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terça-feira, 12 de março de 2013

Um leve engano


Uma penca de abelhas, em forma de enxame, assentou-se no pé de cereja dum vizinho. Uma singela árvore foi o lugar próprio da parada e repouso. A comunidade, num processo migratório, recém havia abandonado a original colmeia. Esta queria ares novos com razão de procurar o seu próprio caminho.
O colono apicultor, com uma dezena de caixas iscas instaladas, fez uma aparente vista grossa. Este, pela experiência e sorte, dava-se como certo a escolha de alguma armadilha (como moradia). Ele não queria ter o trabalho de apanhar o enxame (numa certa altura da planta). Uma dezena de atrativos, em número de chances, pareciam-lhe suficientes como sorte. Este refletiu e esperou: “- a comunidade, com carências de opções de ninhos, vai escolher as minhas atrativas e sólidas caixas!” Este cedo conheceu o belo e leve engano!
Os insetos, próximo a metade da manhã (com o aquecimento solar), “foram ao mundo”. Elas, pela surpresa geral, tomaram sentido ignorado (na direção dos brejos e matos). Estas pareciam conhecer e querer distância da exploração humana. A alternativa consistia em procurar voar com as próprias asas. As abelhas esforçaram-se pela autóctone sobrevivência e felicidade. Algumas poucas abelhas, com aparência de desnorteadas e perdidas, ficaram para trás. Elas, com sua coragem e ousadia, cedo certamente acharão a companhia das antigas companheiras.
O criador, para abafar a curiosidade e satisfazer a obsessão, foi conferir e  repassar as diversas iscas. Uma tremenda decepção e frustração diante da excepcional esperteza e sabedoria. A solução foi pensar na alegria e satisfação alheia e, lá adiante, receber um enxame filho, como dádiva, nalguma isca. O alívio de consciência relacionou-se ao ganho de impresvistas comunidades. Esta, de um momento a outro, afluíram as caixas e fizeram as graças.
Um morador, na proporção de extrair dividendos dos investimentos, precisa dar um grito de alegria e satisfação. Este, na proporção de abrir as sobrecaixas das colmeias, surpreende-se com o especial trabalho desses singelos insetos. Outro, como aposentado, cercou sua residência com habitadas caixas. Este, em meio ao tradicional chimarrão, assenta-se no pátio e vislumbra a labuta dos bichinhos. As idas e vindas, nas atitudes e comportamento, revelam os estados das comunidades e ninhos. As histórias e relatos, sobre a espécie, não faltam no cotidiano dos meios coloniais.
Abelhas revelam-se umas contínuas surpresas e daí os criadores cedo criam uma obsessão pelo seu trabalho. O cidadão, nas inúmeras situações, não tem como angariar a totalidade das chances. Os enganos e perdas assim como as conquistas e vitórias acompanham o cotidiano da vida. A organização social dos insetos dá inveja as sociedades humanas.

Guido Lang
“Singelas Histórias do Cotidiano das Colônias”

