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sábado, 12 de abril de 2014

O inflamado ego


O filho das colônias, criado e educado nas carências e dificuldades, carrega inusitado artefato. A peça, na figura de linguagem, anda em alta conta no cotidiano das vivências!
A mochila, nas idas e vindas, carrega o assimilado familiar. O artefato, no ousado uso, relaciona-se ao miúdo alfinete. A sua utilidade, na tradicional faina, salta aos atentos olhos!
O cidadão, inserido na agitação e bagunça das cidades, visa furar o “balão do inflamado ego”. Os indivíduos, na imprópria mania, quererem achar e salientar-se como superiores aos demais!
As aparências e ostentações, na concorrência da sociedade de consumo, apresentam-se indigesta prática. O ter, em detrimento do ser, atiça ciúmes e invejas dos semelhantes!
A pessoa, na esperteza da sobrevivência, assimila a necessidade de falar pouco e ouvir muito. As pessoas, em síntese, possuem igual imagem: seguem o idêntico desfecho existencial!
A humildade e simplicidade multiplicam o número de dias. A necessidade, na sobreposição no conjunto social, externa a velada hipocrisia!

Guido Lang
“Crônicas das Colônias”

Crédito da imagem: http://www.alemblog.com.br/2014/01/solte-seu-balao.html

sexta-feira, 11 de abril de 2014

A doce ilusão


O singelo broto, nas alturas do tronco, desenvolveu-se próximo as folhas e madeiras. O galho, no contexto da vegetação, tornou-se exuberante e majestoso entre pares!
A predominância, na luminosidade, externava beleza e poder. O sufocamento, nos irmãos, tornou-se triste sina. Os reclamos e xingamentos fizeram escassos resultados!
O crescimento perpetuou massiva concorrência. Jovens brotos, crescidos em galhos, incutiram abafamento e suplantação. A carência de luz levou ao sufocamento de velhos!
A condição, nos dias e meses, instituiu o perecimento. O vento, na rajada, despencou apodrecidos materiais. A altura impulsionou velocidade. O estágio sinalizava eliminação!
A glória do passado perpassou de doce ilusão. A natureza ocupou-se da reciclagem. A matéria, no rejuvenescimento da seiva, reaproveitou as cinzas em novas vidas!
O idêntico aplica-se a governantes e partidos. As partes, na perpetuação do mando, afundam na lama e podridão. A mudança, no advento de gestores e ideias, incute novos ares!
O apegamento do poder, no desgaste, define derrocada acentuada das alturas. A renovação e a transitoriedade, no evitar de conflitos e revoluções, ostentam-se sabedoria!
O rodízio, nos cargos e postos, corrige distorções e falhas. Os indivíduos, nas “facilidades e mimos dos mandatos”, adoram eternizar-se no poder!

Guido Lang
“Crônicas das Colônias”

Crédito da imagem: http://www.freepik.com/free-photo/forest-sunrise--framing_598518.htm

quinta-feira, 10 de abril de 2014

A divisão dos espólios


O casal labutou pesado no bem estar. A determinação, na administração financeira, transformou-se em economias. O princípio consistiu “em jamais gastar mais do que o real ganho”!
A situação, nas décadas, permitiu criar o trio de filhos. A acumulação de patrimônio tornou-se realidade. Os rebentos, na formação, ganharam a essência dos investimentos!
As oportunidades, nos estudos, foram permanentes. A profissionalização revelou-se principal ganho e legado. Os bens materiais constituíram-se em três belas propriedades!
Os pais, na velhice, anteciparam-se as brigas e intrigas dos inventários. A divisão dos espólios, no perecimento dos genitores, revela-se razão dos conflitos e desentendimentos!
A família em vida, em informal conversa e reunião, definiu a divisão. Os rebentos, na comum concordância, ganharam seus filões. As futuras querelas foram abreviadas e ceifadas!
A legalização ocorreu nos sucessivos passos. Os herdeiros, na riqueza, aparecem nas possibilidades de ganhos e somem, na pobreza, na proporção dos encargos!
O homem precavido antecipa-se as confusões e problemas. O exemplo alheio serve de bela e nobre sabedoria!

