê-se dispendido.
A conversa informal, na cortesia e notícia, incorre no ato. O meteórico diálogo, na alegria e terapia, acerta no nobre gesto. As amizades, na coexistência, verificam-se reafirmadas e solidificadas. As visitas, na permuta de raízes, constituíram uma negligência.
As obrigações, em concorridos tempos, conferem-se complicadas. Os bens, entre ciúmes e cobiças, miram discrição. Os parentes, dentre irmãos, afluem nas restrições. O fato, na atualidade, descreve procedimentos. Os entes, na alma, temem expor-se nos juízos.
A coexistência, na relação com idênticos, advém numa necessidade social. O sujeito, no “oceano da vida”, sobrevém no problema na proporção de “viver como ilha”.

Guido Lang
“Singelas Crônicas das Vivências”

Crédito da imagem: http://ultradownloads.com.br/

domingo, 24 de maio de 2015

O abuso eletrônico


O pai, na condição de amigo e conselheiro, buscou alocar limites. O exagero, na manipulação, adsorvia atenção e tempo. Os afazeres, no farto da vivência, incidiam no descaso. A filha, na idade dos “anos da burrice”, abusou do discernimento e paciência.
O estudo, na essência da obrigação, cometia na negligência. A leitura, na ampliação da ciência, caía na deficiência. A apreensão, na essência das ocasiões, advinha no enfadonho celular. As redes sociais, nas relações incessantes, eram razão das aflições e atenções.
O telefone, no total de vinte e quatro horas (dia), acontecia no manejo de seis. O artefato, na abrangência ou encravado na mão, caía carregado. A primazia, no aleitado e deglutição, ocorria na atitude. A obesidade, na precoce idade, caía no dilema de saúde.
A apreensão peculiar, no tal do Facebook, deixava acomodada e mal humorada. Os parcos diálogos, na convivência familiar, reuniam reclamos e xingarias. A casa, no banal, “aparecia na pensão”. Os encargos, em afazeres, entendiam-se no peculiar dos genitores.
Os lucros, no jeito, advinham nos consumos da telefonia. As empresas, no online, faturavam no contínuo dos ofícios. As multinacionais, na alocução de créditos, falecem nas finezas. O chega caiu em espatifar dispositivo. Privações, em mesadas, completaram a homília.
O discernimento, em quaisquer artifícios e jeitos, deve nortear rumos. Os vícios, no abuso das tecnologias, incidem na subtração dos convívios.

Guido Lang
“Singelas Crônicas das Vivências”

Crédito da imagem: http://disneybabble.uol.com.br/

sábado, 23 de maio de 2015

O afamado Zé Galinha



A senhora moça, nos sessenta anos, promoveu o singular evento. A festança, nos cento e cinquenta convidados, aconteceu no clube refinado. O arranjo e comilança, no planejado baile, gabaram ego e sedução. O peculiar, na impressão social, adveio nas alusões e ocorridos.
Os pessoais, na condição de chefes e políticos, fizeram-se presentes. A fulana, na classe de apartada, convidou companhia e parceria. O beltrano, no aniversário, caía no conjugado. O cargo, no ar de belo par, enobreceu climas e visões. A alegria aludia ser integral.
A demasia, na bebida, desviou os desígnios. A liberada copa aguçava a folia. Os intentos, no embalo da animação, acabaram esquecidos. O sujeito, na afronta e insulto, “deu em cima da amiga e mana do deputado”. A festeira, no “escanteio”, deixou de criar ocorrência.
O desenlace, no final da festa, versou: “- Camarada! Pega teu veículo e vai ao mundo. Nem pintado de ouro quero de ver tua cara!”. Os bebes, no excesso, retalham os juízos. Os machões, em circunstâncias, acham-se os garanhões. “Quem tudo quer, acaba na ninharia”.
Sensatas datas, na aferrada e lidada vida, requerem esquisitas comemorações. Afinal! Aniversários e realizações merecem afluência dos achegados e íntimos. As celebrações, na arte, advêm nas equivalências: gerar com ensejo de ser lembrado. O fim abona igual causa.
Uns, nos melhores tempos, sentem prazer em estragar alheias alegrias e distrações. As situações, nos problemas e satisfações, requerem excepcionais saídas e soluções.

Guido Lang
“Singelas Crônicas das Vivências”

Crédito da imagem: http://www.chapeco.sc.gov.br/

sexta-feira, 22 de maio de 2015

A implacável seleção


O pinto, no acaso do percurso, nasceu na anomalia. A perna direita, na deficiência, cresceu deveras maior. A diferença, no todo dos análogos da criação, saltou no dó e zelo dos alheios olhares. A natureza, na aptidão da espécie, embutira acidental aflição e artifício.
A genitora, no impulso do amparo ao azarento, induziu especial atenção e cuidado. A aberração, no ciscação e locomoção, caía no desafio da sobrevivência. A proximidade, nas circulações e passeios, incidia nas adjacências da mãe. A isca angariada caía na agilidade.
O criador, no contíguo do plantel, vigiou o desenlace da história. O trato exclusivo, em ocasião de separação, acontecia no conjunto. O crescimento advinha na demora e desafio. O habitat, na dúvida, ocorria nos contornos dos abrigos. Abusos, em picadas, caíam dos iguais.
Os tempos permitiram medíocre acréscimo. Os inimigos, na falha da prática, ficaram na espreita. O casual cochilo, nos desígnios da cadeia alimentar, induziu ao implacável. O cadáver, no alento alheio, serviu de sustento. A seleção exteriorizou o real exercício e sina.
A animália, no conjunto da essência, presentem o papel natural. Os anêmicos servem de sustento aos potentes. Os astutos, na agilidade da vivência, auferem certa sobrevida. O elo, entre passado e futuro, subsiste na conexão do presente. A fome carece de salvar os mortiços.
A natureza, no ambiente familiar, carece de anistiar aberrações e anomalias. O modelo animal, no exercício das espécies, serve de aviso e reflexão.

