Translate

quarta-feira, 17 de dezembro de 2014

O juízo da poupança


          A idade, na vista da moléstia, induziu o juízo da renúncia. A propriedade familiar adveio no negócio. Os forasteiros, no interior da localidade, compraram o lugar. Os apegos familiares advieram na negligência. A migração campo-cidade aconteceu na orientação.
          O dinheiro, avolumado na transação, foi aplicado na poupança. A surpresa, nos escassos anos, caiu na aquisição do terreno. O valor, na parca área, incorreu na fortuna. A construção, no secundário tempo, ocorreu na moradia. Os gastos exauriram as reservas.
            O capital monetário, no principal da venda, acabou dispendido. A vida de trabalho acabou absorvida na mão de obra e materiais. O montante, na colossal área e espaçosa morada, incidiu na miniatura. O dinheiro, na questão da desvalorização, acabou diluído.
            O valor, no desespero, custeou mal o espaço e obra. O desânimo e estresse, na pobreza e velhice, aconteceram no temor. O conceito de economia, na manipulação dos índices de correção, vê-se doce ilusão. O poder de compra, na moeda, incide na apressada perda.
             A terra, ao filho das colônias, advém na ativa riqueza material e sentimental. As estatísticas, na inflacionada economia, sobrevêm na falácia dos apontamentos e pesquisas.

Guido Lang
“Singelas Crônicas das Colônias”

Crédito da imagem: http://www.diviertete.com.br/turismo-rural/

segunda-feira, 15 de dezembro de 2014

As profecias das chuvas


              O morador, filho das colônias, colocou ureia no tenro milho. A inclemência solar, no vigor da insolação (na tarde de verão), parecia torrar as plantas. A falta d’água externava ares de estiagem. O plantador, na irreflexão, viu-se cobrado na tarefa. O proveito cairia no malogro.
            O detalhe relacionou-se aos prenúncios das chuvas. As angolistas deixaram de entrar no galinheiro. As araquãs cantaram fora do habitual horário. As pererecas, na atmosfera da heliose, gritavam desorientadas. Os tubos d’água, no exterior, suaram ao sol...
            O anômalo, na Mata Pluvial Subtropical, ocorria a galhos. Os ruídos, na acidental ruptura dos troncos, caíam nas árvores. Os ganchos, no brusco, quebravam na consequência dos demasiados pesos. Os antigos, na ciência, discorriam da ameaça da inconstância.
            O plantador antecipou-se na tarefa. As escassas chuvas, no ardor do verão, externam aplicação e precisão das águas. As nuvens, na calada da noite, trouxeram as ansiadas precipitações. A umidade, na felicidade generalizada, deu pausa aos excessos de calor.
            A vegetação, no comum, ganhou alento e aumento. Os milhos, na massa verde, alargaram incremento. As promessas de safras, em vendas, sedimentaram criações e plantações. As mesas fartas, em cotações menores, ousaram suceder nos espaços urbanos.
            Os sinais, disponíveis nos ambientes, necessitam da ciência e habilidade das interpretações. Os rurais, no largo convívio, dominam elementos das sabedorias da natureza.

Guido Lang
“Singelas Crônicas das Colônias”

Crédito da imagem: http://www.gruposinagro.com.br/

domingo, 14 de dezembro de 2014

A singular espécie


           O sujeito, filho das colônias, circula atirado e ocioso. A velhice, nos adiantados anos, impossibilita as tarefas. Os médicos, no expresso conselho, coibiram empenhos e pesos. O tempo, no problema, cai na difícil distração. As idas, cá e lá, incidem em múltiplos ambientes.
            As conversas informais, na imediação da vizinhança, caem no ofício. O princípio, no estranho, consiste em apurar afazeres e eventos. O cidadão, na minúcia, mostra-se singular espécie. O sujeito, na condição de boa gente, sucede na alegria (no tanto de auferir razão).
            As interrogações, em sucedidos familiares, incorrem na curiosidade dos forasteiros. O descarte, no especial da prole, costuma desconhecer no cálculo. O indivíduo, no singular, habituou “não ouvir e saber de coisa nenhuma”. O caso incide no exclusivo dos estranhos.
            A fama, no meio comunitário, cunhou-se de enxerido. Os contíguos evitam repassar conversas e minudência dos sucedidos. Os bate-papos, no bom senso, incidem na “via de dobrada mão”. A apatia e silêncio, em casos, costuma ser afinada e melindrosa resposta.
            Os exageros, na indiscrição, caiem na chateação e supressão. A vizinhança, nos habituais costumes, cobra e zela no cumprimento e recompensa.

Guido Lang
“Singelas Crônicas das Colônias”

Crédito da imagem: http://www.velhosabio.com.br/

sábado, 13 de dezembro de 2014

As elogiáveis estatísticas


            O município, nas modestas extensões territoriais, revela-se referência nos Índices do Desenvolvimento Humano (IDH). A qualidade de vida, no conjunto do estado, salta aos olhos. Comunicação, educação, energia, saúde, segurança e transporte primam na eficácia.
            As favelas e misérias, na ação do ente público, inexistem no lugarejo. O lavor, no legado dos ancestrais, entra na biografia. Os prefeitos, no alento, atuam na qualidade das gerências. O exemplo, na classe de filhos das colônias, refletiu-se nos destrezas e gestões.
            Os partidos, nos acertos e desacertos, priorizam o benefício. A atração do poder, nas contendas partidárias, incide na acessória agonia. Os prefeitos, na evidência, deram modelos na direção. Os serviços, no atendimento e qualidade, viram-se preferência aos contribuintes.
           As equipes de trabalho, nos remotos interiores ou urbanos, ganham a visita pessoal. O prefeito, no sabor das obras e tarefas, conversa e estuda as melhorias. As faltas, em máquinas e utensílios, são saradas no local. O desamparo e ócio andam no parco cálculo.
            A presença, em pessoa, estimula produção das tarefas. O asfaltamento, no molde, alastrou-se nos grotões. O estilo administrativo, na “afinidade subalterno e superior”, incutiu-se no ente público. A ativa ação, no amor ao lugarejo, sobrepõe-se ao interesse do salário.
            O dirigente, no exemplo do pai (em família), dá direção e vigia os trabalhos. Os residentes, nas alusões e informações, externam as melhorias e primazias da municipalidade.

