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sábado, 31 de agosto de 2013

A dispensa trabalhista


Dois camaradas, num trabalho demorado e judiado, precisaram dar cabo a uma incômoda tarefa. Esta, em boa hora, extrapolou o horário normal de expediente!
O empregado e patrão, numa empresa familiar de entregas, precisaram descarregar o caminhão. O comprador, no interior do mercado, tinha necessidade da mercadoria!
Uma porção de engradados, de forma manual, ganhou a devida destinação. A tarefa consistia em levar as caixas no interior do setor das bebidas!
O contratado, numa altura, cumpriu com sua jornada normal de trabalho. Este, de forma apressada e educada, comunicou o final do horário de expediente!
As necessidades, de atender aos privados compromissos, afastaram-no da labuta! Este, num pré-combinado, não queria fazer nenhuma desfeita à esposa!
O dono, não tendo outra saída, concedeu o direito trabalhista. Ele, a contragosto, obrigou-se a ficar sozinho no encargo da onerosa conclusão!
O encargo, numa aparência de castigo, demorou-se na concretização. O patrão, como chefe e dono, não pode safar-se da obrigação!
Este, ao jovem e moço, externou: “- Fulano! A obrigação sobrepõe-se ao prazer! Quem quer ser abonado e grande não pode submeter-se aos caprichos dos horários”!
Empregados e patrões, em situações, parecem ostentar interesses antagônicos! Empresários e investidores carecem de nortear-se pela jornada das horas no relógio!
Certos encargos não têm como ser postergados. A colaboração e tolerância precisam prevalecer no ambiente de trabalho. Inúmeros labutam por mera necessidade e poucos o fazem em função da realização pessoal!

                                                                                    Guido Lang
 “Singelos Fragmentos das Histórias do Cotidiano das Vivências” 

Crédito da imagem: http://www.marcelinocesar.com.br

sexta-feira, 30 de agosto de 2013

A galinha do ovo de ouro


Um camarada, na sua desvirtuada consciência, resolveu inovar na colheita. Ele procurou romper o ciclo normal da natureza animal!
O indivíduo, inveterado bebedor de pinga, achegou-se “torto em casa”. Este, com uma fome de cão e em meio à carência alimentar, quis fritar algum ovo!
As três galinhas, da pacata criação familiar, não tinham posto o diário ovo. Elas, de maneira geral, faziam-no depois do meio dia!
Este, fora da sã consciência e numa crueldade ímpar, adicionou pimenta no ânus duma indefesa ave. A ideia exigia a colocação da dádiva de forma imediata!
A infeliz galinha, em poucos minutos, expeliu o fruto da procriação. O cidadão pode degustar o almejado produto e saciar sua excepcional fome!
O problema, nas horas subsequentes, sucedeu-se com a azarada ave. Ela, apesar do belo favor e produto, acabou perecendo no infernal sofrimento!
A burrice, crueldade e ganância eliminaram-na da face terrena! Um belo exemplo daquilo que não se aplica aos indefesos animais!
O idêntico ocorre aos apressados e gananciosos. Estes, em função da imprudência, acabam vítimas da própria pressa. “O apressado come cru”!
A preocupação excessiva, com lucros graúdos e imediatos, ceifa o especial negócio! Uma burrice grande consiste em provocar o auto-prejuízo no próprio bolso!
Os humanos, nas atitudes e posturas, podem revelar-se cruéis com os desprotegidos e fracos! Os animais sofrem na proporção da ganância e ignorância dos donos! O indivíduo costuma resolver um problema e cria logo outro!

