Um enigma encontra-se inserido na tradição oral.
Trata-se do livro apócrifo do Sétimo Livro de Moisés, que teria sido trazido por
pioneiros. Algumas estirpes, sob a proibição rigorosa da Igreja, o teriam introduzido
nas áreas de colonização. Os exemplares, ‘‘escondidos a sete chaves’’ e de ciência
restrita de poucos instruídos, estariam ainda resguardados em seios
familiares. A versão, em alemão gótico, seria da compreensão de um grupo seleto
de livres pensadores. Os apreciadores, em esporádicos, teriam sido vítimas duma
praga (que fora lançada possivelmente por religiosos). As famílias, em apreciadores
da obra, teriam deturpações psíquicas. Na sua descendência brotariam rebentos lunáticos/transtornados.
O fato carece de pesquisa científica assim como de reais achados da
publicação, que abrigaria “conteúdos misteriosos”. Este extrapolaria os cinco
livros do Pentateuco (Gênesis, Êxodo, Levítico, Números e Deuteronômio), no
qual haveria bruxarias e rezas com poderes sobrenaturais. Os parcos
exemplares, como curiosidade, estariam em poder de restringidas clãs, enquanto
outros viram-se descartados ou incinerados em função de temores. O mistério
mantêm-se limitado as conversas informais, porque muitos, com a sua leitura,
temem o furor divino. Uns afirmam ser livro de Deus, enquanto outros o definem como obra do Diabo.
Guido Lang
Livro: Fragmentos do Passado
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