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terça-feira, 10 de fevereiro de 2015

A bizarra penitência


O moço, na baixa instrução, guia-se no exame dos estranhos. O sincretismo místico, na variedade de religiões, advém como norte. As confusões, na diversidade das aclarações e avaliações, regeram no peculiar. A lorota, no “emprego de arapuca”, assumiu exercício.
O sujeito, no itinerário de aproximados quinze quilômetros, caminha carregado na estrada. A marcha, nas costas, acontece na singular carga. Os estimados trinta quilos, no saco branco, sobrevém num terço do peso do corpo. A demasia, no esforço, acomete os olhares.
O carregador, na fadiga e suor, acaba parado no meio do trajeto. A vizinha, na exagerada curiosidade, estranha as lamúrias e transpirações. A substância apresenta-se verificada. O espanto e surpresa, no inesperado, sobrevêm no carregamento de pedras.
Um religioso, metido na ciência do verbo divino, impingiu a penitência. As iniquidades, no diário e variado dos ambíguos, sucederiam diluídas (na dor e esforço). Os seixos, na marcha e peso, induziriam meditação e pagamento. As árduas forças direcionadas aos parcos fins.
O trabalho espontâneo, no benefício ao carente e próximo, acabaria seguramente em melhor efeito e obra. O bom senso necessita decorrer na gama de atividades e obrigações. Uns procedem no rumo de estonteados. A tolice, na abjeta formação e reflexão, carece de limites.
A inteligência e nobreza transluzem no preceito dos artifícios. A prudência necessita ser abonação e direção.

Guido Lang
“Singelas Crônicas das Colônias”

Crédito da imagem: http://gruporuah.com/

segunda-feira, 9 de fevereiro de 2015

A reserva americana


O cidadão, no abalo econômico, desconfia da economia nacional. O excessivo gasto e má gerência, no dinheiro do ente, incidem na “roubalheira inflacionária”. O arrocho salarial, na ambição fiscal, sobrevém na cédula nacional. A capacidade de compra flui na redução.
A manipulação de referência, na desconfiança das estatísticas (oficiais), levou ao indevido artifício. O detrimento, no mantimento do valor monetário, advém na precaução. O dinheiro, no ensejo do caminho seguro, direciona a técnica do investimento em dólares.
A suada capitalização, em contínuos anos, acaba paulatinamente protegida. A poupança, na condição de reservatório, carece da previsão de gasto. Alguma viagem, no futuro, persegue no interesse. A aspiração liga-se na turnê pelas paragens dos ancestrais.
O receio, no infortúnio da velhice, sobrevém na precaução. Os investimentos, em bens de família, advêm na descomunal tributação e dispêndios de manutenção. A diversificação financeira, na avançada idade, calha no juízo e processo. O abrigo incide na inquietação.
As narrativas, na depreciação da moeda, mostram-se comuns nas linhagens. Anciãos, na confiança nas notas, avultaram significativas somas. O valor, no parco tempo, apontou diluído na inflação. A míngua ocorreu no rumo. A pessoa obriga-se a agir certo no próprio pão.
A fortuna, no emprego e manobro, apadrinha os aguerridos e arrojados. O animal xucro, no maligno experimento, verifica-se complexo de atrelar no tablado.

Guido Lang
“Singelas Crônicas das Vivências”

