A residente, na
enviuvada senhora moça, caía na fortuna. A casa, criação, poupança, terra e
veículo (novo) incidiam na riqueza. O cônjuge, no excessivo esforço da faina, contraiu
achaque e morte. A solidão, na deficiência afetiva, açoitou íntimo. O choro, em
semanas, calhava pela morada. A condição civil, de descompromissada e disponível,
despertou atenção e interesse. A condição financeira, em achegada ao benefício
e pensionista, avigorou caça dos oportunistas. O cômodo par, no aforado, alertou
arrojados e desonestos. Os caçadores, em desamparadas, assumiram “aparências de
mutuca” (em bailados da melhor idade). Os estranhos, em apartados e solteirões,
ensejaram conversas e olhares. As propostas, no ativo ou velado, afluíram na
“maior cara de pau”. A solitária, no modesto tempo, avultou afeição, associação
e proteção. O elegido, no auto do falecido, circulou nas linhas e vias. O defunto,
na cova, debelou mudado de bruços. O ente,
na extensão de posses, acha-se ansiado e cotejado.
Guido Lang
“Fragmentos
de Sabedoria”
Crédito da imagem: http://www.internetar.com/
The house of Mark Zuckerberg.
Imagem meramente ilustrativa.
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