Guido Lang
“Singelas Crônicas das Colônias”

Crédito da imagem: http://www.jmais.com.br/

sexta-feira, 12 de dezembro de 2014

O esteio da riqueza


         O filho das colônias, na arte e teoria, ensinou os rebentos. A convivência, no diário dos afazeres, indicou desígnio de curso. O controle, no todo do exercício, foi à metodologia. As aclarações teóricas, na conferência das dúvidas, ocorreram na eficácia dos braços e mente. 
          A síntese, nos mandamentos, consistiu em ocupar-se na variedade das empreitadas. O encargo, no prazer da concretização, resultou em diversão. Os serviços, na ciência, precisam ganhar paulatina consumação. O sujeito, na arte de pedra sobre pedra, edifica pirâmides.
      A tarefa cai no princípio de um início e fim. Os dias, na cota de serviço, precisam transcorrer na produção. Os múltiplos, no contíguo, concretizam a maravilha do avanço e mudança. A constância, no apego e arranjo, perpassa o sucesso. O prazer transparece no fruto.
         O início, no frescor do tempo, convém principiar no ofício. Cabeça fria e corpo aliviado encorajam obras. Os empregos, na afinação e integridade, incidem na nobreza. O pão de cada dia, na alegria e satisfação (da consciência), decorre do suor do rosto e vigor do corpo.
      O labor, no apego e satisfação, propaga os esteios da fortuna. O apropriado trabalho, na habilidade e vocação, transcorre na qualidade de brincadeira e riqueza.

Guido Lang
“Singelas Crônicas das Colônias”

Crédito da imagem: http://economia.uol.com.br/


quinta-feira, 11 de dezembro de 2014

A boa informação


         A vizinha, filha das colônias, pediu carona. A acidental presença, no armazém, permitiu a gentileza. O condutor, no carro particular, achava-se nas compras e distrações. O retorno, na facilidade da situação, conduziu ao pedido. A pernada, na carga, entrou na reserva.
            O alerto, no contíguo, foi: “- Nada de falatórios e problemas com marido”. O bate-papo, no percurso, estendeu-se sobre acontecimentos e experiências. A dita-cuja, no espírito jornalístico (no ambiente comunitário), adora espalhar e repassar os acontecimentos.
           A companhia, no sucinto da conversa, permitiu a “atualização do noticiário”. A cidadã, na descida, indagou do dispêndio. A boa educação, na pergunta pelo débito, entrou na avaliação e consideração. Uma mão, nos imperativos, costuma lavar a outra nos interiores.
            O motorista, na elegância, proferiu: “- Custa nada! Conta, no próximo bate-papo, a nova do dia”. A cidadã, no singelo sorriso, concordou na circunstância. A fama, no desperdício da vocação (repórter), sucedeu no cálculo. Circunvizinhanças julgam as amizades e conversas.
      As pessoas, no universal, possuem extrema necessidade de conviver e relacionar. O mensageiro, no ardor da informação, trabalha costumeiramente no espontâneo das remunerações.

Guido Lang
“Singelas Crônicas das Colônias”

Crédito da imagem: http://startupi.com.br/

quarta-feira, 10 de dezembro de 2014

A riqueza familiar


        A descendência, por gerações, habitou o determinado lugar. O solar familiar, na encosta do morro, salientava-se no conjunto residencial. A fertilidade da terra, no microclima próprio, permitia a farta produção. O espaço caía na apreciação e satisfação particular.
        A abundância, na questão água, incidia na riqueza natural. Os olhos d’água, no milagre da mãe natureza, brotavam das entranhas. A fauna e flora, na iluminação e umidade, difundiam-se na atmosfera. O taquaral, no conjunto das pedras, assinalava a abastança e vida.
            Os herdeiros, no sensato momento, resolveram desfazer-se da riqueza. As decidas e subidas, no íngreme chão, advieram no empecilho. O morro, nas idas e vindas, sobrevinha no desafio do inverno. Os consertos, na estrada, advinham na baixa consideração do ente público.
            Os estranhos, no dinheiro, fecharam a compra. Os anos transcorreram e novos donos adquiriram instalações e terras (imóvel). A descendência, no filho e neto, quisera na certa altura recomprar o imóvel. A indisponibilidade demostrou-se a dura realidade.
            A pergunta, aos genitores, foi: como pôde desfazer-se de tão valoroso patrimônio familiar? O arrependimento revelou-se acentuado. Certos negócios, na compra ou venda, exigem apuradas análises. As pessoas adoram adonar-se e afeiçoar-se aos ambientes.
            O difícil, no despojado, consiste em refazer o desfeito. Alguns domínios, no conjunto de gerações, verificam-se alheios aos valores monetários.

Guido Lang
“Singelas Crônicas das Colônias”

Crédito da imagem: http://www.correiodeuberlandia.com.br/