Guido Lang
“Singelas Crônicas das Colônias”

Crédito da imagem: http://www.vejaportugal.pt/

quinta-feira, 21 de maio de 2015

O espírito lesivo


A família, no platô do cerro, instalara solar familiar. Os antepassados, nos primórdios da ocupação, compraram lote e varreram selva. O sobrenome, no aferro e afeição na faina, calhava alusão na linha. Os residentes, em amplos sítios, distinguiam e sabiam da guarida.
As terras, no bem de família, incidiam na ativa exploração. Carvão, fumo e madeira aconteciam na essência da extração. A agricultura de subsistência, em inaudíveis dimensões, alcançava prodígios. As sobras, no negócio urbano, conheciam o auto-escoamento particular.
O afago caseiro, na ocorrência de saliente veio d’água, advinha no admirável açude. O dique, no ambiente, acolhia aparência de estância. A criação, na piscicultura, acontecia na alegria e fruto. A fartura, no pescado, revelou-se suplemento alimentar e renda.
As compra, em alevinos, máquinas e rações, auferiram-se considerável soma. Os graúdos peixes, em carpas e traíras, despertaram anseio e inveja. Os ousados, na classe de estranhos, pescavam no demasiado das caladas. As porcarias, nas cercanias, caíam no destroço e rejeite.
Os empecilhos, em arames e madeiras, foram alocados no poço. Os problemas, na obstrução (anzóis e redes), induziram desforra e fúria. O espírito lesivo, na ação, induziu na introdução de toxinas. O sinistro, na impunidade, afetou contágio e extermínio da criação.
Os desonestos, na confiança da impunidade e insegurança, afrontam e escondem-se no anônimo e discrição. Os locais, nos danos e ultrajes, adotam o adereço da evasão e migração das paragens.

Guido Lang
“Singelas Crônicas das Colônias”

Crédito da imagem: http://g1.globo.com/

quarta-feira, 20 de maio de 2015

A manha da burocracia


A entidade, no auxílio aos carentes e idosos, vive da filantropia. As doações, nas variadas formas, incidem na bênção e prodígio. O desafio, na sobrevivência, acontece no diário dos desafortunados. O donativo, no acertado auxílio (privado e público), cai no casual caso.
Os responsáveis, na direção, enveredaram na obtenção de recurso público. As requisições burocráticas, na achegada ao respectivo órgão, careceram das elucidações. A papelada, na liberação da verba, devia ser obtida e oferecida. O martírio ocorre no mundaréu.
A conferência, no primeiro ato, resulta em novas exigências e faltas. O tempo, no ínterim, transcorre na ação e organização. O dinheiro, na cultura inflacionária, incide na aplicação e rendimento. Algum ente, na astúcia e inteligência, sobrevém no proveito e receita.
A ocorrência, no constituído, externa o todo: o sujeito, no difícil e moroso, carece de receber no imediato. A emperrada máquina, na conjuntura controle e correção, bola gastos e empecilhos. Os auferidos, no comparativo despesas e empenhos, aludem em migalhas e restos.
O país, na ânsia de reencontrar nortes (na melhoria e sucesso), obriga-se em reavaliar moldes. Agilidades e claridades, no efeito, devem nortear atos e obras. O público, na direção e domínio, deve cuidar e operar, porém deve admitir o privado em executar e perpetrar.
O aparente caro, no exercício particular, sai barato e o ilusório prosaico, no ente público, sai deveras oneroso no desfecho. O Estado, na dimensão da extorsão fiscal, deveria advir no padrão da eficácia e execução aos pátrios.

Guido Lang
“Singelas Crônicas das Vivências”

Crédito da imagem: www.tribunahoje.com

terça-feira, 19 de maio de 2015

Os humores do mercado


O agricultor, em décadas de produção, assimilou noções das variações do tempo. Calores, chuvas, frios e secas, no avanço e recuo das frentes (frias e quentes), abateram-se no cenário colonial. Os reflexos, nas oscilações dos climas, refletiram-se nos cultivos e preços. 
A propriedade, nos frutos, conheceu situações ocasionais de extremas carências ou farturas. Os problemas principais advieram nas épocas dos aguçados contrastes. Geadas, na notável frieza, abrasaram lavouras. As secas, na deficiência d’água, tolheram vegetações.
A normalização, nos “afagos de São Pedro” (intermediário do tempo), devolveram crescimento e fertilidade. A abastança, na dimensão das precipitações, renovou plantações. Os parcos dias trouxeram ânimo e sustento. A abastança, no item preço, derivou na atividade.
O colono, na fartura das colheitas, digladia-se na função da venda. O preço, na oferta e procura, depende dos humores do mercado. Os artigos, em cotações irrisórias, advêm no problema do ganho. As toneladas, em itens, caem em custos e falta de colocação e proveito.
O fato, em síntese, retrata: a natureza refaz veloz a produção. Os fabricantes, nas recheadas safras, digladiam-se na dificuldade da inserção. Os atravessadores, na especulação, fazem festança. As cooperativas, na junção de produtores, advêm numa escolha e paliativo.
Um colono colheu na abastança (significa que outros vários colheram na igual maneira). A diversidade produtiva, no recurso dos artigos, sucede na astúcia e saída.

Guido Lang
“Singelas Crônicas das Colônias”

Crédito da imagem: http://tuliodiasartes.blogspot.com.br/2013/10/simplicidade-da-vida.html
Autor da obra: Tulio Dias