Crédito da imagem: http://veja.abril.com.br/

domingo, 8 de fevereiro de 2015

A clássica cortesia


O estranho, na condição de moço e motoqueiro, aconchega-se ao interior. O espaço ermo, na remota paragem, advinha na situação. A finura, no trato, carecia na essência das atenções e preocupações. A cultura e modo, nos naturais, incidiam no descaso e desleixo.
O residente, na beira da picada geral, ocupava-se no emprego de herbicida. O esmero, no acesso ao domínio, ocorria na tarefa. O andante, na dissimulada observação, adveio na reserva. A apatia inicial, na ausência da saudação, adveio na expressão e impressão.
A clássica fineza, no bom dia ou boa tarde, aboliu na amnésia e marasmo. O forasteiro, na compleição exclusiva (entre os dois entes), calhou na precisão da posterior informação. O endereço, na exata propriedade, incidia na busca e localização. A petição ocorreu na alcunha.
O natural, “sem travas na língua”, externou: “- Estranho! Careço de conhecê-lo. O bom cumprimento, na astúcia, sobrevém na polidez. A pedida, no acessório, acontece na criteriosa elegância. O artifício, na manha da ciência, acolhe e promove afinidades e negócios”.
O andante, no assombro e reflexão, arregalou os olhares. A súplica, na boa iniciação, fora exteriorizada. A instrução, no início, acontece no brio dos pais. O apreço, em quaisquer ambientes e situações, sobrevém no acentuado denoto e reverência ao idêntico.
Certeiros ocorridos, no fraquejo do tempo, perpassam na condição de exemplares e inesquecíveis. A aclaração, no aviso e lição, sobrevém em agradecimentos e sugestões.

Guido Lang
“Singelas Crônicas das Colônias”

Crédito da imagem: http://sp.quebarato.com.br/

sábado, 7 de fevereiro de 2015

O singular choro


O filho das colônias, ancião no pacato interior, advinha na singular conversa e lamúria. A constante insistência, em função do excessivo aborrecimento e frustração, acontecia nas relações sociais. Os desígnios, no exercício das atividades primárias, pareciam tenebrosos.
Os próximos, na extensão do convívio (na mercearia e templo), sabiam do enfadonho procedimento. As causas, no mau governo, advinham na ganância fiscal e impróprio dos impostos. O contribuinte, na compreensão particular, advinha despojado e roubado nos domínios.
O alto encargo (tributário), na condição de simples empreendedor, induziria no dano e extermínio da livre iniciativa. A socialização, no acuado e dissimulado das administrações, brotaria no assalto ao erário e ineficiência produtiva. O horror, na esquerda, caía firme e forte.
As estirpes, no banal, têm sensatas primazias partidárias. Os abonados e arrojados inclinam-se nas facções da direita. Os endividados e pobres simpatizam nas tendências de esquerda. A diferença incide nos discursos. A apreensão comum calha em “ganhar o cocho”.
Os vizinhos, na atração e regalia da ocasião, versaram em suprimir visitas. As falas, nas idas e vindas (casa), incidiam no peculiar achaque e tema. Os objetivos, nos passeios, ocorriam no anseio de aliviar ideias e esquecer problemas. Maledicências, nas falas, enxotam chegados.
O bom senso deve prevalecer em quaisquer analogias e aspectos. As localidades, no conjunto dos naturais, convivem nas disputas e intrigas singulares.

Guido Lang
“Singelas Crônicas das Colônias”

Crédito da imagem: https://cooperativadeletras.wordpress.com

sexta-feira, 6 de fevereiro de 2015

O sutil prenúncio


A amizade, na analogia e conversa, tomou forma no convívio comunitário e encontros de família. O idoso e moço viram-se bons amigos e parceiros. A afeição acirrou-se no estudo das genealogias e histórias. Os acidentais encontros resultaram em enraizadas falações.
Os amigos, outrora alheios, nutriram tópicos inesgotáveis. A estima, nos encontros e eventos, mantinha-se recíproca. A idade, na sucessão, pesou na extensa e fecunda existência. O pressentimento, no “sexto sentido”, anunciava a atenuação das forças e desfecho da jornada.
A vivência, na corrosão da estrutura, advinha no epílogo. A visitação, na ocasião inesperada, ocorreu no domicílio do (velho) companheiro. Os parcos instantes, no teor das afinidades, advieram na bênção. O bom senso, no presságio, adivinhou o indesejável.
A repentina morte, nas posteriores semanas, zelou irreparável dano. O esgotamento, sem despedida do derradeiro amigo, parecia dificílima partida. A missão cumprida, na tranquila morte, adveio na ausência de dor e receio. O diário colocou ardis e surpresas.
As pessoas, na pirraça final, apreendem a aflição e extinção. As obras e atos incidem na direção dos arremates e conclusões. A matéria regressa a concepção original. A angústia, na sã e tranquila consciência, advém no alívio e bênção. O sujeito, no aqui e agora, presta contas.
Os bons e grandiosos gestos descrevem a nobreza de espírito. A vida, na odisseia terrena e sucessão das linhagens, oculta enigmas e propósitos maiores.


