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quarta-feira, 25 de março de 2015

A carecida atenção


A senhora moça, enviuvada donzela, aparece sozinha na cidade grande. Os familiares e parentes moram em afastadas paragens. As amizades incidem no recinto do prédio (edifício) e trabalho. Os tempos, no mal da solidão, transportaram ao envolvimento afetivo.
O forasteiro, achegado na ocupação da segurança, entrou no cálculo do agrado e contubérnio. O pormenor, na alastrada selvageria (urbana), liga-se ao artifício. O receio, no conjunto dos delitos hediondos, advém na ponderação. A cautela cai no auxílio e manha.
O chamego, no ajuizado ponto, aparece avaliado e comentado. A seleta associação, na dimensão de três achegados, sabe das minúcias da experiência. Os contados abrangem as idas e vindas da circunstância. A fiança, na indesejável e máxima nota, cairia em evidências.
O inquérito policial, na falha das provas, transportaria a impunidade na ocorrência. A mídia, no diário das notícias, relata barbaridades e fraudes. O imperioso consiste em precaver-se das desgraças. O sujeito, na dúvida, precisa desdenhar os atos e intensões dos acolhidos.
As conjunturas sociais, no difícil hodierno mundo, forçam confiar na desconfiança. O dinheiro, no corriqueiro das passagens, sobrevém na razão das contentas. A posse, no alheio ser, cai na visão dos amores. A afeição e aversão, nos mormaços, andam de dadas mãos.
O ser criativo verifica-se uma maneira de enriquecer e sobreviver. A segurança, no contínuo dos artifícios, sobrevém na esperteza e precaução.

Guido Lang
 “Singelas Crônicas das Vivências” 

Crédito da imagem: http://modaparahomens.com.br/

terça-feira, 24 de março de 2015

O minado pátio


Os caminhos e gramados, nas adjacências da morada, caíam domados. O exagero, em escassos dias, instituiu o desleixo. A paisagem parecia dominada pelo brejo. O corte incidia na frequência. A tiririca, na disseminação do maquinário agrícola, inserira a maldição.
O extermínio, na aplicação de potentes herbicidas, acontecia na impossibilidade. Algum paliativo precisou ser conjeturado no recurso. A agudeza humana obriga-se a encontrar soluções aos problemas. A experiência, no módico gasto, sobreveio no ambiente.
O encerado preto (lona), no setor agrícola do sindicato, indicou-se contraído. O plástico, no cuidado e dilatação, aprontou alocado no lugar. A camada de brita, na meia dúzia de centímetros, cobriu o plástico. A praga, no tempo, incorreu na dificuldade da sobrevivência.
A luminosidade, na ausência de sol, impossibilitou a fotossíntese. O sufocamento, na sucessão dos anos, incide certamente na eliminação. A cebolinha incorre no aflorar do solo. Algum invento, no ensaio da ciência (no porvir), acabará redimensionando a situação.
Os paliativos, em situações, incorrem em soluções. As modestas invenções, no modelo, servem de alheia escola.

Guido Lang
“Singelas Crônicas das Colônias”

Crédito da imagem: http://www.jardinarr.com.br/

segunda-feira, 23 de março de 2015

A peculiar chatice


O pacato morador, clássico ancião no seio da comuna, advinha nos cuidados médicos. A pressão arterial, na medição semanal, advinha no posto de saúde. O local, no afluxo de pacientes, caía nas fileiras. As conversas e notas, no ritmo da espera, adotaram sina.
A ocasião, na disposição de tempo e compreensão pessoal, via-se favorável e singular. O ensejo acontecia na faculdade de conhecer e conversar com análogos. Os conhecidos e forasteiros, no aconchego do povoado, incidiram na primazia da apreciação e negócio.
Os intrusos, nas delongas, caíam no mérito particular. O indiscreto, nalguma ofuscada razão, ligava-se na habitual petição. O sujeito, no “vap e vup” dos bate-papos, solicitava pela descrição da história dos articulados. A biografia, na indiscrição, incidia na exata petição.
A notoriedade, nos chamados e explanações, adotou vulto. Os indivíduos, nas probabilidades, cruzaram no esquivo dos convívios e incidências. O anseio havia em esvaecer das entrevistas e narrações. A singular vivência, na compreensão geral, incidia na sonolência. 
Os divulgados, na exposição pública, sobrevinham no indigesto. As pessoas, no receio do proveito, atalharam em narrar minúcias e negócios. O senil, no parco tempo, conheceu dissimulado isolamento. O ardil, no exercício, versa em analisar muito e averiguar pouco.
As conferências e indagações, no frenético dos sujeitos, sobrevêm na chateação e supressão. A prudência, no clássico das vivências, constata-se na estrela guia.