                                                                                              Guido Lang
 “Singelos Fragmentos das Histórias do Cotidiano das Vivências”

Crédito da imagem:http://www.ifam.edu.br

A anômala solidariedade


Uma migrante, campo-cidade, viu-se com problemas de condução e dinheiro. Esta, moradora doutra comuna, acabou empenhada na calada da noite numa grande cidade!
A preocupação relacionou-se ao retorno à casa. Como encontrar locomoção na ausência de ônibus? O táxi, as suas condições financeiras, possuía “preço as nuvens”!
A senhora, numa esquina, depara-se com algum senhor. Um completo estranho entre os poucos presentes. Este, pelas aparências, parecia ostentar as idênticas origens!
A fulana tratou de conversar e explicar sua complicada situação. O pedido revelou-se da necessidade de alguma ajuda! O camarada, na aparência de boa gente, tratou de ouvir!
O cidadão, outrora outro migrante, passou por situação assemelhada. Este, como cortesia, tratou de levá-la ao seu refúgio. O interessante consistiu em nem dizer o seu nome!
Os dispêndios, com combustíveis e veículo, tratou de absorver do próprio bolso. A extraviada tinha despesas nulas. Ele, como cortesia, procurou não valer da exploração alheia! 
O bem externado multiplica-se e propaga-se em dádivas divinas. A obrigação, para quem pode, consiste em ajudar aos desesperados e necessitados!
Quem nalgum dia nunca precisou duma singela ajuda? O fato de ser anjo revela-se um dom divino! O importante consiste em repassar o bem auferido!
A bondade e solidariedade subsistem aos egoísmos e temores urbanos. A obrigação, do bom e convicto cristão, consiste em ajudar e auxiliar aos próximos. As pessoas bondosas subsistem em todos os ambientes e espaços!      

                                                                                     Guido Lang
“Singelos Fragmentos das Histórias do Cotidiano das Vivências”

Crédito da imagem:http://www.mensageiradapaz.org/anjos.html

quinta-feira, 29 de agosto de 2013

O desconhecimento do lugarejo


Um munícipe, muito conhecido no meio empresarial e político, ganhou uma nobre incumbência. Este, diante do poder econômico-financeiro, parecia à acertada escolha!
A coligação partidária, como situação, escolheu-o como candidato a prefeito. Este, em função do conhecimento e experiência, parecia à correta escolha dos “caciques do partido”!
As agremiações nanicas, como chupins nos ninhos dos tico-ticos, trataram de apoiar e seguir a determinação da majoritária. Os discursos e falas afinavam as conveniências!
O candidato, no sabor da campanha, deslocou-se ao comício no interior do município. Este, lá nas grotas, desconhecia o lugar exato da concentração partidária!
O político, no caminho, obrigou-se a pedir orientação sobre a localização do lugarejo. Algum eleitor, no comentário junto aos seus, serviu de guia!
O impróprio do desconhecimento, aos quatro ventos, difundiu-se cedo no sabor da campanha. A oposição valeu-se como acirrada crítica! O fato seria um descaso com os locais!
O fulano, nas urnas, acabou levando um vareio de votos. Algum político, com pretensões de ser prefeito, obriga-se a conhecer e reconhecer dimensões e eleitores!
O poder econômico, em momentos, falha na indução dos resultados. A renovação refina o sistema político-administrativo! As mudanças, como anseio popular, mudam caras e procedimentos!
                                                                                      
Guido Lang
“Singelos Fragmentos das Histórias do Cotidiano das Vivências”

Crédito da imagem: http://www.fundospaisagens.com/imagens-estrada-rural-no-campo-jpg

O singelo detalhe


A família, depois de anos de economia e sonhos, conseguiu realizar sua ambicionada viagem. O lugar paradisíaco, num recanto natural no litoral brasileiro, mostrou-se a escolha!
A organização, à viagem, sucedeu-se durante uns bons dias. A preocupação consistia em não esquecer nada. O conforto precisava ser auferido e mantido!
Algum vizinho, numa espécie de guarda e segurança, tomou conhecimento do passeio de férias. Este, com plena confiança familiar, ganhou chave e orientação!
A tarefa doméstica consistiu em dar alguma reparada nos cachorros e gatos! Estes, nos vários dias, não poderiam ficar ao deus dará! Alguns tratos viam-se necessários!
A família, depois de uns cinco dias de descanso e lazer, recebeu o imprevisto telefonema. A casa, em função do monitor ligado, originou o sinistro!
O fogo, a partir do superaquecimento, consumiu boa parte do patrimônio! Um vultoso prejuízo monetário. As reformas e restaurações tornaram uma necessidade!
O filho, num descuido, deixou o computador ligado na tomada. O superaquecimento resultou no flagelo. Os pais deixaram de verificar o singelo detalhe!
Os filhos, em função da imaturidade, precisam da orientação e vigilância. Aparelhos ligados, em meio ao desuso, ostentam-se um convite para incômodos e prejuízos. Os singelos detalhes, no desfecho das histórias, fazem uma especial diferença!

