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quinta-feira, 8 de janeiro de 2015

O afago anual


O filho das colônias, morador da estrada geral (na paragem do interior), mantém um artifício excepcional. A metodologia, no genérico, diferencia-se no contíguo dos naturais. Os residentes, na condição de amigos e vizinhos, costumam enaltecer e reparar a empreitada.
O aferro e inclinação, no domínio, externam a filosofia. O fato advém no cuidado e trato da habitação. A morada, em dezembro (véspera do Natal e Ano Novo), ganha cuidado. A limpeza e pintura, no zelo, incidem na residência. O reparo, nas cores, muda a aparência.
O imóvel, na mansão colonial, sobrevém no patrimônio da história. A restauração aumenta a dignidade e qualidade de vida. O gasto delineia a bonança financeira. O prédio, no decurso de linhagens, acentua histórias e vivências. A obra, no eclético, sobrevém no estilo.
Os nascimentos, na alegria, caíram no marcante dígito. Os esporádicos velórios, no lamento de ancestrais, advieram no singular. Múltiplos entes, nas reminiscências, têm vivas lembranças (de anos de criação e visitas ao lugar). A afeição ocorre em comentários e relatos.
Os forasteiros, nas ocasionais incursões (nos sítios), exteriorizam a construção na admiração e citação. A aclaração, na instrução de rumo, sucede no enfoque da propriedade e residência. As dúvidas, na referência da orientação, elevam o orgulho e satisfação familiar.
Os “parabéns” incidem no sentido dos amigos e estranhos. Os vizinhos, no velado procedimento, externam ciúmes. A melhora, no exercício, serve de encorajamento. O capricho e progresso inspiram análoga ação. O bom filho alegra e honra ambiente e morada.
A residência incorre no espelho da filosofia dos ocupantes. O dinheiro, no ganho das jornadas, precisa reverter na alegria e benefício singular.

Guido Lang
“Singelas Crônicas das Colônias”

Crédito da imagem: http://www.almadeviajante.com/

quarta-feira, 7 de janeiro de 2015

A singular virtude


O migrante, na afluência a cidade grande, passou a frequentar apurado ambiente. A distração, no imperativo da folga e passatempo, entrou na precedência. O lugar, no extenso movimento de clientes, apresentou-se badalado e notório. A imagem entrou na proeminência.
Os fregueses, na situação da dança, afluem de longínquos e variáveis lados. O sujeito, no parco tempo, virou deveras conhecido. Os ignorados, em caminhos e praças, empacavam na confabulação e saudação. A notoriedade, no empecilho, acontecia no desafio da segurança.
As ligações, no negócio da sociedade, advinham nas tarefas. A ocorrência, na ajuizada vida, acabou exposta ao público. A discrição, nos ciúmes e falatórios, resultou no baixo cômputo. A mistura, na folia e “ganha-pão”, transcorreu no aturado buchicho.
A saída versou em atenuar ânimos. As visitações, nas ocasiões, acertaram em novos ares e companhias. A pausa, em ciúmes e fofocas, aconteceu no decurso. As pessoas, nas grandes cidades, afinam interesses e vínculos. O tempo ao tempo, na dificuldade, calha na ciência.
Os sujeitos, nas analogias e paixões, reconhecem-se em eventos. Os aturados ambientes, na multidão, aproximam os afinados e forasteiros. Os ocasionais contatos decorrem como amaduradas semelhanças. A facilidade, na inclusão, salta na singular virtude.
Os estranhos, no acidental relacionamento, tornaram-se probabilidade de conhecimento. A rotação, nas experiências, perpassa na sabedoria.