Guido Lang
“Crônicas das Colônias”

Crédito da imagem: http://rj.bomnegocio.com/serra-angra-dos-reis-e-regiao/imoveis/casa-em-araras-uma-bela-propriedade-26805897

quarta-feira, 9 de abril de 2014

A sútil estratégia


A pessoa, por amizade e tempo, achegava-se a determinado espaço público. O excesso de visitação, no ambiente de trabalho, originava comentários e desconfianças!
Os colegas, na mania das mútuas implicâncias, instituíram gozações. Os excessos incorrem nas inconveniências dos falatórios. A alheia paciência revela-se dádiva divina!
O funcionário, na rotineira ladainha, adotou a sútil estratégia.  A visita, na achegada, careceu da ganhar convite de assentar. As palavras, no em pé, viram-se externadas!
As conversas, no máximo, estendiam-se por breves quinze minutos. O incômodo, na má acomodação, obrigou a arredar o pé. As prolongadas conversas conheceram brevidade!
A prática, em escassas oportunidades, aboliu visitação. O “desconfiômetro” pôde andar baixa conta. As pessoas, no ambiente de labuta, evitam a informal conversação!
O bom senso prevalece nos procedimentos. Os citadinos evitam comprometimentos e envolvimentos!

Guido Lang
“Crônicas das Vivências”

Crédito da imagem: http://uefsfilosofia.blogspot.com.br/p/biblioteca.html

terça-feira, 8 de abril de 2014

As singelas anotações


O filho, ao pai, elaborou singela declaração. O bilhete, no ente público, objetivara autorizar a retirada de documentação. A fotocópia, no órgão próprio, tornou-se comprovação!
O manuscrito, das partes, continha nome completo, número do registro geral e cadastro de pessoa física. Os dados, no geral, tornaram fácil a identificação!
O papel, no descarte, acabou jogado na comum lixeira. O recolhimento, no lixo geral, acabaria desovado na reciclagem. Os sucateiros, na rua, processam averiguação de materiais!
O genitor, no conselho, alertou: “- Os dados pessoais exigem cuidados. O cidadão desconhece o alheio uso. A pesquisa, na era online, permitem fins escusos!”
Os lixos descrevem os hábitos de consumo. O camarada, nas disseminadas maracutaias, incorre em roubalheiras. Precauções lê-se sinônimo de esperteza e inteligência!
A discrição, na conturbada vida urbana, tornou-se estratégia de sobrevivência. As oportunidades criam contravenções e pilhagens!
                                                                                                                 
Guido Lang
“Crônicas das Vivências”

Crédito da imagem: http://escrevimentosagno.blogspot.com.br/

segunda-feira, 7 de abril de 2014

A formação de opinião


Os moradores, na roda de amigos e conhecidos, assentam-se de forma momentânea. O chimarrão, na informal reunião, toma vulto na ocasião. O tempo esvai-se nas conversações!
O interessante relaciona-se nas informações. As partes, no momento da manhã, meio dia ou noite, comentam os acontecidos e vivenciados. O empírico domina no conhecimento!
As muitas informações correm nos ouvidos. O rádio informal, nas moradias e ruelas, toma forma nas famílias. A comunidade demonstra-se a tônica nos sucedidos!
As pessoas, na descontraída convivência, formam opinião. O cruzamento de dados institui os posicionamentos. A gama de temas encontra-se passada e repassada!
O pedestre, nas caminhadas, aprecia os grupos. A sombra, nas moradas, verifica-se recanto próprio às reuniões. As pessoas, na espécie da tribal vida, avolumam-se nos grupos!
A vida comunitária verifica-se imprescindível no ser humano. A riqueza dos ambientes retrata-se nos relatos dos próprios pares!

Guido Lang
“Crônicas das Vivências”

Crédito da imagem: http://www.manauarashopping.com.br/

domingo, 6 de abril de 2014

O desânimo tecnológico


O jovem, nas mudanças de estabelecimento de estudo, precisou transferir-se de cidade. A moradia da vila, na periferia urbana, carecia da rede mundial de computadores!
O contato online havia sido uma dificuldade. A alternativa, depois de pesquisas no mercado da implantação, consistiu em correr atrás da ligação!
O dinheiro na mão, em horas, processou instalação. O curioso ligou-se a alegria do cidadão. Lábios conheceram sorrisos. Olhos ganharam brilhos. Íntimos degustaram sonhos!
O computador conectou no mundo. A vida retomou os tradicionais sabores. A exclusão viu-se superada. A conversa online viu-se a rotina. A preocupação constou na máquina!
A juventude encontra-se aficionada na rede mundial. Os esforços, nas necessidades dos contatos, representam dificuldade e marasmo. A moda vê-se no instantâneo!
A Internet, a exemplo da luz, tornou-se serviço imprescindível nas residências. A tecnologia, na facilidade e praticidade, incutiu o vício do uso!

Guido Lang
“Crônicas das Vivências”

Crédito da imagem: http://www.revista.espiritolivre.org/