Translate

segunda-feira, 27 de outubro de 2014

A invencível dor


A existência, em ocasiões, crava agruras e artifícios. O infortúnio, na analogia de ardida chaga, ocasiona inquietações e modificações. O encanto dissolve-se nos ambientes e dias.
O casal, na afeição e sacrifício, vivia mágico consórcio. A faina permitia digna subsistência. A convivência, na consolidação familiar, acontecia na analogia e entrosamento. Os filhos, na afluência normal, advieram na bênção e planejamento. A sorte floria e sorria.
O casal, na diligência, alegrou a união. O desenvolvimento, na infância e adolescência, ocorria na normalidade. A loucura, no trânsito, trouxe o imprevisto. O acidente, no infortúnio, ceifou preciosa vida. A jovem moça, na insuperável dor, antecipou o caminho do além.
A família, nos contínuos anos, convive na perene agonia e lembrança. Os pensamentos direcionam-se a finada. A vida, no gosto, perdeu a essência. A angústia, na vigília das noites, advém no desencanto e marasmo. A senilidade, no desgosto, antecipou-se no tempo.
Os filhos, em quaisquer épocas e idades, traduzem-se na extensão dos pais. Os genitores, no bem estar dos rebentos, organizam e programam os dias.

Guido Lang
“Singelas Crônicas das Vivências”

Crédito da imagem: http://g1.globo.com/

domingo, 26 de outubro de 2014

Os mútuos ensejos


Os jovens, no ocasional encontro, criaram confiança e consideração. O enamoramento, no sabor da adolescência, induziu a aventura e festa. A associação emanou no gosto e graça.
Os intentos, nos devaneios, absorveram a mente. A chance, na primeira ocasião, consentiu na afeição e paixão. O carinho instituiu familiaridade e utopia. Os juramentos, nos encontros e reencontros, incorrem no desejo de aprofundar experimentos e vivências.
O pedido, na ambição feminina, consistia na frequência e passeio ao motel. A ocasião, no aviso ou sinal, sucederia em vindouros dias. A equivalência, no anseio masculino, incorria da acompanhada e amorosa noite. O entrelaçado, no afeto e sociedade, verifica-se no convite.
A conveniência adequará o almejado. O amor, na afinidade e chama, ensaia delírios. A intersecção, na volúpia, acolhe os impulsos da delícia e reprodução. As estirpes, nas insanidades, acabam constituídas. Quem, na época própria, faltou das loucuras e peripécias?
O intenso amor, no devido tempo, advém como dádiva. O prazer, na carne, descreve delícias das centelhas divinas e perigos do inferno.
                                                                                                                      
Guido Lang
“Singelas Crônicas das Vivências”

Crédito da imagem: http://www.afh.bio.br/especial/paixao.asp

sábado, 25 de outubro de 2014

A imprópria solução


O vizinho, na curta e estreita rua, improvisou estacionamento e garagem. O estrito espaço, na moradia, adicionou os puxados. O pátio, no parco terreno, abriga quatro famílias.
Animais, no domicílio, ostentam feição de zoológico. Distinta idolatria, nos caninos e felinos, soma-se aos automóveis. Dois espaçosos, no feitio de sucata tecnológica e “veículos presidenciais”, inserem-se no recinto. A bucólica garagem caiu na carência e miséria.
O recurso, nas consecutivas manhãs, incide nas barulhosas manobras. Um carro, no achaque, costuma ser estacionado no portão (de estrada do achegado). O estorvo ocorre nas semanas. Os pedidos, em esporádicas ocasiões, sucedem na cedência e uso da alheia garagem.
A indefinição, nos objetivos e propósitos, conduziu a imprópria solução. A improvisação, na aquisição e manutenção de patrimônio, introduziu ares de cortiço e ferro velho. Os próximos, no barulho e deslocamento, acabam aborrecidos e atingidos.
Os veículos, na excessiva cifra, tornaram-se um empecilho e problema. Os burlescos artifícios, na distraída advertência e reparação, servem de ensino e esperteza.

Guido Lang
“Singelas Crônicas das Vivências”

Crédito da imagem: http://www.imagemfacebook.com.br/

sexta-feira, 24 de outubro de 2014

O singular cuidado


Os filhos das colônias, nas singelas comunidades, reúnem-se no armazém. Os moradores, na convivência, conhecem-se de longa data. As gerações verificam-se vizinhança!
O local, no intercâmbio do baralho, bebedeira e conversa, faz circular comentários e fofocas. Os diálogos, no informal, retratam as experiências e as ocorrências comunitárias!
As ciências, nos relatos, circulam na gama de assuntos e interesses. A política, nas paixões e preferências, acentua diferenças e intrigas. Escambo, em favores, advém na conta!
O problema, no singular, sucede-se a afrontas e cobranças. Os pacatos, em situações, alteram e elevam declarações e opiniões. A confusão, no contexto e debate, cria exaltação!
Os tolos, na falta de argumentos, pensam apelar à agressão. A “bolacha”, no semblante, descreve extrema afronta e inimizade. A atitude espontânea gera antipatia pela geração!
Os enganos e grotescos, na apresentação e cobrança, geram alegação e exaltação. Os procedimentos, na escassa formação (escolar), atrapalham diplomacia e fineza!
A contenção entra na virtude. Os ciúmes e invejas, na concorrência das famílias, transbordam em venenos. Os progressos e sucessos, em próximos, chegam a gerar insônia!
O esperto, em público, evitar externar maiores opiniões e sugestões. O cuidado particular, na história e linhagem, entra na mais perfeita profissão e sabedoria!