Guido Lang
“Singelas Crônicas das Vivências”

Crédito da imagem: http://www.mobilize.org.br/

terça-feira, 6 de janeiro de 2015

A minúcia musical


O ancião, bem animado e vestido, achava-se no recinto do baile. O indivíduo, no estado dos oitenta e cinco anos, fazia-se de jovem. A dança, na associação da esposa, sobrevinha no ensaio. Os marcados passos, no movimentado salão, caíam no atropelo e suporte.
A companheira, no experimento da velhice, ocorria na calma e preocupação. A minúcia, na observação do alheio, sobreveio na frequência da mesa. O ancião, no reconhecimento da peripécia, fora apresentado e congratulado pelo andante.
Os dedos, na proporção de dois, viram-se dedilhados no tabuleiro. A dupla, na noção e presteza, seguia o compasso da animação e cantoria. O hino exteriorizava alegria e beleza. O alento, na essência das canções e notas, sinalizava segredo da desdobrada existência.
O curioso, na indiscrição, indagou: “- O senhor fora músico?” A admiração, na explicação e informação, assumira astúcia. A aprovação, em cinquenta anos (na atuação musical), fora avaliada. A vida dirigida na delícia e vocação. O detalhe apregoa o amor.
A aptidão e destreza, em consorciação e dedicação, sobrevém no “ganha pão”. A ação, no pormenor, revela a idolatria e passatempo.

Guido Lang
“Singelas Crônicas das Vivências”

Crédito da imagem: http://milenapesy.blogspot.com.br/

segunda-feira, 5 de janeiro de 2015

O modelo das formigas


O agricultor, aflito no acréscimo do plantio, enveredou na caça e destruição. O aipim, amendoim e feijão, no brando tempo, adentraram na coleta e corte. As cortadeiras, no descuido e esperteza, conduziram na aberta ceifa. Os dias e horas assinalaram célere aniquilamento.
O trabalho, na ausência de medida, acabaria na inutilidade. O plantador, no chamariz e pó, estabeleceu a morte (aos camuflados e salientes ninhos). O holocausto, no cerne dos abrigos e moradas, alojou-se no ambiente. A tarefa, na primeira vista, sucedia concluída.
Sólidas estirpes, na guerra, acabaram reduzidas aos entulhos. Umas certas saúvas, na astúcia e raridade, deixaram de contrair veneno. O destino, na casualidade, evitou de inserir as cinzas. A missão, na árdua tarefa de raros, consistiu em restaurar o arranjo original.
O homem, na intensa e prudente peleja, desvendou-se impotente de instituir a pronta destruição. Umas poucas, em meses ou semanas, refaziam modesto ninho. A espécie, na artimanha, mostrou-se abrigada da extinção. Os víveres, na riqueza, incitavam a reprodução.
O análogo, no sacrifício, aplica-se a laia humana. Os sobreviventes, nos acidentes e duelos, versam em revigorar a cultura. A amostra, em insetos, verifica-se repetida. Os ambientes arruinados auferem novéis extensões e serventias. A sobrevivência cai no prodígio.
A vida, na destreza das espécies, resguarda-se dos sinistros. “O tempo sobrevém no melhor remédio aos males”.

Guido Lang
“Singelas Crônicas das Colônias”

Crédito da imagem: http://animais.culturamix.com/informacoes/insetos-e-aranhas/formiga-sauva

domingo, 4 de janeiro de 2015

O pronto esquecimento


O cidadão, na condição de conceituado educador, atua nas altas instâncias da notória universidade. A formação, na gama de profissionais, ocorre na elevada especialização. O gênio humano, na evolução e organização, sucede nos acirrados e melindrosos estudos.
O discurso, nos assuntos e temas analisados, insere-se na linha das correntes partidárias e modismos de momentos. As pregações, na dissimulada visão marxista, incidem nas contendas e leituras. A distribuição de renda, no propagado socialismo, cai na versão.
O alunado obriga-se no cumprimento das determinações e resoluções. As pesquisas e trabalhos incorrem na linha de abordagem. A sabedoria popular versa: “Manda quem pode e obedece quem precisa” ou “A corda arrebenta na parte mais fraca”.
A história particular, no entretenimento do sujeito, advém no desencontro. As benesses materiais, no conforto e luxo, fluem na alegria e efetivação. O socialismo, na prática reservada, ocorria no pronto esquecimento. A ladainha oficial incorria no “engano da torcida”.
O prático e teórico caminharam na contramão. A realidade social costuma diferenciar alocuções e obras. As pessoas externam uma coisa e praticam outra compreensão. Os descréditos andam na elevada prática. O dinheiro verifica-se a essência das querelas humanas.
As estrelinhas, no acobertado, externam as coerências das crenças e ocorrências. A prática e teoria, no homem estimado e honrado, andam amistosas e companheiras.

