Um malandro, com
razão de acirrar a encrenca de vizinhos, resolveu aprontar ousada peça. A dupla
de intrigados, por desconfianças e divisas, mantinham as relações estremecidas!
Velhas intrigas e rixas afloravam!
Um cidadão, na proporção
de “querer colocar gravetos para elevar o fogo”, foi apanhar uma camisa no
varal do sicrano. Este, com fama de mulherengo, inspirava desconfiança no
beltrano. O último, com mulher bonita e nova, procurava redobrar os receios e
vigilâncias!
A peça surrupiada, na
calada da noite e no descuido familiar, viu-se acrescida na máquina de lavar (da
esposa do beltrano). Esta, no entender das diversas peças de roupas, deparou-se
com a ímpar surpresa: a conhecida camisa do sicrano.
O achado, de
imediato, foi comunicado e mostrado ao companheiro. Este requereu alguma
convincente explicação do ocorrido. O caminho das dúvidas e reboliços tomaram
forma (na proporção do desconhecimento sicrano).
O marido, num
instante, chegou a desconfiar da própria companhia! As explicações e
justificativas foram muitas para desfazer o mito! As provocações e xingamentos,
com ferramentas improvisadas como armas, tomaram corpo nas cercanias da moradia
do sicrano.
A situação, em função
da mera brincadeira, viu-se num confronto acirrado. Os vizinhos, graças à
intervenção de pacificadores (amigos, familiares e religioso), acabaram
serenando os ânimos.
As partes, depois de
alguns dias, descobriram de tratar-se duma inconveniente afronta. O fato, por
pouco e sorte, não acabou em agressões e mortes! A história ficou nos registros
dos relatos das intrigas de vizinhos!
Antes de executar brincadeiras, convém imaginar eventuais
consequências. Certos atos, aplicados aos alheios, podem esconder sublimes malícias.
Indivíduos de má índole existem em todas as raças e religiões!
Guido Lang
“Singelos Fragmentos
das Histórias do Cotidiano das Vivências”
Crédito da imagem: http://fisicacuriosaecriativa.blogspot.com.br
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