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segunda-feira, 30 de setembro de 2013

A surpresa


O beltrano, durante algumas oportunidades, manteve caso com a especial sicrana. Os bailes e festas sucediam-se na sua agradável e interessante companhia!
O namoro, numa segunda tentativa de união matrimonial, parecia engrenar para um relacionamento duradouro e feliz! As expectativas, a cada reencontro, viram-se multiplicados!
As esperanças e sonhos, numa provável união, encaminhavam-se para residir debaixo do idêntico teto. A cama, em meio ao frio de inverno, seria compartilhada e dividida!
O camarada, noutra cidade, foi conferir determinado evento. O baile, bem falado e visitado, valeria a pena apreciar. O indivíduo aconchega-se sem maiores preocupações!
A surpresa, de fazer cair o queixo, sucede-se com a presença da sicrana. Esta, na alheia concorrência e seara, encontrava-se em altos abraços, beijos e ternuras!
O gosto e preferência contrastavam em muito com sua pessoa. O vivente, dali em diante, nem queria mais ouvir falar no nome dela. Quaisquer contatos viram-se descartados!
O indivíduo, no mundo das intimidades e traições, “carece de conhecer a real estrutura e montagem do circo”. Inúmeros compram gato por lebre nas histórias dos relacionamentos!
As pessoas, nas grandes cidades, desconhecem detalhes dos bastidores da alheia vida. O cidadão, numa ou noutra, pode deparar-se com alguma desagradável surpresa!
                                                                                         
   Guido Lang
“Pérolas do Cotidiano das Vivências” 

Crédito da imagem:  http://www.bbel.com.br/

O tempo


Os anciões, diante do armazém, encontram-se numa animada conversação. Os benefícios, em função da aposentadoria, permitem certos ócios e regalias!
Os cidadãos, diante da idade, admiram-se do transcorrer do tempo. Eles, entre si, comentam e procuram externar o temor diante do inevitável suceder!
O tempo, como máquina cruel e imparável, “derruba e mói a todos e tudo”. Os amigos, conhecidos e parceiros, em função dos anos e décadas, ficaram reduzidos!
As pessoas, da idêntica idade, carecem de somar-se! “Os coroas diminuem com os chamados diários do Criador”. Perdas irreparáveis despedem-se e partem ao final destino!
A fila, de forma acentuada e rápida, corre e dilui velhos relacionamentos! As memórias guardam somente pitorescas histórias e saudosas reminiscências!
Os jovens, no vigor da existência, entendem-se os espertos. Estes, aos idosos, dispensam atenção e interesse! Os anciões ostentam-se os reais curtidos e tarimbados!
Inúmeros indivíduos, na flor da idade, esquecem-se de extrair a devida sabedoria dos ancestrais. O Criador, através do tempo, escreve certo em linhas tortas sua magna obra!
As gerações, no deslanchar da civilização, perecem com razão de ceder o espaço as novas ideias e revoluções. A vida mostra-se curta e interessante para quem sabe apreciar e curtir a terrena odisseia!

                                                                                    Guido Lang
                                                                   “Pérolas do Cotidiano das Vivências” 

Crédito da imagem: http://dorasantoro.blogspot.com.br/2012/07/platanos.html

domingo, 29 de setembro de 2013

O vício


O cidadão, ao companheiro e parceiro, resolveu “quebrar um modesto galho”. Ele, como pensionista, levaria mais um dia até sair o benefício! “A fome ousara bater a porta”!
O dinheiro, numa cidade grande, mostra-se mercadoria essencial à subsistência. Este, na alheia carteira, encontrava-se esgotado e gastado! O crédito andava igualmente curto!
As refeições, naquele dia, seriam carentes ou inexistentes. O companheiro, enxugando dispêndios e necessidades próprias, cedeu uma dezena de reais na extrema emergência!
O objetivo consistiria em adquirir artigos às parcas refeições. A recomendação, diante do auxílio, somou um expresso aviso: “- Parceiro! Nada de comprar cigarro pelo dinheiro”!
O fulano, dobrando a primeira esquina, adquiriu os necessários maços. O estômago, diante do cruel e mortífero vício, “ficou no compasso de espera e saudades”!
O cidadão, mesmo diante da bela ladainha e ousada promessa, não pode dispender grana a dependentes. Alguma doação, no máximo, necessita ser em comida e bebida!
Alguns, pelas impróprias atitudes, estragam amizades e confianças. As palavras de viciados, mesmo “juradas com os pés juntos como promessa”, assumem escassa credibilidade!
Os vícios, no gênero humano, sobrepõem-se a inteligência e racionalidade. Dinheiro, dado sem controle a título de ajuda e compaixão, externa cedo o desperdício e trapaça!

                                                                                      Guido Lang
“Pérolas do Cotidiano das Vivências”

Crédito da imagem: http://g1.globo.com

O voto


Uma família apresentou determinado jovem como candidato. O moço, na oposição, concorreu à vereança! As chances, como iniciante, pareciam remotas na eleição!
A situação política, com concordâncias e discordâncias, causou rachas familiares. Uns, em função de auferidos benefícios, apoiavam a situação. Outros bandearam-se à oposição!
Uma parte apoiou outro candidato! Determinada tia ficou no dilema: de votar ou não no afilhado e sobrinho. A dúvida, durante a campanha, arrastou-se por dias e semanas!
O marido, ferrenho situacionista, inibiu a confiança e gentileza. O desfecho, como conclusão, acabou na negação! Aquela ideia: “um voto não faz maior diferença”.
O curioso, no maior azar, relacionou-se ao voto. Este, numa extrema coexistência, faltou justamente para eleger-se à Câmara. A lamúria e remorso revelaram-se acentuados!
O sucedido, na existência inteira, produziu desconforto e desconfiança. As relações familiares, sobretudo entre os irmãos, viram-se relegadas pelas décadas sucessivas!
Alguns acontecimentos e situações revelam-se melhor do que encomenda. Os sucedidos ímpares, como afrontas e lorotas, perpetuam-se na memória familiar!
A política, com interesses e paixões, costuma constranger e intrigar familiares! “O diabo, com razão de dividir e maldizer, origina situações inusitadas e ousadas”!

