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quinta-feira, 12 de março de 2015

O extremo cuidado


O filho das colônias, na condição de migrante (rural-urbano), precisou adquirir algum espaço. A casa e terra, no avaliado e concorrido ambiente citadino, entrou na ardilosa e escolhida procura. A dificuldade, no enigma, aferiu em descobrir um discreto e quieto canto.
A capitalização, nos anos de contenção e trabalho, adentrou na tática do negócio. Algum casual empréstimo complementou a empreitada. A saída, no aluguel e locação, tornou-se meta e utilitário familiar. O suado dinheiro, no conforto e valor, suscitou fruto e reserva.
O pormenor acoplou-se na avaliação do espaço e imóvel. O lugar reparou-se nas peculiaridades. As águas, no alcance das enchentes ou torrentes (subterrâneas), precisou da inquirição. A aflição e fadiga, nos ocupantes, sobreviriam no aspecto das energias.
Os receios, na essência das apreensões, ligaram-se ao histórico da edificação. As alusões, em eventuais dúbios ocorridos, caíram na investigação. Dúvidas, no exemplo, ligaram-se a anomalias, cemitérios, insolação, tragédias, ruídos... Sofridos sobrevêm em incômodos.
O cuidado, na seleção do encontrado, sobreveio na fortuna. As escolhas, no dispendioso, abreviam aborrecimentos e ambíguos. As atmosferas, na morada, precisam inspirar apropriados ares e fluídos. Os prevenidos guiam-se pelos avisos e nobrezas.
A esperteza reside em safar-se dos aborrecimentos e imprudências. O bom entendedor, na mediana expressão, extrai ciência e conselho.

Guido Lang
“Singelas Crônicas das Colônias”

Crédito da imagem: http://twicsy.com/i/HZFoee

quarta-feira, 11 de março de 2015

Os bons companheiros


O camarada, no ambiente colonial, vivia cercado de amigos e parceiros. A folia, no hábito, acontecia no contíguo comunitário. A comilança, na abalizada data, advinha no acréscimo do baralho e cerveja. Noites, no claro, sucediam na alegria e prazer das vivências.
Os casos, na variedade das brincadeiras e risadas, sobrevinham no ínterim das apostas e distrações. A folga, no atrativo, decorria no contentamento e familiaridade. O cidadão, nas citações, caía no distinto exemplo. A dança, no treino, acrescia-se nas ocasionais festas.
Os anos, na corrosão do tempo, trouxeram o desafio da supervivência. Os abusos, nas experiências, avigoraram achaques e agonias. O corpo, no álcool e fumo, passou a fraquejar na máquina. A batente, no exercício do ganha pão, advinha na dificuldade e morosidade.
O expediente médico, na bateria de exames, levou aos entraves e interdições. A abstinência, no conselho clínico, abonava uma sobrevida. Os remédios incidiram no habitual destino. A residência, na linhagem, passou a ser essência da acolhida e retraimento.
O curioso, na adversidade, regeu aos clássicos amigos. Os sicranos, na falta da cerveja e carta, desapareceram no natural das convivências. A visita, na boa vizinhança, aprontou esquecida e ignorada. Problemas, nas afinidades e costumes, induzem no lapso das mentes.
Os reais amigos, no insignificante número, conhece-se nas adversidades e necessidades. Os gastos, em festanças, conduzem a gama de amizades e companheirismos.


Guido Lang
“Singelas Crônicas das Colônias”