Crédito da imagem: http://blogbioartropodes.blogspot.com.br 

segunda-feira, 11 de março de 2013

Debaixo do nariz


Uma família, depois de um suado e trabalhado ano, foi tirar as devidas e merecidas férias. O local escolhido ostentava-se uma conceituada praia. Estas folgas, planejadas e sonhadas a um bom tempo, tiveram o devido cuidado com os detalhes financeiros. Alguma reserva, em forma de dinheiro vivo, foi carregado na bagagem. O objetivo, num primeiro momento, consistia em abster-se de correr e procurar alguma agência bancária/caixa eletrônico para saques.
A família, de quatro membros, achegou-se a casa pré-alugada. Os materiais, em forma de bagagem, foram descarregadas do veículo. A ânsia e a pressa, de imediato, foi correr na direção das águas do mar. Os membros queriam usufruir do devido e merecido banho. Este almejado e imaginado a uns bons meses. O intenso calor, do momento da viagem, ainda reforçaram as necessidades e pretensões  O genitor, como pessoa tarimbada pela sabedoria da vida, manteve uma apressada e singela cautela e precaução.
Os “espertalhões e malandros”, disseminados e a espreita nos inúmeros espaços, ficaram de tocaia (diante dum eventual cochilo alheio). Visitantes novos, dinheiro na certa, como medida de precaução contra imprevistos. Um trio, com um elemento dando cobertura a transgressão, foram vasculhar o interior da residência pré-alugada. Os invasores, de forma minuciosa, viraram e reviraram os bens e materiais alheios. Estes, na afobação e pressa, devassaram o ambiente e nada do almejado dinheiro aparecer. O forasteiro deveria carecer deste ou guardá-lo nalgum  lugar excepcional. O espaço, nos cantos e recantos do cubículo, foram vasculhados e nada. Quê frustração e risco aos oportunistas!
O cidadão, como camarada astuto e esperto, tinha guardado o numerário num lugar impensado. Este, como artimanha e precaução, tinha espalhado o dinheiro debaixo dum tapete (da entrada da porta frontal). Os larápios, apressados e agitados, pisaram e repisaram nas notas, porém deixaram de localizá-las no descuido e inexperiência. Estes esqueceram-se de averiguar o lugar óbvio.
A felicidade de uns é a infelicidade de outros. A generalizada impunidade incentiva a malandragem. O excesso de malandros leva a escancarada roubalheira. A pilhagem, sob diversas formas cobertas ou veladas, parece impregnada no gênero humano. Os lugares menos imaginados costumam ser os mais seguros.

Guido Lang
“Singelas Histórias do Cotidiano da Existência”

Crédito da imagem: http://produto.mercadolivre.com.br

domingo, 10 de março de 2013

O debulhador de milho


Um jovem, advindo das colônias, conheceu uma menina da cidade. Estes, em função da educação diferenciada, tiveram acentuadas diferenças culturais e filosóficas. Os coloniais, diante dos modelos urbanos de existência, tem poucas chances de estabelecer relacionamentos duradouros e íntimos. O modelo de sobrevivência, com a massiva labuta (bruta e física), contrasta com a realidade do trabalho urbano (das tarefas mais leves e intelectualizadas).
Um jovem e uma moça, num destes bailes das colônias, dançaram umas e outras boas marcas. Os dois, num acerto de habilidades, revelaram-se “belos arrasta pés ou excepcionais pés de valsa”. A dança e a música, como diversão e passatempo, ostentava-se uma afeição e paixão (como opção de lazer e prazer). Agrada aqui e acolá; carinho lá e cá foram uma realidade entre a parceria. O fogo da paixão, no sabor da animação e bebedeira, tomaram conta dos aparentes enamorados (“nesta história do fica/finca”).
O moço, nos chega para cá e beijinhos prá lá, atiçou-se nos desejos íntimos. Este, numa altura do embalo (duma marca romântica), desabafa: “- A minha espiga de milho encontra-se bastante atiçada e irrequieta no interior da calça!” A jovem, sentido a malícia das conversas e encostos,  quis safar-se das intensões e pretensões amorosas. O rapaz, numa dessas linguagens de metáfora,  reforçou o escamoteado pedido: “- Esta espiga precisa conhecer algum jeito  de ser debulhada nessa noite!” A moça, em meio a despretensão e franqueza, rebateu: “- Esta debrulhação, no entanto, não será com minha máquina de tirar grãos!”
Poucas e efetivas palavras abreviam uma porção de ladainhas. As figuras de linguagem são uma forma de dizer muito em singelas palavras. Uns relacionamentos, sem o correspondente fogo da paixão, não tem maiores chances de êxito e satisfação. As meninas, nas colônias, são sementes preciosas e raras. Quaisquer moças sentem-se como rainhas num conjunto de pretendentes. As escolhas refinadas encontram-se difíceis em meio as escassas opções.

