O pavão e o urubu
tiveram uma conversa de vaidades. As aves, como velada concorrência, queriam
terminar com aquela imprópria ciumeira e inveja!
O pavão, ao urubu, comentou
aquela facilidade de vôo. Este, lá das alturas, poderia vislumbrar cenários
indescritíveis da natureza. Os penhascos, na direção das planícies, ofereciam
os espetáculos paradisíacos!
O urubu, ao pavão, falou
dos seus ciúmes com o belo colorido. O parceiro, junto ao conjunto das aves,
havia ganhado a excepcional bênção. O primeiro, em função do preto, mantinha-se
odiado na proporção do segundo muito admirado!
A solução, numa
altura da querela, consistiu em chegar a um denominador comum! O pavão, do cativeiro
e limpeza, explicou o ônus desse colorido! O urubu, na altura e esconderijo,
externou a beleza da liberdade!
O alheio, aos
estranhos olhos, parece de melhor qualidade do que o próprio! O cidadão, para
ser feliz, precisa aceitar-se daquele jeito como adveio ao mundo! Aqueles que
almejam reformular-se e transformar-se acabam por viver infelizes!
Os benefícios ou encargos possuem suas conveniências e
inconveniências. As espécies, dentro das virtudes, escondem o segredo da
sobrevivência!
Guido Lang
“Pérolas do Cotidiano
das Vivências”
Crédito da imagem: http://www.imagenswiki.com/animais/imagens-pavoes
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