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quarta-feira, 19 de março de 2014

O desleixo patrimonial


O cidadão, na chácara incrustada na terra dos ancestrais, instituiu o descaso. O patrimônio, em sucessivos meses, ficou no abandono. A natureza procurou retomar o espaço!
Os invasores, na presença de plantas e répteis, tomaram o espaço. O desleixo, no descaso dos bens, instalou-se no excepcional cenário. O abandono do imóvel decorria como fato consumado!
A água e calor, na ocorrência do período de verão, acentuaram o crescimento das vegetações. Os arbustos e capins, na exuberância, pareciam retomar original ambiente!
O mano (irmão), na situação, externou imprópria observação. A velha lógica de proprietário viu-se enfocada na conversação. O familiar, nas duras palavras, desgostou da afirmação!
“O indivíduo, no descuido do patrimônio no tamanho tempo, acaba frustrado e subtraído no investimento. Os bens, em qualquer época, exigem manutenção e reparação”.
Repreensões afligem a consciência, porém convém externar na sabedoria. Os progressos e sucessos, a qualquer espaço e hora no trabalho, requerem atenção e superação!
Acúmulos de bens abarcam somas em manutenção e segurança. Os proprietários, nos vastos patrimônios, acabam subtraídos e surrupiados nos artigos e recursos!
Amigos e familiares, em escassos momentos e situações, externam os reais conhecimentos e sentimentos. O dinheiro, em razão última, revela-se causa maior das querelas!

Guido Lang
“Crônicas das Vivências”

Crédito da imagem: http://www.lovantino.com.br/

terça-feira, 18 de março de 2014

A alcunha de fofoqueiro


O mano (irmão), caçula da família, acumulou desconfiança no irmão. O relacionamento, vida afora, mantinha intensa admiração e conversação. O crédito vinha em alta conta!
Os diálogos enfocavam acontecimentos e negócios. O ingênuo contava os bons e maus ocorridos. A contrapartida, no primogênito, carecia de prevalecer nas convivências!
O fiel amigo e parceiro, bem sucedido no financeiro, viu-se enciumado e invejado. A alcunha de fofoqueiro externou-se na família. O conhecimento levou ao término dos relatos!
As particularidades deixaram de ser comentadas ou omitidas. Ocasionais conversas e diálogos ficaram nos genéricos. As ceias e encontros viram-se diluídas e escassas!
A solução, na carência da amizade, foi seguir a existência. Os irmãos, nos respectivos cantos, viveram seus dias. Cunhadas e rebentos acentuaram comentários e concorrências!
Os excessos, no geral, resultam em brigas e intrigas. As famílias, nas querelas, acumulam desconfianças e diferenças. Alguém, no proposital, reforça aborrecimentos!
Os negócios, para terem sucesso, exigem atuação e discrição. As fofocas, aos alheios ouvidos, aconchegam-se cedo no imprevisto!

Guido Lang
“Crônicas das Colônias”

Crédito da imagem: http://juninhoadm.blogspot.com.br/

segunda-feira, 17 de março de 2014

As excessivas perguntas


O camarada, curtido nas administrações, participou da assembleia da entidade. As perguntas, na reunião ordinária, foram banais e várias no tema prestações de contas!
O indivíduo, nos detalhes melindrosos dos números, apontou itens. Os esclarecimentos foram pedidos. O resultado, na contabilidade, incidiu na tediosa participação!
Os dados foram explicados de forma solicitada. A descortesia, no entender dos detalhes, perpassou aos presentes. A clareza assistia-se como um dos preceitos dos antepassados!
O pessoal, nos ambientes das gestões, descarta as excessivas correções, críticas e interrogações. As informações melindrosas, na esperteza, veem-se deixadas de lado e omitidas!
O espírito crítico revela-se agradável na alheia seara. O discurso prega em interrogar nas dúvidas, porém pode detectar o escamoteado. O difícil consiste em driblar entendidos!
A transparência permite serenas noites de sono. Desconfiados e chatos coexistem em vários espaços e ocasiões. Os membros necessitam zelar pela honestidade das instituições!
A integridade, na conjuntura atual das disseminadas tramoias, revela-se equivocadamente princípio dos otários. O sujeito, na extremada desconfiança, revela-se inconveniente nas relações sociais!

Guido Lang
“Crônicas das Colônias”

Crédito da imagem: http://transparencia.fee.tche.br/

domingo, 16 de março de 2014

O rumo norte


O casal, na união, pelejou para angariar casa e propriedade. A cruz orientou o bem estar familiar. Os rebentos, crescidos, seguiram direção das conceituadas universidades!
As visitas, na hospedagem, sucederam-se nas férias e folgas. O bom e melhor viu-se custeado e oferecido. A filiação, no atrevimento, recebeu os contornos dos limites!
Os adolescentes queriam definir desígnios familiares. Os jovens, nos idosos pais, empunharam resoluções. Os velhos, na oportuna morada, ouviram berros e xingamentos!
O pai, filho das colônias, impôs limites. A fala versou: “- Filhos! Vocês podem mandar na própria casa. Os genitores, em vida, são os senhores. A obediência faz-se necessária!”
“As asas, na excessiva altura, precisam ser talhadas”. O cidadão obriga-se fazer valer adequada voz. O costume de gritar, nas conversas e falas, transcreve indevida instrução!
A juventude, na precocidade, entende-se esperta e vivida. Os moradores, na própria casa e propriedade, estabelecem contratos e princípios. Normas asseguram afabilidade!
A caridade, de alheio chapéu, soa indiscreta inteligência. O “rumo norte”, na estóica instrução, abre portas e guia caminhos!