Guido Lang
“Singelas Histórias do Cotidiano das Colônias”

Crédito da imagem: http://amicaphilosophiae.blogspot.com.br

sábado, 9 de março de 2013

Os temores dos investidores


Os proprietários de terras, durante anos, deixaram crescer a macega e o mato. O eucalipto criou belos e volumosos troncos. A produção de lenha mantinha-se massiva e grandes são as estimativas em metros. Os cortadores precisam cortar, pontar, empilhar, carregar e transportar toda essa matéria-prima. O trabalho, de maneira geral, mantém-se braçal e primitivo. Cada pedaço, até chegar nos fornos de carvão ou nas caldeiras das empresas, perpassa várias mãos. O processo de produção absorve enormes custos e esforços.
Os plantadores, diante da carência da mecanização agrícola (nas encostas e morros), obrigaram-se a investir em silvicultura. As promessas de dinheiro fácil e volumoso eram grandes com a acácia e o eucalipto. Os proprietários, nos anos subsequentes, pensaram ganhar umas boas somas (“deitando na cama e deixando o pau crescer”). As lavouras, junto as culturas de milho, foram enchidas com o encalipto. A planta aproveitou a adubação do cereal (como possibilidade de desenvolvimento). As árvores, num ano, cresciam vários metros de altura (algo digno de excepcional admiração). Um desenvolvimento ímpar comparado aos brejos e matos (nativos). Estes, no máximo, davam algum capim ou macega (no tempo dum ano) na área da antiga lavoura de subsistência familiar.
Os investidores agrícolas, durante uma aproximada década, deixaram a terra imóvel/parada. Os dividendos abstiveram-se de ser angariados A necessidade de tempo, para deixar crescer as espécies (acácia e eucalipto), foi necessária até render madeira. Os encargos, como manutenção e taxas, continuaram recaindo sobre as propriedades. Os donos, como micro-empresários, não puderam descuidar dos direitos. A necessidade foi extrair dividendos doutras atividades (com razão de financiar a cultura de árvores). Algum desbaste e seleção foi próprio no intervalo do tempo. Dez aproximados longos anos, num compasso de espera entre o plantio até o corte/colheita, foram exigidos.
A época dos cortes achegaram-se numa determinada ocasião. Os proprietários não teriam a mão de obra disponível/própria. Estes precisaram apelar aos cortadores de mato (muito escassos). Os leigos, como profissionais, aconchegaram-se com as meras motosserras em punho (acrescido de litros de combustíveis) para tarefa/trabalho. Estes, sem nada arriscarem nos custos/investimentos e esperar em tempos, reivindicam a metade da produção. Os serradores, trabalham de segundas/terças até sextas, no corte. Eles daí “querem ver o dinheiro cair na mão”. Os donos obrigam-se mais uma vez financiarem as empleitadas. Os proprietários recolocam dinheiro limpo no negócio. A madeira cortada, avolumada e empilhada, faz surgir a romaria para arrumar mercado da matéria-prima. Os eventuais compradores, feito as vendas, obrigam-se a atrasos ou calotes nos pagamentos.
O resultado: inúmeros proprietários encontram a terra imobilizada com a história da silvicultura. Outros derrubam o mato e nem querem ouvir falar em replantar. Alguns ganharam dinheiro, porém poderiam ter ganhado bem mais nas culturas anuais. Os investidores, na compreensão de muitos assalariados/diaristas, são encarados cedo como aproveitadores e exploradores. Os donos, no ínterim dos cortes, rezam aos céus para pedir proteção contra eventuais imprevistos ou infortúnios. Os atropelos colocam em risco a totalidade dos patrimônios (em função de indenizações previdenciárias e salários no Ministério do Trabalho) por esparsos dividendos. As nuvens negras, sobre eventuais percalços, pairam sobre a cabeça dos investidores.
Alguns investimentos perpassam a ideia de ser uma espécie de loteria. Os investidores, na proporção de ganhar algum dinheiro, cedo vêem crescer o olho alheio. Quem pouco tem, pouco teme perder em reparos (“onde nada tem, não tem como subtrair dividendos”). O país, nestes termos das cobranças e direitos, vai carecer de empregos e investidores. A legislação criou uma sensação: aquela ideia do sistema favorecer os desprotegidos e desvalidos e punir os ousados e investidores.