Crédito da imagem: http://www.criatives.com.br/

terça-feira, 10 de março de 2015

O incurso urbano


O morador, pacato filho das colônias, advinha no desejo do abrigo (ônibus). A edificação, no trajeto da rodovia (estadual), caía no amparo das intempéries. As esperas, na circulação das conduções, calhavam no atraso e ausência. A sombra incidia no conforto.
O clamor, na comuna, sobreveio na repartição das obras. O responsável, na surdina, auferiu mimo. A oferta, no leitão, adveio no benefício pessoal. A discreta putrefação, no tráfego de influência, transcorreu na obtenção do acrescimento. Um presente leva a outro.
O tempo, na doença e espanto, expôs o indesejável. Os andantes, nas agitadas noites, utilizavam o lugar ao censurável. O consumo, nas drogas, acontecia no lugar. Carros e motos, em caravanas ou tribos (urbanas), paravam na estação. Os detritos acresceram no ambiente.
A invasão, no domínio, virou rotina. O alvoroço inibia o sereno sono. O morador, na remoção da parada, daria diversos porcos. A benfeitoria (pública) adveio no aborrecimento e insegurança. A coletividade, nas alienações da modernidade, parece atordoada aos rurais.
A atmosfera artificial, no asfalto e concreto, cai no auto suicídio. As pessoas, na ideia de atuais, desembocam nos sinuosos caminhos. A invasão, na expansão das urbes, introduz as mazelas citadinas (nos recintos do interior). Adições e subtrações andam de mãos dadas.
A realidade transcreve habitual sina: O sujeito resolve uma dificuldade e cria um problema maior. Os vários erros carecem de instituir uma exclusiva verdade.

Guido Lang
“Singelas Crônicas das Colônias”

Crédito da imagem: http://detetivecarlos.com.br/

segunda-feira, 9 de março de 2015

A extenuante mansão


O sujeito, filho das colônias, incidiu na prosperidade. O orgulho, na precisão da consideração, entrou na ação e avaliação. A abastança trouxe alvedrio e prestígio. O dinheiro transforma aferros e apegos. O dito cujo, no tranquilo interior, ergueu mansão e recanto.
A edificação, no contíguo da trilha geral, averiguou-se motivo de admiração e cobiça. A bonança, na dimensão residencial, verificou-se referência regional. Os estranhos, nas ocasionais incursões, arguiam dados dos ocupantes. O artífice incidia no gosto e proeza.
O detalhe, na dificuldade, acoplou-se as relações. As núpcias, no excesso de custeio e faina, caíam na ausência de convívio e tempo. A mulher, na módica existência e sublimes mãos, incidia na consecutiva conservação e limpeza. A lida, no singular ônus, carecia de cessar.
O sujeito, na agonia e aspecto da consorte, inventa de construir ampla e espaçosa morada. Os palácios, nos amores e diálogos, absorvem o auto tempo. A aparente felicidade gera adversidade e incerteza. O invariável ofício adsorve o mimo dos singelos atos e vivências.
Os proveitos, no material, devem estar a serviço dos entes. As pessoas devem estar a serviço do imaterial. A riqueza humana, na alegria e prática, reside nas afinidades e coexistências. As riquezas, no amparo e custeio, acabam na angústia e encargo.
O excessivo, na falta de ponderação e quietude, resulta no precoce envelhecimento. A prioridade material, em detrimento do espiritual, acaba na desilusão e frustração pessoal.

Guido Lang
“Singelas Crônicas das Colônias”

Crédito da imagem: http://www.webluxo.com.br/

domingo, 8 de março de 2015

A jeitosa solução


A água, na dimensão dos dilúvios, declinava pelo estreito. Os detritos, no interior do mato, viam-se trazidos pelas correntes. Folhas e galhos, na gama de apodrecidos, eram introduzidos na tubulação. A obstrução, no entupimento, causava aluviões e destruições.
A barreira de contenção, no paliativo, caía na solução. A dificuldade, no domínio, advinha na deficiência de pedras. A saída, na admissão de custos, adviria em ir às compras. O dinheiro, na falta de maiores fundos, acabaria gasto na inércia. Os resultados caíam dúbios.
O morador, no conjunto das redondezas, foi reunindo pedras. As peças, acolá e cá, viram-se aglomeradas e assentadas. A tarefa, na cunhada cerca, acabou alçada. O empecilho artificial, nas conseguintes enxurradas, abarrotou o lugar. A queda d’água viu-se constituída.
O asseio, nas adjacências do pátio, ocorreu na adversidade dos insetos. Os amparos e resididas foram diminuídas. As aves, na facilidade do alento, puderam fisgar os componentes. A paisagem, no arranjo, assumiu novel feitio. A empreitada, ao peregrino, embelezou o lugar.
A admiração, na aglomeração, vinculou-se ao número de unidades. Os recursos, no geral, residem no contíguo das dificuldades. Os problemas constatam-se instrumentos divinos das oportunidades. As aquisições, no princípio colonial, incidem na acessória escolha.
A engenhosidade deve sobrevier a serviço da eficiência e poupança. Os paliativos, no grosso das ocorrências, jazem como definitivas saídas e soluções.