                                                                                     Guido Lang
“Singelos Fragmentos das Histórias do Cotidiano das Vivências”

Crédito da imagem:http://chenected.aiche.org/materials/playing-with-fire-in-outer-space/

quarta-feira, 28 de agosto de 2013

O equívoco dos agiotas


Um senhor, com dinheiro e esperteza, imaginou multiplicar valores. O improvisado banqueiro, aos conhecidos e vizinhos, revelou-se um “quebra-galho” de imprevistos!
O cidadão, avesso a legislação, deu-se a incumbência de ceder dinheiro a juros. O numerário, sob a promessa da devolução e multiplicação, cedeu espaço às provisórias!
Os cem, depois de certo prazo, passariam a valer cento e três. A prática, com os honestos, funcionava a contento! O senhor via ampliado os dividendos!
Os caloteiros, como enforcados e oportunistas, mostraram-se motivos de ímpares aborrecimentos! Estes, com mil e uma ausências e desculpas, faziam o maior descaso!  
O capital, numa altura do negócio, assumia ares de incobrável e perdido. Os malandros, em função de alegados imprevistos, safaram-se de cumprir os assinados!
Os poucos três avolumados, dos bons pagadores, ficavam distantes de cobrir os reais valores dos cem extraviados! Os empréstimos revelaram-se cedo deficitários!
As promessas, de pagamento, renovaram-se a cada data de acertos. O dinheiro vivo, no entanto, carecia de aparecer para pagar os devidos capitais e juros!
As promissórias, como malfadados papéis, careciam de maior aceitação no mercado! O dinheiro, em ter e não, revela-se a real diferença entre as pessoas!
A promessa,  de ganhar três com razão de colocar outros cem em jogo, ostenta-se jogo e risco. Empréstimos revelam-se sinônimo de correrias e desconfianças. Quem empresta a amigos e vizinhos cria margem a aborrecimentos e inimizades!
                                                                                           
 Guido Lang
“Singelos Fragmentos das Histórias do Cotidiano das Vivências”

Crédito da imagem:http://www.imagens.usp.br/

O fogo de palha


Um colonial, em meio ao dia ensolarado e seco, animou-se para finalmente fazer uma retardada faxina. Esta, em função duma visita eminente, visava mudar o cenário particular!
Este, junto à esposa e filhos, consistiu numa generalizada arrumação. Os desleixos, por algum imprevisto, acabaram retardados durante semanas!
Os membros, numa espécie de mutirão familiar, improvisaram generalizada limpeza. Os punhados de folhas, gravetos e palhas ganharam o amontoado no descampado!
O esconderijo preferencial dos bicharedos (animais) peçonhentos vira-se eliminado e queimado. Os restos, no meio do campo, deram origem a uma bela e rápida fogueira!
Um fogo ímpar mostrou-se próprio ao material à combustão. Este, em dezenas de minutos, terminou em cinzas os avolumados e inconvenientes entulhos!
O idêntico aplica-se a certos amores e profissões na flor da idade. Os indivíduos, em suas expectativas e sonhos, possuem belos desejos e fantasias!
As coisas, no primeiro momento, parecem tão fáceis e rápidas! O objetivo consiste em conquistar os altos cumes e montanhas das sociedades humanas!
A realidade, a partir dos limitados capitais e conhecimentos, elimina as fantasias e encantos. As conquistas, no cotidiano das práticas, exigem persistente esmero e trabalho!
A vida, antes do imaginado, mostra-se efêmera e transitória. O belo e elegante revela-se oneroso e trabalhoso. A convivência depara com os limites e privações!

                                                                               Guido Lang
“Singelos Fragmentos das Histórias do Cotidiano das Vivências”

Crédito da imagem:http://giovanigelati.blogspot.com.br