Guido Lang
“Singelas Histórias do Cotidiano das Colônias”

Crédito da imagem: http://hugomaioconsultoriaambiental.com

sexta-feira, 8 de março de 2013

O segredo da verdade


A verdade anda a passos lentos e sua reputação nem sempre é das melhores. Uns falam dela  “andar a pé na proporção da mentira andar a cavalo”. Poucos alimentam-a em estima e consideração como princípio e valor. Muitos valem-se dela na proporção da vantagem e descartam-na na dimensão da desvantagem. Ela, aos desonestos e corruptos, aterroriza e contrasta com a mentira. Poucos, ao ouvi-la, agradecem pela sinceridade (apesar da mágoa momentânea).
A tradição oral, em forma de singela história, conta um segredo da existência. A verdade, numa imensa estrumeira, via-se desperdiçada e perdida como ímpar pérola. Esta, com discreto tamanho e volume,  mantinha-se enterrada em meio ao material. Os cheiros, da merda e urina da injustiça e imprudência, mantinham-a bem escondida e guardada. As quantidades de material, dum acumulado de décadas, pareciam jamais revelá-la. As pessoas, com raras exceções, imaginavam-a definitivamente morta e sepultada. Alguma tremenda casualidade, com excepcional sorte,  seria unicamente capaz de localizá-la e  utilizá-la.
As ingênuas galinhas, com sua ânsia e fome por vermes, ciscavam continuamente nas  imundícies. Elas, dia após dia, mexiam e remexiam nas outroras fezes. Uma aparente paixão e vocação inabalável de revolver. Elas, neste cisca aqui e acolá, acabaram revirando uma montanha de material. No joga prá cá e prá lá a terra sucedia-se durante semanas e meses. A surpresa, num momento inédito, adveio em forma dum achado. A pérola surgiu a luz do dia. A verdade, por um e outro momento totalmente esquecida e perdida, ressurgiu das cinzas e do pó para vida.
Alguém, aqui e acolá, lembra e relembra acontecimentos e histórias. Os equívocos e falcatruas, no sonho dos autores, pensam estar bem esquecidos e enterrados. Estes, nalgum momento menos esperado, surgem a luz dos comentários e falas. Alguém, há semelhança da pérola da verdade, guardou o enterrado e impróprio. Estes, podendo ter ocorrido a sete gerações, acabam desvendados e recordados. A verdade, mesmo escamoteada e frágil, nalgum momento dá a sua graça. O melhor, para evitar aborrecimentos e transtornos, consiste em andar no caminho da correção e retidão.
A memória comunitária, através da tradição oral, guarda e recorda as experiência e vivências. Certos equívocos dá para perdoar, porém não tem como esquecer e ignorar. O conselho consiste em fazer o bem sem jamais olhar a quem. O indivíduo não precisa muito para viver, portanto, nada de matar e roubar para sustentar-se. O dito popular afirma: “a verdade perpassa o mundo”.

Guido Lang
“Singelas Histórias do Cotidiano das Colônias”