Guido Lang
“Singelas Crônicas das Colônias”

Crédito da imagem: http://www.jornaldelavras.com.br/

domingo, 22 de março de 2015

A bizarra febre


A cidadã, tranquila filha das colônias, incidiu na afeição da cabra. A animália, no esplêndido leite, granjeou apreço e trato. Os instintos, no mister da perpetuação, induziram a aspiração sensual. A época, na atinente idade, induz ao implemento dos desígnios.
A coberta, na ausência da inseminação ou macho, coagiu estranha solicitação. O cônjuge, acatado beberrão e desleixado rural, granjeou a delegação. A condução, no afastado macho (do afamado criador), incidiu na rogativa feminina. Os passeios assumiram vulto.
As tentativas, em três ocasiões, calharam no malogro. O homem, na demora do armazém, transcorreu trote na tarefa. A fêmea, na junção carnal, “acabou vendo navios”. O anseio maternal, no aviso do esdrúxulo artifício, resultou no berreiro e castigo.
A cabrita, na exata altura, assumiu sinuosa conclusão. A curiosa doença alojou-se no organismo. A morte caiu na ocorrência. O veterinário, na exigência, atestou causa mortis. O profissional, na nota, atestou a bizarra febre. A carência, no sexo, trouxe triste desfecho.
O cônjuge, no corretivo, auferiu carestia íntima. O pernoite, no lugar do sótão, aconteceu no lugar da residência. O ajustado, na quinzena, induziu a apreensão. A dona, no instinto, caiu na análoga febre. O receio, na casual extinção, induziu ao convite do varão.
As intimidades, no exercício da rotina, sobrevêm na afabilidade e obrigação. A vida, no conjunto das experiências, descreve sensações e situações singulares.

Guido Lang
“Singelas Crônicas das Colônias”

Crédito da imagem: http://colesterol02-09.blogspot.com.br/

sábado, 21 de março de 2015

O esmero comunitário


O natural, no conjunto da entidade religiosa, auferiu encargo singular. O serviço, no contíguo da morada, ligou-se ao desativado e velho campo-santo. O sítio, no lugar ermo, sinaliza os inícios da epopeia. A limpeza, na exuberância vegetal, advém na execução.
Os precursores, na qualidade de iniciadores do ente, jazem no ambiente. As duas dezenas de marcos, nas inscrições do alemão (gótico), veem-se alocados no primeiro lote. A conquista, no inicial mortuário, necessitou definir um recanto. O local saiu no final repouso.
O sujeito, na condição de descendente e próximo, encarregou-se da conservação e preservação. As capinas e pinturas, no cercado e lápides, caem na delegação comunitária. O solo sagrado, nas duas dezenas de metros quadrados, exigia faina e mantimento.
O ganho, no pagamento financeiro, acontece na isenção da anuidade. O cuidado e inclinação, na ação de cartão postal, incide no comento e menção. A alegria e cumprimento, em ser útil, sobrevêm na satisfação. O exemplo, no acurado, inspira os novos na memória comunitária.
A minudência liga-se as modestas dissoluções. Os moradores, no espírito comunitário das assembleias, acham saídas às dificuldades. A descendência, no sobrenome, identifica-se na origem dos pioneiros. O berço, na curiosidade, nutre visitações esporádicas aos ancestrais.
Os cemitérios, nos esmeros e inscrições, descrevem afeição e nobreza comunitária. O trato, na reminiscência dos antigos, delineia e infunde a história familiar.