                                                                        Guido Lang
“Pérolas do Cotidiano das Vivências”

Crédito da imagem: http://www.brasilfront.com.br/

sábado, 28 de setembro de 2013

Uma dádiva divina


Uma senhora cuidou da sua adorada mãe, dando-lhe amor e carinho, nos dias derradeiros. Esta, nos dias das angústias e dificuldades de anciã, revelou-se a melhor amiga e companheira!
Um estranho, esporádico colega e conhecido, deparou-se com aquela cena. A filha, com máximo de cuidado e paciência, ocupava-se em conviver com a genitora!
A agenda diária, de compromissos e trabalhos, revelara-se abarrotada. A geniarca, no entanto, ganhava a atenção e carinho no contexto dos atropelos e correrias do cotidiano!
O cidadão, em tom de admiração e elogio, precisou externar umas modestas palavras. Este, a sábia e vivida senhora, disse: “– Uma bênção ter uma filha dessas!”
A anciã, com o amplo sorriso nos lábios, respondeu: “- Um orgulho! Uma graça divina!” Ela, nas orações diárias, agradecia pela bênção de ter tão dedicado e nobre ser!
Ela, como herdeira, queria cumprir sua missão de suavizar as angústias de quem lhe teu vida. O exemplo servia de escolas às crianças de receber idêntico tratamento!
Os pais merecem o maior cuidado com razão dos netos copiarem o exemplo! Algumas pessoas parecem revelar-se simplesmente uns anjos na alheia vida! Os nobres atos e gestos externam a envergadura do espírito!

                                                                                          Guido Lang
“Singelos Fragmentos das Histórias do Cotidiano das Vivências”

Crédito da imagem: myfreewallpapers.net/


O pedido


Um funcionário, na ganância pelo consumo, endividou-se nas compras. O desejo, através do crédito fácil, levou a aquisição duma gama de bens duráveis!
O veículo, como uma saliente necessidade familiar, juntou-se ao endividamento. O carro novo, na garagem, revelou-se símbolo de orgulho e satisfação familiar!
O salário, junto às necessidades de sobrevivência, não permitiu honrar todos os encargos. A solução foi reduzir despesas assim como elevar horas de trabalho!
O cidadão, junto ao empregador (ente público), implorou por mais horas extras. O alto e bom salário ainda não mostrava-se suficiente para “quebrar o galho”.
O erário municipal, como tivesse culpa no cartório da imprudência, precisou cobrir de forma indireta mais este rombo! O problema, na prática, residia no ímpeto consumista!
Inúmeras pessoas, com a abundância material, perderam noção das reais necessidades de consumo! Quaisquer artigos, como sinônimo de felicidade, tornaram-se objetos do desejo!
Vários consumidores assimilaram o vício das desenfreadas compras. A real felicidade e realização encontra-se distorcida e distante dos valores do espírito!
O crédito fácil tem sido o afundamento e endividamento de inúmeras famílias. A matemática financeira revela-se uma carência duma gama de consumidores!
                                                                                
    Guido Lang
“Pérolas do Cotidiano das Vivências”

Crédito da imagem: http://oculosshop.net/

sexta-feira, 27 de setembro de 2013

O administrador


Um funcionário, muito apegado aos governos de esquerda, deu o conceito dos bons e eficientes gestores públicos. Ele, como concursado, passou por diversas administrações!
O administrador, na compreensão particular, relaciona-se a aspiração política. O prefeito procura colocar o funcionalismo a serviço da ascensão particular nas hierarquias!
O gerenciador mostrar-se-ia descuidoso com os horários de achegada e saída dos funcionários. Um “corpo mole”, na surdina, faria do trabalho em serviços comunitários!
Os salários, nas datas certas, encontrar-se-iam nas contas bancárias dos assalariados. Os depósitos, de preferência, ocorreriam nos últimos dias úteis de cada final mês!
O funcionalismo, no tempo e valor, poderia contar com os ganhos! O chefe maior, em resumo, carecia de “pegar no pé ou perseguir os subalternos”!
O resultado, nesta privada concepção, acaba na fantástica carga tributária (digna de primeiro mundo). Nenhuma arrecadação mostra-se o suficiente diante da ganância fiscal!
Os serviços públicos, em contrapartida, mostram-se duma qualidade de terceiro mundo. Um custo exagerado comparado aos escassos retornos em benefícios sociais!
O bom prefeito, em termos reais, revela-se aquele que administra ao bem coletivo e preocupa-se com a evolução social. O dinheiro vê-se multiplicado e racionalizado!
A realidade estatal, através do fisco, privilegia uns poucos e pune outros muitos. O dilema, no bem comum, revela-se difícil em querer agradar a gregos e troianos!

                                        Guido Lang
“Pérolas do Cotidiano das Vivências”

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