Crédito da imagem:  http://blog.groupon.com.br

quinta-feira, 7 de março de 2013

Os colonizadores da Colônia Teutônia - VIII parte


Johann Zimmermann comprou a colônia n° 31 (esquerda) da Picada Hermann (atual Germana) com 76.000 b2, a 12 réis a b2, por um total de 912$000 réis em 10/07/1872 - concluiu o pagamento com juros em 22/06/1872. Peter Fuhrmann adquiriu a colônia n° 28 a da Boa Vista com 53.000 b2 por 636$000 réis em 24/09/1872 e concluiu o pagamento, com juros, em 30/06/1875. Wilhelm Tiggemann comprou o lote colonial n° 1 b da Picada Clara com 50.000 b2 por 500$000 réis em 30/09/1872 - a companhia colonizadora emprestou-lhe em 05/10/1872, 18$560 réis para custear o transporte de Taquari a Teutônia e 9$700 réis de Porto Alegre a Taquari - assumiu uma dívida total de 528$260 réis, que pagou, com juros, até 01/07/1874 - Wilhelm iria inicialmente adquirir toda a colônia n° 1 da Clara com 95.000 b2 por 950$000 réis em 30/09/1872. Friedrich Wiethöelter comprou as colônias n° 21 a  e 22 (esquerda) da Picada Franck com 120.000 b2 por 960$000 réis em 01/04/1870 e pagou 8 réis pela b2 - continuou pagando a dívida, com juros, em 01/06/1875. Wilhelm Freitel adquiriu a colônia n° 28 b (esquerda) da Boa Vista  com 54.000 b2, a 12 réis a b2, por um total de 648$000 réis em 20/10/1872 - concluiu o pagamento, com juros, em 30/06/1875. Heinrich Nieland adquiriu a colônia n° 10 a da Picada Welp com 50.000 b2, a 16 réis a b2, por um total de 800$000 réis em 22/10/1872 - pagou a dívida, com juros, em 30/06/1875 - este lote inicialmente seria destinado a Valetin Dörr. Carl Schmidt II comprou a colônia n° 38 (esquerda) da Picada Franck com 90.000 b2 por 720$000 réis em 18/10/1870 - continuou pagando a dívida com juros em 25/05/1875. Heinrich Joehnk comprou a colônia n° 31 a (esquerda) da Boa Vista com 57.500 b2, a 12 réis a b2, por um total de 690$000 réis em 08/12/1872  e concluiu o pagamento, sem juros, em 03/02/1873 -  adquiriu nesta ocasião o lote colonial n° 33 (esquerda) da Boa Vista com 126.000 b2, a 12 réis a b2, por um total de 1.512$000 réis e continuou pagando a dívida, com juros, em 30/06/1874 - Heinrich iria adquirir inicialmente o lote n° 31 (esquerda) da Boa Vista com 115.500 b2, a 12 réis a b2, por um total de 1.386$000 réis em 08/11/1872. Heinrich Korte comprou a colônia n° 23 (direita) da Picada Schmitt com 50.000 b2,  a 12 réis a b2, num total de 600$000 réis em 16/11/1872 - este concluiu o pagamento, com juros, em 30/06/1875 - o lote n° 23 esteve inicialmente destinado a Bertram Dreimeier.  Jacob Beier (Bayer) adquiriu a colônia n° 31 b (esquerda) da Boa Vista com 58.000 b2, a 12 réis a b2, por 696$000 réis em 19/11/1872 - continuou pagando a dívida, com juros, em 01/07/1874 - Jacob parece registrado inicialmente como Friedrich Jacob Beier e o Friedrich foi posteriormente riscado (N.A.: o sobrenome Beier necessita ser na grafia correta Bayer). Eberhard Horst comprou o lote colonial n° 10ª (esquerda) da Picada Schmitt com 51.500 b2 por 412$000 réis em 28/11/1869 - a companhia emprestou-lhe, em 05/10/1872, 13$560 réis para custear o transporte de Taquari a Teutônia e 9$700 réis de Porto Alegre a Taquari - assumiu uma dívida total de 435$260 réis, que foi paga, com juros , em 30/06/1875.  Rudolph Ahlert adquiriu a colônia n° 22 (direita) da Picada Schmitt com 65.000 b2 por 520$000réis em 14/07/1870 - pagou a dívida, com juros, em 11/03/1875. Christian Ahlert comprou a colônia n° 12 (esquerda) da Picada Schmitt com 105.025 b2 por 840$000 réis em 02/01/1870 - comprou também o lote colonial n° 11 b (esquerda) da Schmitt com 55.650 b2 por 445$200 réis em 28/11/1869 - assumiu uma dívida total de 1.285$000 réis e pagou a dívida, com juros, em 20/06/1874. Jacob Porn comprou a colônia n° 8 a da Picada Glück-auf (Canabarro) por 346$000 réis em 24/12/1872 -pagou a dívida, com juros, em 25/11/1875 - não aparece a área total do lote colonial, que deve ter sido uns aproximados 34.600 b2. Peter Hatje adquiriu a colônia n° 25 b (esquerda) da Boa Vista com 65.000 b2 por um total de 650$000 réis em 10/02/1873 - a companhia emprestou-lhe, em 01/02/1873, a quantia de 200$500  réis para custear o transporte de Porto Alegre a Taquari  e 29$500 réis de Taquari a Teutônia e 3$360 réis como gastos em Taquari- assumiu uma dívida total de 703$360 réis, que continuou sendo paga, com juros, em 01/07/1875. Heinrich Dammann adquiriu a colônia no 11 a da Picada Catharina com 75.000 b2 por 750$000 réis - a companhia, em 01/02/1873, emprestou-lhe, para custear despesas de transporte,  5$910 da Taquari a Teutônia,  4$100 réis de Porto Alegre a Taquari e 680 centavos de réis de gastos em Taquari - assumiu a dívida total de 760$690 réis, que foi paga, com juros, em 20/06/1875. Caecilie Bremer não adquiriu terras - a companhia custou-lhe, em forma  de empréstimo em 01/02/1873, o transporte de Taquari a Teutônia por 8$860 réis, de Porto Alegre a Taquari por 6$400 réis e 1$010 réis com despesas em Taquari - assumiu uma dívida total de 16$270 réis, que foi paga, sem juros, em 27/04/1873. Claus Dammann comprou a colônia n° 11 b da Picada Catharina com 75.000 b2 por 750$000 réis em 10/02/1873 - a companhia cedeu-lhe como empréstimo , em 01/02/1873, 5$910 para custear o transporte de Taquari a Teutônia, 4$100 de Porto Alegre a Taquari e 680 centavos de réis como despesas em Taquari - assumiu uma dívida total de 760$690 réis, que foi paga, com juros, em 20/06/1875.  Marcus Schneider não adquiriu terras - a companhia emprestou-lhe, em 01/02/1873, 5$910 réis para custear o transporte de Taquari a Teutônia, 4$100 réis de Porto Alegre a Taquari e 680 centavos de réis como despesas em Taquari - assumiu uma dívida total de 10$690 réis, que foi custeada, com juros, em 20/06/1875.  Nicolaus Nielsen comprou a colônia n° 12 da Picada Catharina com 75.000 b2 por 750$000 réis em 10/02/1873 - a companhia emprestou-lhe para o transporte, em 01/02/1873, o valor de 5$910 réis para custear viagem de Taquari a Teutônia, 4$100 réis de Porto Alegre a Taquari e 680 centavos de réis de despesas em Taquari -  assumiu uma dívida total de 760$690, que foi paga, com juros, em 20/06/1875...

