Translate

terça-feira, 24 de junho de 2014

O estranho idioma


Os filhos das colônias, em família, achegaram-se ao aeroporto internacional. O voo dirigia-se de retorno para a casa. A grande distância, na saudade, separava-os do torrão natal!
Os viajantes, na atmosfera da megalópole nacional, temiam pela segurança. O combinado, na atenção da incompreensão, incidia em discorrer somente no linguajar familiar!
O desígnio possuía de precaver-se das ociosidades e roubalheiras. O indiscreto incidia em camaradas passageiros. Estes, no escutado, ansiavam identificar a alheia alocução!
O homem idoso, na aparência de leitor, reconheceu a preleção. A pessoa, na infância, assimilara facetas do linguajar. A conversação, na elegância, fez-se recíproca!
Determinado transeunte, no espaço do agrupamento, possui assemelhada ciência e experiência. A exclusividade, no global mundo, assume valiosa pérola!
A língua expressa um estilo de subsistência. Os linguajares, assimilados nos seios familiares, sustentam a cultura e mentalidade de gerações!

Guido Lang
“Crônicas das Colônias”

Crédito da imagem: http://www.felsberg.com.br/governo-autoriza-3o-aeroporto-em-sao-paulo/

segunda-feira, 23 de junho de 2014

O banal prato


O filho das colônias, em anos de assalariado e posterior patrão, acumulou sobras. Os negócios, na época de ouro, acrescentaram a fortuna. O dinheiro fácil sugestionara perene!
A conjuntura, na oscilação econômica, adveio no inesperado. Os logros espalharam-se nos problemas. As bancarrotas, na imoralidade, ponderaram na esfera produtiva!
Os aconchegos e esplendores, no seio caseiro, necessitaram avaliações. A família, em costumes de dispêndios, reimplantou conhecimentos das colônias!
Os cortes, na diminuição de custos, incluíam a alimentação. O aipim, de produção própria, revelou-se a essência na nutrição!
O cidadão, no desespero e dificuldade, queria degustar unicamente raízes. As carnes e saladas complementavam o produtivo sustento. Os gastos dispensaram maiores aquisições!
As expensas, no endividamento, foram “cortadas na carne”. Uma porção de estirpes, no cozido ou fritura, traduzia abundante ceia. As poupanças, na fartura, foram desconhecidas!
“O sujeito, na marcha, descobre a agonia da estreiteza do calçado”. O exercício da meninice habitua os esteios. As ostentações, na exagerada tributação, afligem o bolso!
O camarada, a princípio, rejeita fausto na nutrição. A modéstia e simplicidade, no padrão de sustento, representam ímpar poupança!

Guido Lang
“Crônicas das Colônias”

Crédito da imagem: http://mdemulher.abril.com.br/blogs/dieta-nunca-mais/2013/08/o-que-e-a-dieta-paleolitica/

domingo, 22 de junho de 2014

A altivez no trabalho


O jovem, como filho das colônias, tomou a direção da incipiente cidade. Os insuficientes solos, na propriedade familiar, induziram a alteração de serviço!
O chão de fábrica, na indústria de calçados, passou a ser o “ganho pão”. Os inícios, no capricho, dedicação e responsabilidade, foram assimilados nas colônias!
Os pais, na tenra idade, instruíram o apego e necessidade do trabalho. A filosofia, no meio século de incessantes jornadas, guiou os caminhos e ideias do pacato cidadão!
O indivíduo, na empresa familiar, pelejou pela vida. A altivez, nas cinco décadas, primou em nunca ter apresentado atestado médico ou faltado ao serviço!
 A exceção, na recuperação das horas, ocorreu unicamente na necessidade de frequentar velórios. Os amigos e familiares, na honrosa despedida, viram-se referenciados!
As idas, em resumo, iniciava no clarear da manhã e entendiam-se ao escurecer da tarde. O sol via-se no intervalo do meio dia. O patrão, na eficiência, mostrava-se o exemplo!
As tarefas, como assalariado e posterior sócio, ocorriam sem distinção. O cidadão, no “coringa do baralho”, acompanhava a produção. Desafios recaíam na sua responsabilidade!
O meio de sobrevivência, na implantação da massiva tecnologia, redimensionou-se nas linhas de produção. Os afazeres realizados, no encanto, carecem de serem cargas e coações!

Guido Lang
“Crônicas das Colônias”

Crédito da imagem: http://josechuseg.blogspot.com.br/2010_10_01_archive.html

sábado, 21 de junho de 2014

O mau humor


O cidadão, no ambiente de trabalho, advém no mau humor. A insônia, no pesadelo noturno, gerou cansaço e irritação. A indisposição, no trabalho, viu-se a marca do dia!
O camarada, na ingrata alucinação, conviveu no flagelo. A morte, na imprevista pisada nos fios de eletricidade, teria originado o melancólico desfecho. O susto foi deveras grande!
O pior, na conjuntura de inércia do organismo, consistiu na impossibilidade de safar-se da sinistra situação. A consequência, no meado da noite, resultou na vigília!
A ocorrência, na dissimulada advertência, incidiu em redobrar cuidados e renovar exames médicos. O subconsciente, no velado aviso, consegue antecipar fatos e sobrevindos!
O sujeito, para falecer, necessita estar simplesmente vivo. A morte atenta nos “cruzamentos e curvas das vivências”. Quem consegue safar-se dos devaneios e prenúncios?
A existência, na agitada e conturbada sociedade urbana, vale pouco. O cidadão leva e tem aquilo que curtiu na passagem terrena!