Guido Lang
“Crônicas das Colônias”

Crédito da imagem: http://iriny.com.br/atuacao/juventude/

sábado, 15 de março de 2014

A aloprada concorrência


O plantador, no aperfeiçoado pomar, extraía frutos. As espécies, no suplemento alimentar, ofereciam a diversidade de produtos. As vitaminas veem-se imprescindíveis na mesa!
O particular figo, em fevereiro, produzia diária cota. As colheitas faziam-se no alvorecer. A exasperada concorrência, aves e humanos, chamou reservada atenção!
O produtor, no primeiro descuido, assistia-se ultrapassado. O desejo original consistia em deixar amadurecer os produtos.  A brandura, na plena maduração, estaria avigorada!
A admiração observou-se vasta. As aves antecediam-se no proveito. Os pássaros, na sobrevivência, defrontaram-se na acelerada captação. Uma porção apresentava-se picada!
O fato espelha a generalizada dificuldade de granjear o sustento. O apetite vê-se o flagelo dos viventes. “O grão de milho, na prática, mostra-se pleiteado a quaisquer viventes!”
Os ousais degladiam-se pelo mantimento. O primeiro osso, na cachorrada, observa-se pretexto de enfurecido arranca-rabo. Os racionais debruçam-se pelo “cobre ou prata”!
O indivíduo força-se a cuidar dos interesses e ganhar o pão. A pessoa apressa-se a auferir dinheiro. A aloprada concorrência verifica-se pelo imperativo dos reais!
O fraquejo, na corrida, denota suplantação. A natureza proporciona a abundância, porém a ganância a faz parecer insuficiente!

Guido Lang
“Crônicas das Colônias”

Crédito da imagem: http://www.paopinheirense.com.br/blog/tag/beneficios-do-figo

sexta-feira, 14 de março de 2014

A anomalia canina


O colono, no clarear do dia, levantou para reparar a criação. Os cachorros, galinhas e gatos quiseram porção de alimento. O bicharedo, a boas horas, encontra-se na cadência da espera!
O criador, no achegar, observou anomalia. O cão branco, tradicional esfomeado, inventava apatia na ração. O dono, nas proximidades, observou o fato!
A admiração foi espantosa. A boca via-se minada de espinhos. Algum ouriço versou em acudir-se das incursões. O imaturo animal, na candura, notou-se infestado!
O jeitão consistiu em movimentar amparos. A esposa e filhos, na confusão, ajudaram na extração. O cão, no resguardo, comovia no abalo e dor. A tarefa via-se impraticável!
A habilidade, no socorro, requereu o experimento do achegado. O vizinho, no fardo dos cachorros, afronta-se no problema. Os caninos, no ínterim, corriam com a machucada boca!
O afazer, no abreviar das dores e moléstias, leva a obrigada extração. O criador, na supressão de custos, abstém-se em requisitar o serviço dos profissionais!
O dono, na multiplicidade de dificuldades nos domínios, torna-se empírico veterinário. A convivência e ocorridos habilitam preciosas noções do manejo animalesco!
O petulante, na inconveniência, semelhava agradecer o subsídio humano. A aflição e desgosto, no problema, abrigaram a fobia. Quem carece de pagar pena pelos ambíguos?
Ouriços ostentam-se os flagelos da cachorrada. Extremos imperativos exigem o conhecimento e a habilidade dos mestres!

Guido Lang
“Crônicas das Colônias”

Crédito da imagem: http://cienciaemfocosp.blogspot.com.br/2010/08/porco-espinho.html

quinta-feira, 13 de março de 2014

A braçal mão de obra


Os coloniais, nas propriedades, encheram extensões inteiras. O reflorestamento, de acácia e eucalipto, ocupou os espaços das velhas lavouras. O novo ciclo tomou o lugar!
O curioso, nas plantações sucessivas, é que criaram-se taperas nas localidades. O eucalipto, no exótico, conta-se como “carro chefe”. O gigante, a grandes distâncias, salienta-se no conjunto!
O estrondo de motosserras, no contexto, anda em baixa conta. A colheita, de árvores e bosques, vê-se localizada. O problema está na deficiência de mão de obra!
Os jovens rejeitam os braçais afazeres. Os moços, nas empresas, labutam abrigados das intempéries. Os benefícios trabalhistas veem-se assegurados como ganhos!
Os matos, no incremento, ficam no compasso de espera. Os troncos, nas encostas e morros, aguardam valorização. As capoeiras retomaram panorama da floresta original!
Proprietários, na indisponibilidade de braços, obrigam-se nas esperas. A seleção, entre grossos e miúdos, faz a diferença nas plantações. Os troncos verificam-se reserva financeira!
As árvores, no investimento, traduzem-se numa espécie de poupança. O reflorestamento evita a retomada das terras pela rejuvenescida vegetação natural!
Os ciclos econômicos possuem as realidades específicas. A baixa natalidade implantou o esvaziamento de braços e comunidades!

Guido Lang
“Crônicas Coloniais”

Crédito da imagem: http://sosriosdobrasil.blogspot.com.br/