Autor: Guido Lang. O Informativo de Teutônia n° 116, dia 09/11/1991, pág. 02.

Crédito da imagem: http://www.panoramio.com/photo/4240306

Os 3 pedidos

Familiares e amigos carregam caixão de ouro contendo os restos mortais de Carl Williams, em Essedon. Foto: Reuters

Perto de morrer, um homem fez 3 pedidos: 
1) Que seu caixão fosse carregado pelos melhores médicos da época. 
2) Que os tesouros que tinha, fossem espalhados pelo caminho até seu túmulo. 
3) Que as suas mãos ficassem no ar, fora do túmulo e a vista de todos. 
Alguém surpreso perguntou: - Quais são os motivos? 
Ele respondeu: 
1) Eu quero que os melhores médicos carreguem meu caixão, para mostrar que eles não têm o poder de curar na face da morte. 
2) Quero que o chão seja coberto pelos meus tesouros, para que todos possam ver que os bens materiais aqui conquistados, aqui ficam. 
3) Eu quero que minhas mãos fiquem para fora do caixão, de modo que as pessoas possam ver que viemos com as mãos vazias, e saímos de mãos vazias, para morrer você não leva nada material... 
Tempo é um tesouro precioso que nós temos. Podemos produzir mais dinheiro, mas não mais tempo!

Autor desconhecido

Crédito da imagem: http://noticias.terra.com.br