Guido Lang
“Crônicas das Vivências”

Crédito da imagem: http://mauricioserafim.com.br/sabor-de-vida/

sexta-feira, 20 de junho de 2014

A perda da identidade


O pacato lugarejo, na paragem, nutria analogia. Os residentes, como filhos das colônias, possuíam centro comunitário, dialeto local, escola particular, igreja cristã, modelo peculiar...
A colonização, no século de isolamento, compôs desenvolvimento autóctone. A mentalidade colonial, inserida na cultura latina, ganhou adequação e particularidade!
O distrito, na onda das emancipações político-administrativas municipais, ganhou autonomia. A municipalidade, na proximidade do poder público, propagou progressos!
O caminho de acesso, na facilidade das estradas, trouxe a implantação do asfalto. Os deslocamentos granjearam ágil e intensa circulação dos automóveis e pessoas!
A identidade, na década sucessiva, tornou-se desfigurada. A incursão dos estranhos tornou-se hábito. Os apegos locais viram-se dissolvidos nas diferenças e novidades!
A ambição e egocentrismo, na ideia das aparências e posses, dominaram no implante da filosofia do consumismo. Os valores tradicionais perderam expressão e participação!
O figurino consistiu em “conduzir possantes máquinas”. A tranquilidade foi “pervertida na admissão da parafernália tecnológica”. O progresso altera apego à cultura local!
A humanidade, na diminuição das distâncias, conduz-se na direção da relativa uniformização. Avanços carecem de ser sinônimos de felicidade e realização!

Guido Lang
“Crônicas das Colônias”

Crédito da imagem: http://www.es.gov.br/

quinta-feira, 19 de junho de 2014

O discurso marxista


O cidadão, na instrução estatal, formou-se depois de muitos anos dedicados ao estudo e a formação. O concurso, no serviço público, revelou-se o caminho de ascensão ao ganha-pão!
O ingresso, na estabilidade e salário, aliciou o mérito profissional. As ciências humanas, nas políticas do estado, mostraram-se a especificação e a paixão!
Os “gabinetes da papelada”, na fixação e preparação de planos, tornaram-se a delegação. As alocuções, nos idealismos partidários, sucediam na ideologia da socialização!
Os padrões, dos desmantelados estados socialistas da Europa, permaneceram como meta e miragem. O exemplo, nas Américas, inspirava-se na amostra cubana!
O dinheiro, na receita, sobrevinha da suada produção originada no capitalismo. Os espoliados tributos, obra da iniciativa particular, custeavam o bom ordenado!
O fato, na ilusão das gestões, exterioriza as ofuscadas alocuções marxistas. O interesse, na apropriação das legendas, versa em adonar-se e perpetuar-se no domínio estatal!
Os radicais, nos discursos e princípios partidários, adoram legislar sobre a alheia riqueza. Os empreendedores e proprietários, no distorcido preceito capitalista, tornaram-se senhores das obrigações e riscos da produção!

Guido Lang
“Crônicas das Vivências”

Crédito da imagem: http://lounge.obviousmag.org/pindorama/2012/10/recepcao-do-marxismo-no-brasil.html

quarta-feira, 18 de junho de 2014

A especial consideração


O proprietário, na diversidade de aves, ostenta afeição e capricho. As galinhas, criadas folgadas e soltas, ganham renovada água e variedade de trato. O tratador, na condição de dono, vela pelos membros. Algumas unidades, no entanto, revelam-se as apreciadas e mimadas. Elas, nos olhos, ganham a preferência da atenção e observação!
A mãe, numa dezena, adora os filhos. Os brotos, à existência, advieram das entranhas. A companhia mostra-se especial alegria e gratidão. A filha menor, no conjunto, destaca-se a excepcional. Ela, na afinidade e jeito, salienta-se no coração. A afeição e amizade, no cotidiano das vivências, veem-se exteriorizada nos cuidados e preocupações!
Deus realizou o milagre da vida. Os entes espalham-se pelos ambientes. Este zela pelas espécies. Os humanos, na bendita esperteza, despontam imitação do próprio Espírito. O Criador, no conjunto, ufana-se de todos. Uns, nas milagrosas mãos, salientam-se muito exclusivos. As ações e agudezas traduzem-se em avanços e sucessos!
A mente humana, na insignificância, mostra-se incapaz de assimilar a grandiosidade da obra divina. O indivíduo, na breve e curta passagem terrena, convém orientar-se na amizade e benevolência!

Guido Lang
“Crônicas das Colônias”

Crédito da imagem:  http://www.saiadolugar.com.br/empreendedorismo/8-atitudes-para-nao-ser-um-esquecido-na-multidao/