Guido Lang
“Singelas Crônicas das Vivências”

Crédito da imagem: http://www.elhombre.com.br/

quinta-feira, 5 de fevereiro de 2015

O estranho mimo


O filho das colônias, no infortúnio natural, caía no problema de nervos. A ansiedade, sob qualquer razão, acontecia no altivo cálculo. A depressão e estresse, na anomalia genética, legou o impróprio. A essência, no firme desânimo, advinha no consecutivo açoite.
O remédio, no remoto rincão, advinha no prazer da exagerada caminhada. A circulação diluía a inquietação. A vizinhança, na roda das conversações, estranhava as indevidas e melancólicas conversas. O enforcamento, no propósito singular, induzia no epílogo da dor.
O disseminado, na contínua repetência, conduziu ao esdrúxulo artifício. O “amigo da onça”, na habitual implicância e provocação, brindou no peculiar. Os três metros, na grossa e possante corda, acabaram camuflados no invólucro. O presente caiu no obscuro intento.
O fato, no definitivo, findou a cantilena. O intento, no anseio e conversa, aprontou abolido. A pessoa, na promessa, fraqueja no ato. O discreto e pacato, na penumbra, procede na eficaz ação. O cara, no açoite da existência, carrega o intrínseco do achaque e destruição.
Determinadas conversas e procedimentos sobrevém na enfadonha afeição. A vida, no específico de todo ente, prega alguma cruz.

Guido Lang
“Singelas Crônicas das Colônias”

Crédito da imagem: http://www.folhadosulonline.com.br/

quarta-feira, 4 de fevereiro de 2015

O estímulo educacional


O colegial, na ação estudo, advinha na derradeira dificuldade. Os conteúdos, nos abstratos e hipóteses, incidiam na renúncia. A diferença, no contíguo dos colegas, acometia na saliência. A aptidão e energia ocorriam no empírico. O tempo caía sorvido no criatório e manejo.
A repetência, na baixa atuação, calhava na empreitada. O educador, no implícito, reparou a afeição e satisfação. O cuidado, no capricho e disposição, acontecia nos animais e plantas. O guri, no largo, inventou ímpar horta e zoológico. A brincadeira externou ciência.
O instrutor, na ocasional visita, enalteceu a virtude. O dom, na família, deveria advir no investimento. O singular, no futuro, adviria na compleição de negócio. A agropecuária, no emprego, teria evolução e sucesso. O zelo, no manejo, sobreviria no estudo e habilidade.
A microempresa, no fundo de quintal, acabou construída e gerenciada. A atuação, em escassos anos, conduziu ao sólido empreendimento. A pendência viu-se direcionada na abastança material e monetária. A distinção, em itens, encontrava-se no ambiente comercial.
O lugar, nas adjacências, tornou-se referência em adubos, animais, artefatos, plantas, rações... A simples fala, no estímulo educacional, transformou uma vida. O professor deve captar carismas e habilidades. As palavras próprias, no tempo sensato, imprimem revoluções.
O hábil, nas nobrezas individuais, convém averiguar e enaltecer no sentido positivo. A utilidade e vocação, na analogia dos apaixonados, precisam marchar de mãos dadas no sustento.

Guido Lang
“Singelas Crônicas das Vivências”

Crédito da imagem: http://www.casadoberman.com.br//