Guido Lang
“Singelas Crônicas das Colônias”

Crédito da imagem: http://escolaadventistadelimeira.blogspot.com.br/

sábado, 7 de março de 2015

A esperteza animal


O habitante, no abuso excessivo pelo mantimento, aplicou estranha peça. O envelhecido gato, no cochilo, foi apanhado e ensacado. O remédio, na ideia do malandro, caía na procura de novo lar. O animal, na garupa da bicicleta, acabou conduzido pela paragem.
Os cinco quilômetros, na fantasia particular, seriam distância suficiente. A soltura, no engaiolado ser, caiu na beira da estrada geral. A distância levaria a forçada migração. Uma nova casa, na adaptação e sorte, adviria no intento. O Criador iria incumbir-se dos cuidados.
O sujeito, na paixão do armazém, demorou-se nos consumos e delongas. Algumas singelas horas foram corroídas no descanso. As novas, nas ocorrências habituais, incidiram na informação e querela. O cidadão informado, na serventia, perpassa no valor de dois.
O indiscreto ligou-se ao regresso da viagem. O calejado gato, na alegria e bulimia, encontrou-se na cadência de espera. O domicílio original fora achado e estimado. O artifício transcorreu na incômoda e melancólica brincadeira. A astúcia execrou e traiu o amo.
O fato delineia a dificuldade de trapacear o ancião e calejado. A esperteza felina chega a assombrar o aferro humano. A animália, no código da natureza, ostenta manha da permanência. Os animais, nas probabilidades, escolhem ambientes e benfeitores.
Certos amigos, na surdina, advém como excepcionais inimigos. O sujeito, no mau trato animal, alicia e incita a sinistra riqueza e sorte.

Guido Lang
“Singelas Crônicas das Colônias”

Crédito da imagem: http://gatos.mundoentrepatas.com/

sexta-feira, 6 de março de 2015

A manha do jogo


O ancião, nos noventa anos, advinha nas décadas no divertimento. O carteado, na tranquila paragem do interior, caía no principal passatempo. As casas e vendas, na presença de amigos e conterrâneos, incidiam nas apostas. O convívio, no coleguismo, fluía calmo e solto.
Os pioneiros, nos tempos idos, introduziram a obsessão. O bife e canastra, na atualidade, caem nos negócios dos modestos. A escova e nove calham na vontade dos abonados. Os clamores, na má sorte, incidem na impressão de exclusão e insulto.
O realce liga-se ao conselho dos antigos. As apostas, nos jogos, advêm no módico. O sujeito, no total, carece de consumir demasia. O valor, na perda, fenece em conter o ganho do dia. O caso, no peculiar, liga-se aos frutos do benefício. Perdas recaem em aflições e penúrias.
A tradição, nos vários netos, sobrevém no ensaio do jogo (no habitual dos dias). A brincadeira, na tenra idade, institui ardor e desejo na família. As intempéries, na invernia, estimulam afluência e ofício. A mídia, na onda do celular, induz a reavaliação do artifício.
Alguma conversa, na intermitência, complementa a coexistência. As ocorrências locais, no exame cotidiano, lavra-se a essência dos enfoques. Os apegos, nas vivências, verificam-se formadas nas precoces idades. O acurado, na supressão das peças, divulga a tática do jogo.
As excessivas sortes, no decurso das partidas, costumam nortear mistério e trapaça. Os baralhos, na percepção colonial, perpassam como exercício mental.       


Guido Lang
“Singelas Crônicas das Colônias”

Crédito da imagem: http://www.blogbrookfield.com.br/