Guido Lang
“Singelas Crônicas das Vivências”

Crédito da imagem: http://www.panoramio.com/photo/7426884

sábado, 3 de janeiro de 2015

A infeliz sina


A empresa, iniciada nas “duras penas”, ia de “vento em pompa”. Os lucros, na ampliação dos negócios e solicitados, exprimiam ganho. O refinamento, na linha de produção, advinha na aquisição de tecnologia e contratação de pessoal. A firma familiar caía na nobreza.
Os profissionais, no alto nível, incluíam pessoal da gerência. A soberba jovem, no interior da gerência, tornaram-se atração e chamarisco. Os galanteios, nos dissimulados chamados, adquiriram vulto. A abundante grana, no convívio diário, disseminara diversões e encantos.
O empregador, na aventura, envolveu sentimentos. A donzela, no ardor da paixão, auferiu apreço e carinho. O chamego, no repentino, disseminou-se nos corredores da fabricação. Os boatos e enredos alargaram o pleito. O conflito armou-se na linhagem.
O episódio, no namoro (na submissa), incorreu no litígio. O casal fundador, na briga conjugal, desentendeu-se na divisão da riqueza. O processo, na astúcia dos profissionais (no Direito), alargou contendas e lapsos. A bancarrota, em parco tempo, acabou determinada.
O padrão, na condição de firmas, delineia infeliz sina. As aventuras, na desunião de pares, acarretam na quebra de arrojadas iniciativas. O aferro, de nem um abdicar na separação, alarga obrigações e prejuízos. A mistura, afetos e negócios, ajusta o infortúnio.
A “cabeça mole”, na brusca riqueza, sobrevém nas conversas e peripécias. O dinheiro, no exagero e simples, desnorteia os fracos de espírito.

Guido Lang
“Singelas Crônicas das Vivências”

Crédito da imagem: http://www.evom.com.br/

sexta-feira, 2 de janeiro de 2015

A peculiar plantação


O produtor, no contexto da propriedade, investiu na diversificação. O autoconsumo, na diluição de gastos, fazia-se ensejo do cultivo. A ciência, no camponês, conduziu na extensa plantação. A alusão, no ambiente comunitário, caiu na alegria e escambo.
O agricultor, na vocação, assimilou o segredo da banana. As diferenças, no chão fecundo, ensolarado e úmido, incorriam na aplicação. O incremento ocorria na extensão do sucesso. O prodígio, na consorciação dos artifícios favoráveis, sobrevinha na graça e sorte.
O espaço agrário, no conjunto do pátio, acontecia na contiguidade da estrumeira. A degeneração, nas fezes dos animais, aguçava crescimento e frutificação. Os cachos, no encanto e tamanho, aconteciam na coleta. A abundância, na quantia, fazia a satisfação do lavrador.
A família, na essência de frutos, conferia a intercalada safra. Algum produto, no transcorrer da semana, ocorria no recolhe. O consumo, no gosto dos cafés (matinais), advinha na acentuada ingestão. A qualidade, na maturidade natural, sobrevinha na conferência.
O desbaste, nas folhas envelhecidas, incidia na afeição das jovens. A heliose ocorria na intensa contagem. O período, no aturado calor e parca geada, exponha na ascendente colheita. A singela afeição, no lavrado e tarefa, induzia na economia e saúde do lar.
Qualquer bocado de campo, no proveito das plantas, sobrevém na farta ceifa. A reminiscência agrícola, no filho das colônias, incide na alegria e filosofia.

Guido Lang
“Singelas Crônicas das Colônias”

Crédito da imagem: http://sp.quebarato.com.br/