Guido Lang
“Crônicas das Colônias”

Crédito da imagem: http://redeglobo.globo.com/

quinta-feira, 23 de outubro de 2014

O dissimulado uso


Os filhos das colônias, em parcelas significativas, ganharam polpudos créditos e incentivos (governamentais). Famílias, na pequena propriedade, ganharam fáceis financiamentos em casas, máquinas e reformas. Os resultados sobrevieram na farta produção!
Os benefícios sociais, em boa hora e retribuição, somaram-se as aposentadorias e formações profissionais. Os auxílios, na dignidade e qualidade, trouxeram inovações e mudanças. A mecanização, em implementos e tratores, acentuou a revolução agrícola!
O detalhe relaciona-se no dissimulado uso. A carência, na consciência e explicação do artifício, instalou o poder da máquina eleitoral. Os pacatos, no desconhecimento da estrutura, pensam em serem benefícios e doações de primorosos administradores e partidos!
O câmbio, no acobertado escambo, reflete-se nas preferências eleitorais. Os acréscimos, em direitos e incentivos, direcionam resultados. O fanatismo, na graça da situação, arruína a igualdade das concorrências e escolhas (no jogo democrático)!
O Estado, no conjugado das instâncias, costuma ser doador dos benefícios e vantagens. O erário público, na requisição dos impostos, custeia ações e doações. O equívoco, no discurso facioso e singular, favorece a sequência do uso parcial (do dinheiro dos projetos)!
Os contribuintes, no conjunto nacional, custeiam e oferecem auxílios e benefícios. Governos, em gestões, criam somente os programas. O poder eleitoral, no reflexo e resultado, tem direcionado milhões de votos. A oposição, na crítica e fiscalização, sai esfarelada!
Os filhos das colônias, na vocação, preocupam-se em frutificar terras e gerenciar propriedades. As manhas do Estado, nas contendas políticas, entram na baixa compreensão e interesse. Alterações de ânimos e intrigas, no clima eleitoral, incidem em diferenças!
A justiça, na concorrência das urnas, mantém-se pilastra básica na eficácia e sobrevivência da soberania popular. Os fins escusos, no acobertado uso do dinheiro público, patrocinam desmandos e tráficos!

Guido Lang
“Crônicas das Colônias”

Crédito da imagem: http://www.novotopico.com/impostometro-atinge-r-1-5-trilhao-e-bate-recorde-t3222.html

quarta-feira, 22 de outubro de 2014

O sútil procedimento


A dita-cuja, no ambiente da vila, assentava-se no puxado. A família, na folga do meio dia, nutria parco convívio. A conduta, na suspeição urbana, incorria na circunvizinhança!
O clima artificial, nas sucessivas horas de labuta (no interior da residência), consistia no cansaço e enjoo. A pausa, na atmosfera do asfalto e concreto, abafava estresses e neuroses!
Acontecimentos, na leitura do jornal, entravam na apreciação. As matérias, na parte esportiva e policial, sucediam no melhor interesse. As conversações advinham no descaso!
O detalhe relacionou-se a postura. O vizinho, pouco apreciado e estimado, recebia continuamente as costas. O objetivo incidia em evitar esporádicos contatos e conversas!
Os questionamentos, nos equívocos, advinham nas lembranças. O alambrado, na baixa elevação, facilitava conversa e visão. A chacota, na concorrência esportiva, caía no desgosto!
As pessoas, nos contornos, costumam cultivar desconfianças e implicâncias. Os excessos, na camaradagem, geram comentários e falatórios. Um bom vizinho lê-se presente!
As espertezas, no convívio diário, saltam aos alheios olhos. As pessoas, no contexto da agitação e massificação, procuram discrição e solidão!

Guido Lang
“Crônicas das Vivências”

Crédito da imagem: http://blog.marciafernandes.com.br/

terça-feira, 21 de outubro de 2014

Os autênticos amores


Os momentos, em circunstâncias, admitem admirações. O sabor, na existência, advém da alegria e realização. A fortuna, na experiência e fineza, decorre das convivências.
O sujeito, no regular evento, achegou-se na fulana. A moça, na beleza e elegância, externava cobiça e encanto. A folia, na brincadeira e dança, entrou na distração e entretenimento. A destreza, na rotina do exercício, supria academia e remédio.
A associação, entre amigos e distintos, atraiu atenção e ciúme. As afeições e agregações convêm escolher a dedo. A minúcia, na situação do asfalto e concreto, traduz concorrência. O ambiente, nos parcos vínculos, recomenda: “- Pegue, porém não se apegue!”
As pessoas, nos exemplos da contemporaneidade, mudam de mãos. Os autênticos amores e ardores ostentam aspectos de dádivas e jóias.

Guido Lang
“Singelas Crônicas das Vivências”

Crédito da imagem: http://seducaomagnetica.com.br/