Guido Lang
“Singelas Crônicas das Colônias”

Crédito da imagem: http://www.panoramio.com/user/2894580/tags/Cemit%C3%A9rio

Bela foto de Daniel Schüür.

sexta-feira, 20 de março de 2015

O achaque animal


A chuva, no entardecer do dia de verão, mostrou-se própria ao passeio. Os sapos, nas dezenas, tomaram as saídas dos refúgios. As cercas-de-pedra, disseminadas nos cercados e muros, instituíam-se completo abrigo e morada. O calor, na insolação, incidiria na diminuição.
Os inconvenientes, na combinação água e calor, atiçavam o desejo de consumir insetos. O morador, na associação do filho, ensejou planificado ofício. A coleta, na luz da lanterna (celular), facilitou a empreitada. Um sujeito abria o saco e outro ajuntava os elementos.
Os anfíbios, nos estimados cinquenta, foram angariados e ensacados no envoltório. O utilitário, no abusão, versou em proporcionar alento. As invasões, nas caladas, aconteciam nos recintos da residência. O porão, na frescura do ambiente, ocorria na primazia do esconderijo.
Os depósitos d’água, nos cochos (das aves e caninos), caíam contagiados. As arranjadas banheiras, nos bebedouros, eram contidas em cheiros e fezes. A faina, na limpeza habitual, sucedia na chatice e ônus. Os abusos e exageros calham nas castrações e proscrições.
O destino, no desfecho, direcionou ao córrego. O habitat, no úmido, apontou-se favorável. O curioso alistou-se ao aglomerado: a saparia adquiria visão esdrúxula. A obra, no dantesco, aludia fantasias e suposições do inferno. O temor advém na casta de proteção.
Os excessos, no procedimento radical, incidem na exclusão e seleção. As tarefas incômodas, na apropriada ocasião, requerem execução e solução.

Guido Lang
“Singelas Crônicas das Colônias”

Crédito da imagem: http://redeglobo.globo.com/sp/eptv/terra-da-gente/platb/fauna/sapo-cururu-rhinella-icterica/

quinta-feira, 19 de março de 2015

O esvaecimento animal


O cão, bem atado (no pilar), soltou-se no pátio colonial. A escapada, no bocado da corrente, aconteceu na ameaça e apreensão. A inquietação adviria no conjunto dos matos e trilhas. O medo, na apreensão, adviria na casual asfixia. A fome e sede levaria o mesmo à morte.
A família, na falta do membro, adentrou nos alvoroços e presunções. As suposições, na causa e desfecho, foram muitas. As notas, nas falas, ocorriam a todo o momento. As lamentações, na ausência da companhia, brotavam igualmente nos idênticos da espécie.
A estirpe, no contíguo da vizinhança, exteriorizou genérico aviso. Os acidentais ladridos, em bosques e roças, deveriam requerer a inquirição. A história, no ocorrido, foi reprise de idênticos sucedidos. O auxílio, na pedida, sobreviria no achado e liberação.
As horas transcorreram no exteriorizado. A conversa, de boca em boca, alardeou-se no círculo da comunidade. O animal, na dezena sucessiva de horas, deu as almejadas caras. O regresso apontou exultação e maravilha. A corrente, no fujão, nutriu-se arrastado e ileso.
Alguma mão, na casta de brioso anjo, interferiu na aparição e liberação. Os chamados, evacuados aos quatro ventos, foram ouvidos. Os próximos moveram-se do emanado. O prodígio, na odisseia singular, deu sobrevida. O acaso, na mão divina, auxilia os desventurados.
A apropriada vizinhança, na alegria e presente, advém no acessório e suprimento. Os animais, no desamparo e desespero, mexem na compaixão humana.

Guido Lang
“Singelas Crônicas das Colônias”

Crédito da imagem:  http://www.ijui.com/